domingo, 28 de fevereiro de 2016

Mesmo com oito desfalques, Lyon derruba a invencibilidade do PSG na França

Filipe Frossard Papini
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Com uma atuação impecável e com vários jogadores fazendo suas melhores exibições com a camisa time, o OL volta a brigar de vez pela segunda colocação na Ligue1 




Encerramento da 28ª rodada. Parc OL lotado, com mais de 59 mil pagantes para assistir o Lyon enfrentar o todo poderoso PSG. Já é o quinto confronto entre os clubes só nesta temporada e o OL havia perdido todos eles, com menções para eliminações nas duas taças: Copa da França e Copa da Liga. Mesmo com inúmeros desfalques, a torcida e os jogadores do Lyon encaravam a partida de hoje como uma redenção, afinal de contas era o primeiro confronto destes todos em que o OL jogava em casa. Além disso, também poderia ser o termômetro que o time precisa para saber se ainda há condições reais de brigar por uma vaga na próxima Champions League.

Para tentar bater o bilionário time de Paris, o treinador Bruno Génésio armou o time no já usual 4-3-3, mas os desfalques o fizeram mexer bastante no time. A começar pela zaga. Sem Umtiti, ele precisou deslocar Morel para o miolo e usar Bedimo na lateral esquerda. Com Jallet suspenso e Tolisso machucados, Rafael voltou de lesão e ocupou o lado direito. No meio, sem muitas mudanças. Sem Tolisso e Grenier, Ferri e Darder começaram ao lado do capitão Gonalons. Na frente, com Valbuena machucado, Cornet ganhava mais uma chance com Lacazette e Ghezzal fazendo os trabalhos conjuntos. Abaixo é possível ver como ficou montado o time:




Na expectativa de vencer a Ligue1 invicto, o time de Laurent Blanc tinha a missão de não poder perder no Parc OL. E também com alguns desfalques importantes, como Aurier, Verratti e Di María, o treinador, ainda assim, conseguiu montar um time extremamente qualificado e que, no papel, seria naturalmente melhor do que qualquer elenco na França. É sempre válido lembrar que o PSG ainda disputa a Champions League, precisa fazer o jogo de volta contra o Chelsea e, por isso, os jogadores poderiam estar com a cabeça em outra competição e, teoricamente, descartar o duelo caseiro deste domingo. Bom... pelo menos era esse o pensamento dos torcedores do Lyon. Confira abaixo como ficou escalado o Paris.




Com a qualidade natural de sempre, o PSG começou ditando as rédeas do jogo. O Lyon postava-se defensivamente e o time de Ibrahimovic e companhia tinham todo o campo para seguir jogando, mas era impaciente com a bola no pé, tentando levantá-la para área e sem muito sucesso. Com esse ritmo, o Lyon foi gostando cada vez mais do jogo e buscando seu espaço no gramado.

Antes mesmo de firmar 10’ no cronômetro, o Lyon já era melhor. Era mais ativo no campo, tinha mais gana e a melhor estratégia era fechar o passe na saída de bola do time parisiense. Isso dificultava demais qualquer início de jogada dos visitantes e, no 220w, o combate era muito bem feito e o Lyon conseguia, ali mesmo, no campo defesa do PSG, construir suas jogadas de ataque.

Aos 13’, com um cochilo não muito usual do time parisiense, o Lyon conseguia trocar passes até com certa facilidade na linha de frente ofensiva. O PSG tentava dar o bote, mas até quando a bola era rebatida, sobrava de novo para o OL. E foi assim que o Lacazette teve domínio de bola na intermediária e achou Maxwell Cornet passando pela direita. Ele recebeu, dominou, entrou na área, jogou pra perna esquerda e bateu de direita para abrir o placar. 1 a 0!

O Paris Saint-Germain tentava se reorganizar, mas parecia um pouco nervoso e, pasme, não conseguia mais chegar no campo de ataque. Era engolido pelo sistema defensivo do Lyon e Ibrahimovic quase não encostava na bola. Lucas tentava algo e a marcação dobrava. Cavani estava mais preso na marcação do que solto pelo lado esquerdo. De fato, OL era bem melhor no início do jogo e deixava o adversário bem nervoso a ponto de Thiago Motta agredir Ferri e não ser expulso pelo árbitro Lionel Jaffredo.

A primeira finalização do Paris Saint-Germain só foi acontecer aos 34’ de jogo. No primeiro momento, Lucas recebeu bola alçada na área e sob forte marcação, conseguiu dar uma puxeta que desviou em Gonalons e passou perto da meta de Lopes. No escanteio, o PSG conseguiu colocar bola na cabeça de Thiago Silva, que colocou no cantinho, mas Lopes apareceu para evitar a primeira chance do time visitante.

Já quase nos acréscimos do primeiro tempo, o Lyon tomou um baita susto quando o PSG decidiu, de fato, jogar o que sabe. Ibrahimovic quase decidiu em um lance. Dominou na entrada da área e com pouquíssimo espaço, chutou dali mesmo, forçando Lopes a espalmar. No rebote, Lucas aproveitou e mandou na trave... mas o impedimento já era marcado, mas o PSG mostrava suas garras, finalmente.

Quando parecia que o jogo iria para intervalo com o 1 a 0 no placar e uma pressão do PSG, o Lyon surpreende até os mais efusivos torcedores. Rafael foi até o fundo para fazer o cruzamento e conseguiu. Sergi Darder estava na área, na altura da marca do pênalti. Dali dominou, fez um chapéu no zagueiro Thiago Silva e esperou o quique da bola para finalizar e fazer um golaço e colocar 2 a 0 no placar!

Para a segunda etapa, Laurent Blanc já entrou com uma mudança. Colocou Javier Pastore no lugar de Benjamin Stambouli. O PSG mexia levemente no seu meio de campo e adotava uma postura mais ofensiva, em busca de reverter o placar negativo. Com isso, Thiago Motta – já amarelado – e Rabiot, acabariam por ficar um pouco mais na contenção, dando mais liberdade para os jogadores de frente.

A postura do PSG já era diferente. Não precisou de muitos minutos do segundo tempo para provarem que a história do jogo poderia ser diferente. Pastore entrou bem e reorganizou a parte ofensiva do time. Para ajudar ainda mais os visitantes, Lucas achou um gol após bate-rebate na área do OL e Yanga-M’Biwa cortar mal e deixar nos pés do brasileiro para colocar no lado esquerdo de Lopes. 2 a 1!

Com o passar do segundo tempo, a partida se equilibrava bastante, a ponto de virar um prato cheio para os adoradores de futebol. Definitivamente, era um jogaço e os dois times precisavam de tomar todos os cuidados, pois era o famoso “lá e cá” e com muitas faltas. Qualquer detalhe poderia criar chances pro adversário, então era preferível matar qualquer tipo de jogada. E foi algo que o Lyon não fez quando Cavani saiu pela direita e descolou um passe para Ibrahimovic sair sozinho diante de Lopes. Fez o gol. Mas estava impedido. Lyon seguia na frente.

Na casa dos 30’ do segundo tempo, os dois times mexiam. Génésio fazia sua primeira troca, colocando o jovem e estreante Olivier Kemen para jogar improvisado na lateral direita. Rafael deixava o campo fazendo sua melhor partida pelo Lyon até hoje. Pelo PSG, era Rabiot quem dava lugar para Matuidi. Blanc tentava dar um gás final para os 15’ restantes, colocando seu jogador com mais saúde em campo. Pouco depois, o OL muda sua formação para o 5-3-2, colocando Koné no lugar de Cornet.

Com o ônibus parado na frente do gol, o Lyon jogava os últimos minutos totalmente na defensiva. Zakarie Labidi entrou no lugar de Darder para aproveitar, quiçá um contra-ataque. Mas o PSG ficava em cima em busca de um eventual empate. Cavani teve uma oportunidade no apagar das luzes, chegou a dominar na área, mas a arbitragem já paralisava em lance de impedimento. Nem mesmo os dois minutos de acréscimos foram o suficientes pro Paris Saint-Germain buscar o empate. E, assim, o Lyon colocava água no chopp da invencibilidade parisiense.

De olho na reta final do Campeonato Francês que já se aproxima, o Lyon agora continuará jogando em casa. Mas, desta vez, enfrentará o Guingamp pela 29ª rodada da competição. A partida será no próximo domingo, dia 06/03, às 17h. Até lá!

FOTOS: L'Equipe / olweb.fr


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