domingo, 3 de outubro de 2021

Expulsão, chuva, empate nos acréscimos e quatro gols anulados! Clássico francês termina tudo igual e com doses cavalares de emoção

Filipe Frossard Papini
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Lyon abriu o placar ainda no primeiro tempo, mas acabou tendo o goleiro expulso no segundo tempo e os donos da casa souberam a aproveitar a vantagem numérica e chegaram ao empate aos 50 minutos da etapa final




Depois de ter uma vitória sem sustos em seu segundo compromisso pela Liga Europa no meio de semana, o OL se preparou desde quinta-feira para o grande jogo deste domingo. Se você pegar a tabela da Ligue 1 e observar, vai se questionar: “por qual motivo é um grande jogo se vai enfrentar o lanterna?”. Acontece que esse último colocado é o maior rival do Lyon e eles fazem aquele que, para muitos, é o maior clássico do futebol francês: o derby do Róldano Alpes, ou Derby du Rhône. De um lado, um OL embalado pela boa sequência, de outro, um Saint-Étienne desesperado por pontos para sair da degola. Promessa de muitas emoções.

Para esse confronto, o ASSE decidiu mudar quase tudo pro time que perdeu de 3 a 0 em casa para o Nice. Green, retornando de suspensão, voltava para o gol. Na linha de zaga, Sow e Nadé foram pro banco e Kolodziecjzack apareceu com Camara. No meio, Neyou foi mantido, com Youssouf e Nordin de novidades. Na frente, Khazri permaneceu e teve a companhia de Boudebouz e Bouanga. Os laterais Gabriel Silva e Maçon, além do zagueiro/volante Moueffek eram desfalques. Veja como ficou escalado:


No Lyon também havia bastante similaridade o time que foi a campo em relação ao último jogo, de quinta-feira, diante do Brondby pela Liga Europa. Ainda sem seus dois centroavantes, Peter Bosz decidiu permanecer com Lucas Paquetá no centro de ataque. No meio, Bruno Guimarães volta ao time titular, colocando Thiago Mendes no banco novamente. Mas na defesa foram as duas principais mudanças. Suspenso, Emerson Palmieri deu vaga ao brasileiro Henrique na esquerda. E Boateng, que era dúvida, começou jogando ao lado de Diomandé. Assim ficou escalado o OL:


Como era de se esperar, o jogo começou muito quente. Logo no segundo minuto de jogo, o OL teve um gol anulado. Jogada individual de Paquetá que roubou a bola de Kolodziejczak, invadiu a área e conseguiu tabelar com Aouar. Quando ele recebeu a bola de volta para continuar a triangulação que acabou saindo em gol, o auxiliar acabou pegando o movimento de impedimento e a marcação foi correta.

Antes mesmo dos dez minutos inicias, o ASSE também chegava com perigo. E por detalhe não abriu o placar. Foi um chute de fora da área de Nordin que Lopes espalmou pro lado e ela sobrou sozinha para Khazri. O franco-tunisiano, de cara para o gol, acabou cabeceando na trave, sem dificuldade alguma. Um lance incrível e que mostrava que o Saint-Étienne estava bem vivo no jogo.


Ainda no comecinho do jogo, os dois times tiveram boas oportunidades. Aouar e Paquetá eram os mais acionados no ataque dos Gones. Em uma dessas, o goleiro Etienne Green fez uma defesaça para evitar o placar ser aberto. Enquanto isso, o ataque do St-Étienne estava bem ligado. Em jogada pela direita, Khazri iria receber uma assistência açucarada na área se não fosse o corte providencial de Boateng. Isso aos 19’ de jogo, em um início bem intenso.

Aos 33’ de jogo, o Saint-Étienne teve um gol anulado, assim como o OL teve anteriormente. Foi uma rápida jogada de contra-ataque pela direita que passou por dois jogadores até chegar o passe rasteiro e definitivo para Khazri completar no segundo pau. Ele dessa vez fez, mas estava poucos centímetros adiantado. Bem mercado. A resposta do OL apareceu dois minutos depois, em jogada de Toko Ekambi pela direita que cruzou para a área para a cabeçada de Aouar. Excelente defesa de Etienne Green.


No finzinho da primeira etapa, o Lyon finalmente conseguiu abrir o placar. Paquetá dominou a bola, conseguiu fazer bem o pivô, dominou a bola e achou um belo passe para Aouar. O meia do Lyon foi pra cima do defensor e quando entrou na área, bateu no cantinho, sem chance para o goleiro Green. OL abria o placar aos 42’ de jogo. Não dá pra falar que foi um banho de água fria no ASSE porque havia muita chuva no jogo. Mas certamente diminuía o ímpeto dos donos da casa.

Ainda deu tempo pra mais coisas na primeira etapa. O OL teve mais um gol anulado, dessa vez de Shaqiri, mas a posição de impedimento foi dada para Paquetá logo no comecinho da jogada, quando ele fez uma troca de passes com os companheiros de ataque. Mais uma vez, bem marcado. No momento do apito do intervalo, confusão no meio de campo envolvendo Kolodziejczak e Paquetá, mas o árbitro acabou abafando o problema e nada deu.


Na etapa final, o ritmo voltava alucinante. O 4º gol anulado da partida aconteceu logo a um minuto de jogo. Dessa vez com Toko Ekambi, com Shaqiri em posição adiantada. De novo, bem anulado. A resposta do ASSE veio com Bouanga, dez minutos depois. Interceptou um passe e apareceu sozinho na área. Lopes fez uma excelente intervenção antes de Dubois se confundir e dar de novo pro St-Étienne, que desperdiçou mais uma vez.

Aos 20’ do segundo tempo, as primeiras trocas no jogo. Claude Puel lançou mão dos bons Hamouma e Gourna-Douarth para as saídas de Nordin e Neyou. Três minutos depois, foi Peter Bosz quem alterou, colocando Denayer no lugar de Boateng, os dois zagueiros que eram dúvidas para esse jogo.  Nesse momento, o ASSE começava a querer ser melhor no jogo e encontrava atalhos pra isso.


O Lyon se complicaria no jogo aos 29’ do 2º tempo, quando Lopes foi dividir uma bola fora da área e acabou colocando a mão na bola. O VAR checou o lance e acabou ajudando o juiz a dar o cartão vermelho direto para o goleiro do OL. Imediatamente Shaqiri foi sacado do jogo e entrou o goleiro reserva Pollersbeck, que já trabalhou logo de cara, primeiro em chutaço de Gourna-Douarth da entrada da área, depois com uma bomba de Youssouf, do meio da rua.

Puel mexeria de novo, colocando Aouchiche no lugar de Boudebouz. O Saint-Étienne gostava do jogo, e com um jogador a mais, tinha não somente a posse de bola, como também encurralava o OL no seu campo de defesa. Quando parecia que o time finalmente havia se encontrado em campo, a torcida da casa mesmo acendeu sinalizadores e acabou paralisando o jogo, esfriando o ímpeto do próprio time.


No finzinho de jogo, o Lyon começou a cozinhar a partida, fazendo aquela tradicional cera. Ensebando em lances de falta e substituições. E por falar em mexidas, Bosz colocou aos 42’ de jogo o lateral Gusto e o volante Thiago Mendes nos lugares de Aouar e Bruno Guimarães. Depois foi Puel quem mexeu. Era o centroavante Krasso quem entrava no lugar de Bouanga, com mais sete minutos de acréscimos.

E foi nesse período de acréscimos, mais precisamente aos 50’ do segundo tempo, que o VAR pegou um toque de mão de Denayer em lance de bola cruzada na área. O árbitro foi ao vídeo e acabou confirmando o pênalti que Khazri cobrou, deslocando Pollersbeck, e acabou decretando o empate, com direito até mesmo invasão de campo dos empolgados torcedores que comemoraram o empate como se fosse um título.


O OL agora faz uma longa pausa. Vem mais uma Data Fifa pelo caminho e agora o time só entra em campo no dia 17 de outubro, daqui dois domingos. O adversário não é moleza. Será o Monaco, em partida em casa, no Groupama Stadium, às 15h do horário de Brasília. O compromisso é válido pela 10ª rodada da Ligue 1. Até lá!

FOTOS: Getty Images | ol.fr
CAMPINHOS: Prime Video


MELHORES MOMENTOS:
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