sábado, 6 de fevereiro de 2016

Lyon goleia e volta a lutar pelas vagas europeias

Filipe Frossard Papini
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Angers sofreu um gol logo no início e teve, em seguida, um jogador expulso. OL controlou o jogo até o fim, esticando o placar nos momentos certos




O Angers é o grande azarão da Ligue1 nesta temporada. Time modesto que acabou voltando da Ligue2 nesta temporada e já aparece brigando no topo da tabela. E quem achava que seria um cavalo paraguaio, se enganou bastante. O time continua fazendo boas exibições e batendo de frente com qualquer adversário – exceto o extraterrestre time do PSG. Na manhã deste sábado, o Monaco ainda ganhou do Nice, o que daria a oportunidade do time da casa subir uma posição na tabela, em caso de vitória, e assumir a 3ª colocação da Ligue1. O Lyon também tinha uma missão interessante. Poderia sair da 10ª colocação e subir quatro posições, dependendo da combinação de resultados.

Para parar o Lyon, o técnico Stéphane Moulin não tinha desfalques para o jogo e recebia reforços importantes saindo do departamento médico do clube. Ismaël Traoré e Billy Ketkéophomphone retornavam e estavam a disposição do treinador. E Moulin não pensou duas vezes para escalar ambos como titulares. Além disso, o OL poderia reencontrar uma prata da casa e que, até na temporada passada, figurava no time principal: Mohamed Yattara. Ele foi repassado ao Standard Liège no começo da temporada, não deu certo no time belga que o repassou para o Angers. Ele já tinha jogado por lá e feito uma Ligue2 muito digna. Confira a escalação:




Pelo Lyon, também havia novidades entre os titulares. Kalulu começaria jogando no lugar de Valbuena. Era opção de Génésio. Mas ele se machucou no aquecimento e, minutos antes do jogo, Valbuena acabou sendo escalado. Fora isso, Ghezzal também iniciava – diferentemente da última partida, onde Cornet começou jogando. Bakary Koné, que voltava de lesão, compunha o banco de reservas. Dentre os desfalques do OL, somente Nabil Fekir e Rafael no DM. Além deles, ainda tinha Gueïda Fofana, se recuperando no time B. Abaixo, confira como ficou os 11 iniciais de Génésio:




Com capacidade para um pouco mais de 15 mil espectadores, o acanhado Stade Jean Bouin tinha lotação máxima na tarde deste sábado. E os torcedores presentes se surpreenderam com as boas chances criadas pelo Lyon, bem no início do jogo. No primeiro minuto, Ghezzal criou a primeira oportunidade de gol, em jogada pela direita. Ele viu Tolisso entrando na área e fez o passe. O volante do OL bateu direto pro gol a zaga rebateu na primeira chance da partida.

O Angers poderia dar a resposta, quando o goleiro Letellier cobrou tiro de meta e a bola caiu nos pés de Yattara, que chegou a vencer Umtiti na disputa, entrou na área e na hora de finalizar perdeu o ângulo e acabou chutando pra fora. Sem perdoar, e como contraresposta, o Lyon voltou a atacar, com Valbuena pela direita. Ele fez uma jogada, sobrou para Grenier que perdeu a bola. A zaga rebateu mal e o rebote sobrou para Jallet colocar no ângulo, com categoria, abrindo o placar aos 13’. 1 a 0!

Já nervoso com a desvantagem no placar, o Angers perdeu o controle do jogo quando Thomas Mangani deu uma entrada fortíssima no tornozelo de Tolisso e o árbitro Frank Schneider decidiu acertadamente expulsar o volante do time da casa, que ficava com um a menos ainda aos 16’ de jogo. A partir daí, o Lyon tinha a faca e o queijo na mão para dominar o jogo com total soberania.

Após a expulsão, o time do Angers colocou o pé no freio em todos os sentidos. Passou a ser mais cauteloso e diminuiu muito a compactação dentro de campo, permitindo poucas trocas de passes entre os jogadores do Lyon, mesmo estando com um jogador a mais. Por outro lado, com o OL mais solto dentro de campo, hora ou outra, sempre acabava sobrando um espacinho para um ataque do Angers, que surpreendentemente não perdeu suas capacidades com o vermelho de Mangani.

Enquanto isso as dificuldades do Lyon se concentravam muito no setor ofensivo. Valbuena errava tudo que tentava, inclusive passes curtos e simples. Ghezzal, quando era acionado do outro lado do campo, facilmente perdia a bola ou rifava na esperança de uma jogada de efeito na qual ele tinha muita dificuldade na execução. Sobrava para Grenier e Lacazette se virarem, e como não pareciam inspirados no dia de hoje, o marasmo tomava conta da parte ofensiva.

Antes de acabar o primeiro tempo, o Lyon tentou mais algumas vezes, principalmente pelo lado direito, envolvendo Ghezzal e Grenier, mas mais uma vez a ineficiência e a falta de qualidade pesou para um possível dobramento do placar. Do outro lado, o Angers dependia das bolas paradas de Ketkéophomphone e do centroavante Yattara, que brigava muito e ganhava pouco.

Na voltar do intervalo, aquele mesmo cenário do início do jogo: Lyon apertando para fazer um gol logo no começo. E funcionou. Com menos de 2’ da etapa final, Valbuena inverteu o jogo da esquerda para a direita. Jallet dominou, tocou para Ghezzal que girou sobre a marcação, ficou de frente para o gol e colocou no ângulo de Letellier em um lapso de qualidade em que não se viu durante todo o jogo. OL 2 a 0!

O Angers já não conseguia mais se achar em campo. A dificuldade já seria grande com os 11, com um a menos, dificultou demais, ainda mais com uma vantagem de dois gols do OL no placar. Moulin acabou decidindo optar por duas trocas ao mesmo tempo. E tirou dois jogadores que estavam bem em campo: Gilles Sunu e Billy Ketkéophomphone. Colocou Arnold Bouka-Moutou e Saïd Benrahma.

Mesmo com as mudanças, o Lyon ditava o jogo. Parecia jogar em casa e imprimia o ritmo que queria. O Angers tornava-se franco atirador. Buscava uma falta dura para forçar uma expulsão do Lyon ou uma tentativa de gol inesperado para colocar um tempero a mais no jogo. O Lyon tentava por calma no jogo, bola no chão e passes certeiros, na tentativa de cozinhar a partida e levar tudo na mais pura tranquilidade.

Aos 24’ do segundo tempo, a tão sonhada oportunidade de gol que o Angers tentava criar desde o primeiro tempo apareceu. Saïss disputou bola no meio e ganhou de dois, passou rapidamente para Andreau, caindo pela esquerda. O lateral foi até o fundo e cruzou para a área, procurando a referência de estatura que era N’Doye. O capitão do Angers conseguiu subir mais alto que todos, mas cabeceou pra fora. Passou muito perto.

Com 32’ da etapa final, o Angers queimava sua alteração tirando Mohamed Yattara e colocando Jean-Pierre N’Samé. Poucos minutos depois, foi a vez de Génésio mexer e já pensando no próximo jogo, poupando nomes. Lacazette saiu para entrar Cornet. A movimentação de Cornet permitiu maior atividade do OL no ataque e assim saiu o terceiro gol, aos 36’. Valbuena caiu pela direita, chamou a marcação, cruzou pra trás e rasteiro. Lá estava Tolisso para bater de primeira e fazer. 3 a 0!

Após o gol, Génésio troca duas vezes. Entraram Ferri e Darder nos lugares de Tolisso e Grenier. Até o momento do apito final, os dois times tiveram chances importantes de gol. O Angers por bola parada e o Lyon por vacilo da defesa da casa. Mas, por fim, ficou por isso mesmo. Um 3 a 0 que ajuda muito o elenco do OL não só a subir na tabela, como também em moral para encarar as próximas pedreiras que os esperam.

Agora o Lyon tem um páreo duríssimo pela frente. Jogo válido pelas oitavas de final da Copa da França e o adversário é o imbatível PSG, no Parc des Princes. Vale como o jogo do ano para o OL e todo cuidado é pouco para esta partida eliminatória. A partida será na quarta-feira de cinzas, dia 10/02, às 18h05. Até lá!

FOTOS: FranceFootball / L'Equipe / olweb.fr


OS GOLS DA PARTIDA:



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