quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Em atuação bem morna, Lyon faz o simples e vence o Dijon com gol de Paquetá

Filipe Frossard Papini
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Atuação do goleiro Racioppi, ex-OL, foi fundamental para que o time da casa não sofresse mais gols mas, ainda assim, os Gones saíram de campo devendo bom futebol




O Lyon mal descansou da vitória suada contra o Bordeaux na última sexta-feira e já voltou aos gramados hoje, no Stade Gaston Gérard. O adversário da vez era o Dijon, clube que briga fortemente contra o rebaixamento da atual temporada da Ligue 1. Em campo, o OL já sabia que não tinha condições de reassumir a liderança hoje, já que o Lille – o atual time no posto um da tabela – já havia vencido no horário anterior: 3 a 0 diante do mesmo Bordeaux que foi batido pelo Lyon na sexta. Sendo assim, para não correr mais riscos, o OL só tinha um objetivo: vencer!

Mas o time da casa não queria dar moleza para os Gones e preparou um time modificado em relação a rodada anterior. David Linarès espelhou o 4-3-3 do próprio Lyon, abdicando-se do 4-2-3-1. Mas sacou do time principal Boey, Panzo, Celina e Baldé. Lembrando que ele já tinha os desfalques de Benzia, Assalé e Kamara, três atacantes que estavam de fora e nem foram relacionados. Chafik, Coulibaly, Cheikh Diop (que pertence ao Lyon) e Sammaritano ganhavam chances. Veja como ficou:


O Lyon também vinha com modificações em relação ao jogo anterior. A primeira alteração foi, claro, na zaga. Jason Denayer, com lesão na coxa, ficará ausente por tempo ainda não definido e foi substituído por Diomandé. Além disso, Rudi Garcia promoveu os retornos de Aouar e Paquetá ao time titular, além de retornar com Cornet na lateral esquerda. O time considerado ideal é esse, praticamente, só considerando a troca do defensor machucado. Na imagem abaixo é possível ver como foi escalado os Gones:


No comecinho de jogo, quem levou o primeiro perigo real de gol foi o Dijon. Tudo começou com uma saída de bola terrível de Cornet pela esquerda. Ele atravessou um passe no meio da área, pra ninguém, e acabou entrando a bola de graça para Sammaritano sozinho. O baixinho atacante do Dijon não teve muita paciência de trabalhar a bola e bateu de primeira. Por sorte do goleiro Lopes, a bola fez a curva pra fora e acabou saindo.

Não demorou muito para o OL mostrar suas armas também. Primeiro, Aouar perdeu uma chance dupla inacreditável. Ele apareceu dentro da área e acertou o pé da trave, mesmo pressionado pela zaga. A bola voltou e no rebote o chute parou nos pés de Racioppi em defesa impressionante. Um minuto depois, aos 18’, Memphis Depay apareceu pela direita e finalizou com perigo sem ângulo. Racioppi apareceu de novo, inclusive no rebote de Kadewere.


A força defensiva (com doses de sorte) do goleiro Racioppi não demorou muito tempo. O Lyon abriria o placar aos 22’ em jogada rápida do ataque. A assistência surgiu dos pés de Karl Toko Ekambi, que achou a infiltração do brasileiro Lucas Paquetá pela direita. Ele não teve nenhum trabalho para penetrar, entrar na área e tocar na saída do goleiro. Relativamente fácil para o ex-Flamengo fazer o seu segundo gol com a camisa do OL: 1 a 0!

O Dijon não estava abatido e conseguiu chegar com perigo por duas vezes logo depois de sofrer o gol. Primeiro com Ndong pela direita. Ele cruzou e achou Sammaritano sozinho na área, que cabeceou pra cima. Depois, aos 35’, a melhor chance: de novo pela direita e de forma meio atrapalhada depois de falha de Cornet e Diomandé, Lopes evitou dentro da pequena área aquele que poderia ser o gol de empate em ótima jogada de Embibe e finalização de Ndong.


O gol feito deu um susto positivo no Dijon. O time da casa não deixava barato a vantagem que os Gones construíam na primeira etapa e realmente se lançava ao ataque, equilibrando bem mais as ações do jogo. Só não conseguiam fazer algo maior por motivos óbvios: falta de qualidade técnica. Mas o que chamava bastante atenção eram os vários cochilos que o OL dava depois do gol marcado.

No finzinho ainda da primeira etapa, o Lyon teve só mais uma chance após o seu gol para conseguir dobrar o placar. E isso quase aconteceu. Foi em cobrança curta de escanteio que logo depois teve a bola alçada na área para o zagueiro Marcelo subir mais alto que todos os defensores do Dijon. O brasileiro acertou a cabeçada mirando o chão. Seria uma finalização perfeita se não fosse pra fora. Foi o único respiro ofensivo do OL depois do gol de Paquetá.


Para a segunda etapa, o técnico Rudi Garcia já retornou com uma alteração, colocando De Sciglio para a saída de Cornet, na lateral direita. E o de novo o Lyon parava em defesas de Racioppi. Primeiro em lindo cruzamento de Dubois e peixinho plástico de Memphis Depay. Depois em bola colocada de Aouar, que tentou achar o cantinho do gol adversário. De novo o goleiro suíço salvou.

Antes mesmo dos 15’, o Dijon fazia uma mexida tripla. Entraram Celina, Baldé e Chouiar para as saídas de Cheikh Diop, Konaté e Sammaritano. Rudi Garcia mexia rapidamente também, com uma troca entre brasileiros. Bruno Guimarães – que vinha fazendo uma grande partida – deixava o campo para dar lugar a outro volante, Thiago Mendes. Uma troca que não havia muita necessidade dentro do contexto do jogo.


As trocas surtiram efeitos positivos para o Dijon, que voltava a pressionar como fazia no finalzinho do primeiro tempo. O Lyon já começava a encontrar dificuldades para segurar o ímpeto dos donos da casa. Perto dos 30’, Rudi Garcia então mexeu mais duas vezes, colocando em campo Caqueret e Slimani nos lugares de Aouar e Toko Ekambi para tentar reoxigenar o ataque.

O Lyon conseguia controlar um pouco melhor o jogo depois das duas novas mexidas. Ao menos tinha mais facilidade de manter a bola no ataque adversário, apesar de ainda ter dificuldades na criação de jogadas. Memphis Depay e principalmente Kadewere estavam bem apagados e pouco apareciam. Precisando de pontos, logo Linarès colocou Marié no lugar do volante Lautoa e queria jogo. Depois, Boey no lugar de Embimbe como última cartada.


Já pertinho do fim de jogo, o Lyon queria tentar fazer mais um gol para ficar tranquilo na partida, mas esbarrava no desgaste físico. Visivelmente o time estava “pregado” em campo e isso ficou evidente quando Kadewere teve um contra-ataque e saia sozinho em disparada. Em vez de partir pra cima, preferiu o passe e ainda achou Memphis Depay que sequer conseguiu dominar uma bola que daria uma excelente chance de dobrar o placar. 

Nem mesmo os três minutos de acréscimos fizeram o cenário de jogo mudar no fim do jogo. O ponto de atenção é que se o Dijon fosse um time minimamente mais agressivo e com um pouco mais de qualidade técnica, poderia ter complicado no segundo tempo e até mesmo arrancado pontos do OL, o que poderia ser um desastre. Hoje, os Gones venceram, mas também com uma dose de sorte.


No próximo sábado, dia 6 de fevereiro, o Lyon já tem um novo compromisso pela Ligue 1. O jogo válido pela 24ª rodada da competição será contra o Strasbourg, no Groupama Stadium, mas em horário diferente. Atente-se, o OL jogará às 15h e não às 17h como vem sendo nas demais partidas. A briga pelo título e pela liderança segue viva. Até lá!

FOTOS: ol.fr | Getty Images
CAMPINHOS: Téléfoot


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