sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Lyon abre larga vantagem, deixa o Brest encostar, mas sai com a vitória na briga pelo título

Filipe Frossard Papini
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OL foi para o intervalo com 3 a 0 no placar, viu o adversário abrir dois gols na etapa final, mas ficou por isso mesmo em uma partida imprópria para cardíacos




O Lyon abriu a 26ª rodada do Campeonato Francês nesta sexta-feira. Foi até a Bretanha enfrentar o Brest, time que entrava em campo como 12º colocado da competição. A missão dos Gones era uma só (e assim vai ser até o fim do torneio): vencer ou vencer! Na disputa ponto a ponto com Lille e PSG pela liderança e título da Ligue 1, não existe a margem de erro de perda de pontos para times tecnicamente inferiores. E era exatamente isso que o Lyon tinha que fazer na tarde desta sexta: vencer o Brest fora de casa.

Mas o time do ousado técnico Dall’Oglio entrava em campo com a promessa de complicar tudo. O treinador, que é conhecido por sua excentricidade em não ter medo de atacar, poderia ser a principal arma do time da casa para complicar a vida dos Gones, ainda mais que o técnico tinha boas notícias. Um dos seus principais jogadores, Irvin Cardona, que havia lesionado o joelho, estava de volta. Jérémy Le Douaron, recuperado de dores na coxa, também. Mas este começava no banco. Como desfalques, o goleiro Hassan, o zagueiro Bain e o volante  Jean Lucas, emprestado do próprio Lyon, por cláusula contratual. Veja como ficou:


O Lyon ia a campo com novidade. Rudi Garcia resolveu sacar Tino Kadewere do time titular e lançou Aouar mais ao ataque, caindo pela beirada do lado esquerdo. Sendo assim, abria uma vaga no meio de campo que dava lugar a Bruno Guimarães reaparecer no time principal, com Paquetá jogando um pouco mais avançando e pisando mais na área. De desfalques, o treinador do Lyon não podia contar com Marcelo, que deixou o campo mais cedo no duelo contra o Montpellier. Ele sequer viajou. Sinaly Diomandé ganhava mais uma chanca, agora na dupla com Denayer. Quem também ganhava outra oportunidade era De Sciglio, hoje como titular no lado esquerdo, deixando Cornet no banco. Assim ficou escalado o OL:


O jogo em si começou bastante agitado. Em dois minutos de bola rolando, o Brest fez duas ações que realmente quase terminaram em gols. No primeiro, um chute forte de Faivre que forçou Anthony Lopes a mandar bola para escanteio. Ainda na pressão, o SB29 levou muito perigo logo na sequência com jogada pela esquerda e cabeçada de Mounié, subindo com De Sciglio que não deu altura na disputa. Lopes salvou novamente.

Depois do susto inicial, o Lyon se recompôs, inclusive na questão da confiança na partida. O gol não parecia próximo. O OL ainda esbarrava em dificuldades para fazer incursão após o meio de campo, mas em um vacilo do goleiro Cibois. Na saída de bola tranquila do time da casa, ele tentou sair jogando e optou por driblar Paquetá, que fazia a pressão. O brasileiro recuperou a bola e só colocou no gol. Um tremendo erro que se converteu em gol: 1 a 0!


Depois de ter aberto o placar, o OL parecia mais tranquilo em campo. Ganhava em confiança e conseguia chegar com mais calma ao ataque, em busca do segundo gol. Ainda assim, tinha muitas dificuldades para entrar na defesa adversária. Toko Ekambi era quem aparecia com mais vigor ofensivo na primeira parte, principalmente nas jogadas pelo lado direito do campo, que acabava gerando muitos escanteios por ali.

Memphis Depay e Aouar, que até então quase não apareciam no jogo, deram as caras quando assim foi necessário. Perto dos 30’ de jogo, o Brest saiu jogando muito mal de novo e Thiago Mendes roubou bola na intermediária. Rapidamente ele acionou Memphis Depay, que fez a parede, prendeu e esperou a abertura de Aouar chegando pela esquerda. O meia já chegou batendo e marcando o segundo: 2 a 0!


Depois do segundo gol, tudo ficou bem mais tranquilo. O Lyon já percebia que nem precisava pressionar muito. Pisar na bola e encontrar espaços ao toque de bola era o que o time tinha que fazer, já que o Brest parecia abatido. Não havia uma válvula de escape sequer. Somente algumas jogadas individuais de Mounié, que ainda assim eram insuficientes para o volume que o jogo tinha.

Antes do intervalo, ainda deu tempo do Lyon conseguir emplacar o terceiro na partida. Em mais uma ação de Memphis Depay, o holandês entrou na área e saiu em velocidade. Cibois tentou sair aos pés do jogador e acabou cometendo pênalti que a arbitragem sequer precisou consultar o VAR para marcar. Na cobrança, o mesmo Memphis Depay colocou na bochecha da rede e decretou o 3 a 0 com tranquilidade!


No retorno para a etapa final, foi o Brest quem finalmente conseguiu abrir o placar. Foi uma bela jogada no lado esquerdo do ataque, após escanteio curto. Faivre e Honorat fizeram a tabela e o próprio Honorat deu sequência ao lance, chegando no limite da linha de fundo e cruzando para a área. Por lá, apareceu sozinho Chardonnet, que com um tiro de cabeça, empurrou para as redes aos sete da etapa final.

Na sequência, o Lyon não se abateu e continuava pressionando. Toko Ekambi teve duas ou três grandes oportunidades para fazer o 4º gol, mas esbarrou em dificuldades, principalmente pela falta de visão de jogo e preferir finalizar ao invés de fazer alguma assistência. Enquanto isso, o Brest não parecia morto dentro de campo, continuava jogando com se estivesse 0 a 0 e isso era de impressionar.


Dall’Oglio mexia e colocava seu time mais ofensivo. Entrava Faussurier e Charbonnier nos lugares de Faivre e Pierre-Gabriel. Depois, o Rudi Garcia também fez suas trocas, com Caqueret e Kadewere nos lugares de Bruno Guimarães e Aouar. Mexidas estranhas, já que os dois vinham bem no jogo. E a consequência disso apareceu quase que de imediato. Chardonnet achou um lindo passe que cortou a defesa do Lyon e Cardona recebeu sozinho para avançar e tocar na saída de Lopes para fazer o 2º do Brest: 2-3!

Rudi Garcia mexia logo depois do gol, com Cornet no lugar de Toko Ekambi. O que antes era calma, paciência e confiança, passava a ser nervosismo. E o Brest, que nada tinha a ver com isso, tentava se aproveitar desse momento de fragilidade do Lyon. Apertava, tinha a posse de bola, mas continuava tendo dificuldades para finalizar, mas atacava da forma que dava e isso trazia muito perigo ao gol de Lopes.


No finalzinho, os times mexiam de novo. Dall’Oglio colocava Le Douaron e Fadiga nos lugares de Honorat e Fadiga. Enquanto isso, Rudi Garcia sacava Memphis Depay para colocar Slam Slimani. A alteração no OL parecia absolutamente protocolar somente para ganhar tempo, uma vez que a bola não ficava no ataque dos Gones e Slimani praticamente não ia alterar em nada o panorama do jogo.

Nos cinco minutos de acréscimos, o Lyon usou sua maior cera possível, enquanto o Brest já no desespero tentava qualquer coisa. A saída de Honorat complicou as ações criativas do time que não conseguiu criar mais nada. No último lance, contra-ataque de Paquetá, que acionou Kadewere, que finalizou cruzado e rasteiro para uma defesa incrível de Cibois, que aliviou e gerou o fim de jogo.


O Lyon agora terá mais de uma semana de descanso. Só entra em campo novamente no último dia do mês: 28 de fevereiro. E é pedreira! Clássico dos Olympiques diante do Marseille que vem tentando fugir de uma crise interna. A partida será num domingo, às 17h do horário de Brasília em partida pela 27ª rodada do Francês. Até lá!

FOTOS: ol.fr | Getty Images
CAMPINHOS: Canal +



OS GOLS DA PARTIDA:
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