domingo, 5 de março de 2023

Com um festival de gols perdidos e jogando bem, Lyon fica só no empate sem gols diante do Lorient

Filipe Frossard Papini
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Caqueret, Cherki e Barcola foram as estrelas ofensivas do time. Ao mesmo tempo que jogaram muito bem, perderam uma enormidade de gols diante de um concorrente direto na tabela




Em mais um compromisso pela Ligue 1, o Lyon entrava com uma missão importante na tarde deste domingo: vencer o concorrente direto na tabela. Os Gones pisavam no gramado como 9º colocado na tabela e teriam diante de si o atual 8º, Lorient, time muito organizado que surpreendeu bastante no 1º turno, chegando a brigar pelas cabeças, mas que vendeu peças importantes na janela de janeiro e não se recompôs da melhor maneira possível. Um duelo em que, quem vencesse, ficaria com esse 8º lugar, e um encostãozinho na parte do pelotão de cima.

Para esse duelo, o Lyon veio com um time bem parecido com aquele que venceu o Grenoble no meio de semana, pelas quartas de final da Copa da França. A única mudança feita por Laurent Blanc foi a não utilização do brasileiro Jeffinho, com dores na coxa, para dar lugar a Tolisso no meio de campo. Caqueret, então, ficaria mais avançado, quase como um meia armador, enquanto Cherki era deslocado para a beirada. Blanc não teria para esse jogo o goleiro Lopes – que quebrou o dedo no jogo passado -, o lateral Gusto, o zagueiro Boateng, o volante Thiago Mendes, o supracitado Jeffinho e o atacante Lacazette. Aouar, ausente no jogo anterior, ficava no banco. Assim escalou o OL:


O Lorient veio a campo com um time bastante parecido com a equipe que atuou na última rodada, quando perderam para o Auxerre. O bom técnico Régis Le Bris optou por fazer pequenas mudanças, como a saída do lateral direito brasileiro Igor Silva para começar com Kalulu, que era dúvida para o jogo. No ataque, Koné foi outro que jogou no último fim de semana para começar esse jogo no banco, preterido por Cathline. Faivre tem sido titular recorrente, mas não poderia entrar em campo hoje por estar emprestado pelo próprio Lyon. E o goleiro Pollersbeck, idem. Diarra começou em campo no lugar dele. Além dos desfalques já citados do empréstimo, os Merlus não tinham o também goleiro Mvogo e o zagueiro Laporte. A escalação ficou dessa forma:


Com a bola rolando, o jogo demorou um pouco a engrenar. Claramente, os dois times pareciam querer se estudar no início, já que taticamente eram duas equipes que povoavam bastante o meio de campo e era preciso tempo para entender os espaços de lado a lado. A torcida do OL inflamava e ajudava o time a ser mais intimidativo nesse primeiro momento, mas faltava agressividade ao jovem ataque dos Gones.

O primeiro lance de perigo do OL só aconteceu aos 20’ de bola rolando, quando Cherki recebeu no meio e fez um passe formidável para Barcola aparecer na esquerda impondo muita velocidade e entrando na área como uma flecha. O jovem jogador conseguiu até finalizar muito bem, mas o goleiro italiano Mannone conseguiu ser mais eficiente e aliviar o perigo. A duplinha Cherki e Barcola já mostrava que podia causar perigo.


O Lorient, que não é um time nada bobo, mostrou que estava ligado no jogo e, apesar de não ter feito nada até aquele momento do jogo, conseguiu responder de imediato e em contra-ataque. O meia-atacante Diarra conseguiu receber bola entre os zagueiros do OL, limpou a jogada e deixou em ótimas condições para Dieng só chegar finalizando. Ele fez isso, mas errou feio e chutou por cima do gol de Riou.

Já na parte final do 1º tempo, o Lyon começava a dar sinais de perder aquela intensidade que havia colocado no começo do jogo. Consequentemente, o Lorient crescia um pouco mais no jogo. Conseguia achar espaços pelas beiradas e já era o time que ditava o ritmo do meio de campo, puxando mais a partida pra si e tendo um controle maior do jogo, ditando até mesmo a posse de bola.


O ataque jovem do OL era um dificultador para essa primeira etapa. O time tinha pouca paciência na posse ofensiva e erravam muito. Tentativa de tabelas eram exaustivamente perdidas e os jogadores se entreolhavam tentando entender um pouco mais a movimentação. Amin Sarr era bastante combativo, mas tinha muitas dificuldades em ter a bola aos pés, dependendo muito de Cherki e Barcola resolverem sozinhos. 

O primeiro tempo foi embora com poucas oportunidades de lado a lado. O empate era razoavelmente bom somente para o Lorient, que era visitante na tarde de hoje. O OL não queria e nem podia saber disso e, exatamente por isso, tinha que se impor mais na partida. Não aproveitou as beiradas do campo em momento algum do jogo, por exemplo. Tagliafico, que é uma arma nesse sentido pela esquerda, nem foi acionado por exemplo. Faltou.


A segunda etapa, diferentemente da outra, começou bem mais intensa. O Lyon assustou o Lorient por duas vezes, que se não fosse graças ao goleiro Mannone, poderia ter feito dois. Foram duas finalizações de cabeça. A primeira com bola vinda de Barcola pela direita a Caqueret chegando antes de Meïté, defesaça de Mannone. Depois foi Tolisso quem cabeceou bola da esquerda para um verdadeiro milagre do goleiro italiano. Isso tudo antes dos cinco minutos. O Lorient respondeu no minuto seguinte com um chute fora da área de Cathline.

Aos 10’ do segundo tempo, o Lyon teve mais uma chance que não se acontece toda hora. Cherki carregou do meio para o ataque, conseguiu carregar com tranquilidade até a intermediária e fez um passe para Barcola entrar fazendo o facão. Ele se livrou do marcador e da entrada da área mandou um foguete. A bola passou muito perto do gol de Mannone, que dessa vez não chegaria. Mas foi pra fora.


Entre os 20’ e 25’ de jogo, o Lyon mexeu pela primeira vez, colocando Aouar no lugar de Tolisso – provavelmente ainda não 100% depois de retornar de lesão. Já o Lorient foi com três mexidas, saindo Diarra, Makengo e Cathline, para as entradas de Igor Silva, Ponceau e Régis Le Bris, sobrinho do técnico. Pouco tempo depois, os times mexiam de novo, com Dembélé no lugar de Amin Sarr no OL e Koné substituindo Dieng no FCL.

Em meio as mexidas, o OL teve mais uma oportunidade inacreditavelmente perdida. Cherki tabelou com Lepenant na entrada da área, recebeu de volta e entrou com muita facilidade. Mesmo pressionado, conseguiu chegar até dentro da pequena área e finalizou muito torto, usando a perna esquerda quando deveria usar a direita. A bola foi pra fora em uma chance bizarramente perdida. Era a bola do jogo!


Aos 39’ do 2º tempo, mais uma chance perdida. Cherki interceptou passe errado na saída de bola dos Merlus, driblou o mesmo jogador que errou passe, levou pro fundo e cruzou para Dembélé tentar se antecipar a zaga e mandar pra fora. No lance seguinte, Barcola foi quem tentou. Ele arrancou de trás do meio de campo e foi em velocidade, colocando a marcação toda pra trás. Sem ângulo, finalizou na rede pelo lado de fora.

Apesar do time ter jogado bem, ficou uma sensação de vazio. Dava para vencer e os lances de perigo mostram e provam isso. Faltou capricho, detalhe e cabeça no lugar para fazer a diferença no placar. São pontinhos assim que deixam o OL pra trás na tabela. A vitória hoje seria importantíssima para a sequência do campeonato e de jogos complicados que estão por vir nas rodadas seguintes.


O próximo encontro do Lyon será outra parada duríssima, diante de mais um time que briga ali na parte de cima/intermediária da tabela. Será diante do Lille, às 17h da próxima sexta-feira (10), abrindo a 27ª rodada em jogo único no dia. O compromisso será no Stade Pierre-Mauroy. Até lá!

CAMPINHOS: Canal +
FOTOS: ol.fr


MELHORES MOMENTOS:
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