quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Com dois gols irregulares, PSG elimina o OL

Filipe Frossard Papini
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Em um dos gols de Ibrahimovic, e no outro de Rabiot, os autores dos gols estavam em posição de impedimento. Mas a vitória do time de Paris, ainda assim, foi merecida




A supremacia do PSG na França é incontestável. Já são quase 11 meses sem perder em competições nacionais e o duelo de hoje era mata-mata. Jogo válido pelas oitavas de final da Copa da França no Parc des Princes. O Lyon tinha a faca e o queijo nas mãos para dar uma virada na temporada, que vem sendo bastante conturbada. O PSG, como de praxe, era favoritaço para o duelo e ainda se dava ao luxo de poupar alguns atletas. Como manda o figurino da competição, em caso de empate, prorrogação, e se permanecer assim, disputa de pênaltis.

Como poupados, o PSG se dava ao luxo de deixar David Luiz, Blaise Matuidi e Angel Di María no banco de reservas. Além disso, nem relacionou Kevin Trapp e Ezequiel Lavezzi. Como desfalques, Laurent Blanc tinha o lateral Grégory Van Der Wiel, o volante Marco Verratti e o meia Javier Pastore. Ainda assim, com o esquema definido no 4-3-3, o time parisiense tinha uma qualidade incontestável e uma linha de defesa composta por quatro brasileiros: Marquinhos, Thiago Silva, Maxwell e Thiago Motta. Abaixo, confira como ficou escalado o Paris Saint-Germain:




O Lyon também vinha com mudanças. E mudanças contestáveis. Bruno Génésio mudou o time que havia ganhado do Angers no final de semana. Sacou Mapou Yanga-M’Biwa, Clément Grenier e Mathieu Valbuena. Entraram jogando: Bakary Koné, Sergi Darder e Maxwel Cornet. Taticamente, a equipe se mantinha a mesma. Mas as saídas de Yanga-M’Biwa e Valbuena eram contestáveis em função da qualidade daqueles que os substituíram. A entrada de Darder era explicada pela pegada que o treinador pensava em aplicar na saída de bola dos adversários. Confira como ficou escalado o OL:




Com o apito do árbitro, o jogo já tomava um ritmo muito intenso. O Lyon tinha uma proposta de jogar muito em cima. E ditava a situação. Pressionava bastante a defesa adversária e, quando ela tinha a posse, também pressionava muito a saída de bola. Isso minava a posse de bola do PSG e deixava o jogo muito mais favorável ao Lyon a ponto de Blanc precisar jogar em contra-ataques... que poderiam ser cirúrgicos a qualquer momento.

A proposta de jogo diferente do Lyon fazia sentido. O time se comportava bem, mas não arriscava para o gol. Além disso, tinha uma agravante que poderia ser primordial: o nervosíssimo. Os jogadores, nitidamente, sentiam a pressão do jogo e sabiam que um erro poderia ser fatal. Exatamente por isso, a bola parecia queimar nos pés de alguns jogadores e até o seguro goleiro Anthony Lopes cometia algumas saídas do gol meio atabalhoadas.

Com o passar do tempo, o PSG foi gostando mais do jogo e já conseguia explorar um pouco mais do seu campo de ataque. Chegava com perigo, principalmente em jogadas onde o brasileiro Lucas era acionado e, com dribles rápidos em espaços curtos, ele conseguia se livrar dos marcadores e achar bons passes. Foi dessa forma que a primeira boa chance do jogo foi criada aos 31’. Cavani recebeu ótima assistência do Lucas e desperdiçou uma chance inacreditável. Ele estava sozinho e finalizou rente a trave.

O Lyon também teve uma chance incrível para abrir o placar no primeiro tempo. E ela aconteceu aos 39’ de jogo. Lyon trocou passes de forma rápida pelo lado esquerdo do ataque até chegar aos pés de Maxwel Cornet. O atacante fez a jogada que Ghezzal vem utilizando muito. Aquela de carregar a bola para o meio e finalizar. Feito isso, ele acertou o cantinho esquerdo de Sirigu que precisou se esticar muito para evitar o gol, arrancando suspiros do Parc des Princes.

Antes do intervalo, o OL ainda teve uma nova oportunidade, quando Lacazette recebeu na intermediária, dominou, girou e chutou por cima do gol de Sirigu, mas sem qualquer perigo. Definitivamente, o primeiro tempo foi bastante equilibrado. As duas equipes tiveram chances e não souberam aproveitar. O time que tivesse a pontaria mais firme e se cansasse menos no segundo tempo, certamente, levaria vantagem.

Para o segundo tempo, o jogo havia ganhado muita velocidade logo no início. Chances foram criadas pelos dois lados cada errinho era explorado pelo adversário. As duas equipes com muito foco e tentando buscar as poucas oportunidades que surgiam ao longo da troca de passes. Ibrahimovic, aos 10’ da etapa final quase acertou o canto de Lopes depois de trocar passes com Lucas. Era a primeira grande chance depois do intervalo.

O PSG, definitivamente, tinha voltado para o jogo com mais eficiência e mais vontade. Era, de fato, melhor do que o Lyon na segunda parte. Aquela marcação sob pressão que o OL fazia no começo do jogo já não existia mais e o jogo era amplamente dominado pelo time de Blanc. Não à toa, o placar foi aberto aos 18’ do segundo tempo. Jogada pela esquerda, Lucas venceu Jallet, entrou na área, cruzou e Morel fechava junto com Ibrahimovic que venceu e empurrou para as redes. 1 a 0!

E não demorou muito para o Paris Saint-Germain dobrar o placar. Em uma jogada muito similar a do primeiro gol, Lucas carregou a bola com muita velocidade, agora pelo meio. Com muita calma, ele esperou a ultrapassagem de Aurier, abriu pela direita, o lateral recebeu, cruzou e Ibrahimovic – em posição de impedimento – recebeu em claras condições de só virar o pé e colocar no canto de Lopes. 2 a 0!

Depois do segundo gol, algumas trocas. O Lyon colocou Valbuena no lugar de Cornet e Grenier no lugar de Darder. O PSG tirava Ibrahimovic, já visando poupar o jogador, e colocava Di María. Enquanto isso, o Lyon perdia uma oportunidade clara de diminuir o marcador quando Lacazette pegou rebote de um bate-rebate na área e, quase na pequena área dominou e mandou por cima.

Com os ânimos já abalados e percebendo que não tinha como revirar o resultado, o Lyon perdeu a mão do jogo e agora jogava para o alto tudo aquilo que havia construído no jogo até então. Se desleixou total e deu a oportunidade para o Paris Saint-Germain marcar o terceiro. Em mais uma jogada pelo lado esquerdo do ataque Maxwell cruzou pra área e lá estavam Cavani e Rabiot muito impedidos mas, mesmo assim, o segundo finalizou e a arbitragem confirmou o gol e o 3 a 0 no placar!

Depois do gol, Blanc sacou Thiago Motta e lançou David Luiz. Mais tarde, foi a vez de Matuidi substituir Aurier. Pelo Lyon, Génésio queimava sua última troca tirando Jallet e colocando Ferri. Nada mudava que se via dentro de campo. Um resultado injusto, mas o PSG totalmente pleno e soberano com a bola aos pés. Não tinha como perder o controle mais do jogo e só esperava o fim do jogo.

Perto do fim e já nos acréscimos, a arbitragem provou ser bastante ruim e, no apagar das luzes, anulou um lance em que Di María sairia sozinho no campo de ataque e em muita velocidade. O impedimento havia sido marcado, mas o argentino saiu do campo de defesa. Isso prova que, apesar da merecida vitória parisiense, o placar foi altamente prejudicado mais uma vez pelo apito de Clément Turpin.

Seguindo a sequência constante de jogos, o Lyon volta agora ao Parc OL para receber o Caen em jogo válido pela 26ª rodada da Ligue1. A partida será neste domingo, às 11h da manhã de Brasília. Até lá!

FOTOS: PSG.fr / L'Equipe


OS GOLS DA PARTIDA:



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