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Encerramento da 27ª rodada era perfeita para o Lyon. Visitava o Lille no Stade Pierre Mauroy e com a faca e o queijo na mão para assumir a 3ª colocação. Todos os resultados convergiram para isso, inclusive um empate do maior rival, o Saint-Étienne, que abria as portas para uma simples vitória o colocar de vez na briga pela 2ª e 3ª colocações. A situação tornava-se confortável pelo fato do Lyon, agora, só ter a Ligue1 como disputa na temporada e tem que fazer de tudo para validar os investimentos. E isso será fundamental para a permanência – ou não – do técnico Bruno Génésio para a próxima temporada.
E para tentar bater o Lyon, o Lille vive um momento “tudo ou nada”. Está em uma situação complicadíssima na tabela, é o 15º e precisa parar de brigar contra o rebaixamento, até mesmo pela grandeza que construiu nos últimos anos. Para o jogo de hoje, Frédéric Antonetti tinha grandes desfalques: o goleiro reserva Mike Maignan, o lateral Franck Béria, o zagueiro Benjamin Pavard, o meia Mounier Obbadi e o atacante recém-contratado, Éder. Como bônus, o LOSC vinha com uma formação onde o ponta de lança é cria da casa do Lyon: Yassine Benzia. Veja como ficou o time no 4-3-3:
Pelo OL, muitas mudanças. E mudanças até estranhas com relação ao os últimos jogos. Para começar, sem Tolisso e Gonalons, machucados, o time ficou desguarnecido na marcação do meio de campo. Por isso, Génésio optou por mudar a formação tática, saindo do 4-3-3 e indo para o 4-2-3-1. Na marcação, Ferri faria a função do capitão ausente e Grenier jogava bem mais recuado, de segundo volante. Na frente, Ghezzal, Valbuena – jogando centralizado – e Cornet faziam a penúltima linha, servindo Lacazette, hoje de centroavante. No banco, duas promessas da base compunha o elenco: Perrin e Labidi. Além deles, Malbranque retorna ao time depois de ser “esquecido” pelo treinador. Abaixo, veja como ficou os titulares:
A formação bastante ofensiva do Lyon era um perigo. O típico oito ou oitenta. Ou conseguiria bater bem as falhas defensivas do adversário, ou sofreria demais pela falta de treinamento na formação e pela falta de cacoete de marcação dos meio-campistas escalados. E, no começo do jogo, parecia que o Lille é quem tinha mais vantagem. Quase abriu o placar aos 3’, com Benzia recebendo o cruzamento de Corchia. Lopes salvou.
Rapidamente, o OL tentava equilibrar o jogo e até conseguia sair com velocidade, com Grenier armando o time de trás. Mas Lacazette isolado na frente o deixava muito preso na marcação e faltava muita qualidade para os demais em armar alguma coisa. Ainda assim, o Lille se mantinha esperto e sabia que tinha um buraco no meio que poderia ser explorado a qualquer momento de desatenção e na ausência de Max Gonalons.
Com o passar do primeiro tempo, o Lyon tentava entender como poderia chegar. Primeiro, começou com o Grenier fazendo o clássico papel de regista, depois, pela direita, com Ghezzal. Mais tarde, mudou o jogo pelo lado esquerdo, com Cornet. Ainda assim, o time não conseguia chegar com efetividade e muito menos conseguia chegar a Lacazette, que tem potencial pra resolver o lance em uma oportunidade.
Enquanto o Lyon tentava se encontrar, o Lille sabia que era inferior dentro de campo e que tinha que explorar em uma oportunidade. Seja em contra-ataque, ou em bola parada. E foi mesmo de bola parada que os Dogues conseguiram abrir o placar. Em cobrança de falta pelo lado esquerdo, Sofiane Boufal cobrou cruzado, na esperança de achar Civelli na área. O zagueiro argentino não conseguiu chegar e a bola acabou entrando mesmo assim. 1 a 0 no Grand Stade.
Foi só aos 32’ de jogo que o Lyon criou sua primeira boa oportunidade de gol. Em jogada pelo lado esquerdo do ataque, Morel avançou até a intermediária e fez um passe para Cornet. De costas, o atacante do OL girou rápido sobre o marcador e bateu com muita força e muita curva. A bola passou a centímetros do ângulo direito de Enyeama, que só fez o golpe de vista e viu ela passando muito, muito perto.
Até o intervalo, o panorama se manteve o mesmo. O Lille tentando ser mais certeiro com o que tinha condições de fazer e o Lyon atacando com quase tudo o que tinha e sem quase criar nada. Antes do apito do primeiro tempo, os Gones ainda criaram mais uma chance, de novo com Cornet, mas Lacazette tentou desviar e acabou colocando nas mãos de Enyeama e, mesmo assim, já estava impedido. Se não encostasse na bola, ela poderia entrar.
Para o segundo tempo, Antonetti não trouxe mudanças, mas trocou antes mesmo dos 10’. Colocou Florent Balmont no lugar de Morgan Amalfitano, que era uma opção que ele quase optou antes do jogo. Mas, agora, com o placar em vantagem, ele tinha motivos para dar uma segurada no time, colocando mais um marcador em campo. Podia frear as constantes, porém fracas chegadas do OL.
O cenário era horrível para o Lyon. O time não correspondia as expectativas. As estrelas Valbuena e Lacazette estavam apagadíssimos, assim como Ghezzal e Cornet. O time praticamente não criava e a situação complicou bastante quando Christophe Jallet fez falta aos 15’ do segundo tempo e acabou recebendo o segundo amarelo e sendo expulso. Cornet deixava o campo e Darder entrava para o OL se recompor. O cenário ficava mais feio ainda.
Era a clara oportunidade do Lille controlar o jogo em casa e fazer valer a sua vantagem, com sua torcida e com o placar em vantagem. Mas, curiosamente, isso não aconteceu. O Lyon continuava ditando o jogo, praticamente com uma linha de três defensores na zaga e conseguia sair mais para o jogo... mas ainda falta a grande chance de gol. Por isso, Génésio sacou Ghezzal e colocou o jovem Perrin, aos 26’ da etapa final. Pouco tempo depois, foi a vez do autor do gol, Boufal, sair e dar lugar a Rony Lopes.
O jovem atacante do Lyon, de 19 anos, teve duas oportunidades. Perrin praticamente invertida com Lacazette na posição de ficar centralizado na área, algo que dava espaços, já que o camisa 10 puxava a marcação e dava espaços para a joia da base fazer o seu trabalho. Por falta de experiência, talvez, ele acabou desperdiçando as duas chances que caiu aos seus pés, mas não errou no lance. Fez certo. O mérito foi da defesa do time da casa.
Faltando menos de 10’ para o término do jogo, Frédéric Antonetti e Bruno Génésio queimaram suas últimas alterações. O LOSC trocou o atacante. Junior Tallo entrou no lugar de Yassine Benzia – que hoje explicou o motivo do Lyon não ter o segurado no elenco. Pelo OL, quem saiu foi Jordan Ferri para dar lugar ao meia Zakarie Labidi. Logo após as trocas, o Lyon teve mais uma chance, com Lacazette, que finalizou em cima de Enyeama. De fato, mesmo com um a menos, o Lyon seguia melhor e, sim, merecia o empate.
Quando parecia que o Lyon poderia buscar aquele gol no finalzinho, fazer aquela pressão e buscar valer seu merecimento, Clément Grenier acabou com todas as esperanças. Aos 42’, ele subiu com Balmont para dividir uma bola e deu uma cotovelada maldosa no volante do LOSC. Recebeu o segundo amarelo e foi expulso. OL com nove... Mas o Lille com dez. Balmont, com o nariz jorrando sangue, não tinha condições de voltar. E ficou por isso mesmo. Jogo confuso, violento e mal jogado. Página a ser virada.
Agora o PSG novamente se encontra na frente do Lyon. Mais um confronto contra os “donos da Ligue1”. Este, agora válido pelo Campeonato Francês (28ª rodada) e não pelas Copas, como vinha sendo anteriormente. O jogo será no próximo domingo, dia 28/02, às 17h do horário de Brasília. Até lá!
FOTOS: FranceFootball / L'Equipe / olweb.fr
OS MELHORES MOMENTOS:
EXPULSÃO DO GRENIER:
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