Auxerre foi esperto no momento certo e conseguiu empatar no Gerland. Porém a invencibilidade, de agora 11 jogos, ainda persiste
Vindo de um empate contra o Marseille no clássico, o Lyon, agora jogando no seu estádio, tinha pela frente o coeso Auxerre. Outro time que se classificou para a Champions League dessa temporada, mas que já foi eliminado. Apesar dos desfalques, o time de Jean Fernandez tem uma formação fechada e que busca sempre surpreender o adversário fora de casa.
E a estratégia adotada pelo treinador foi justamente essa. Jogando em uma espécie de 4-2-3-1, o time queria esperar o erro do Lyon para atacar em massa. Com o meio-campo fechado, e tentando diminuir o espaço por ali, Fernandez apostava no recuo como sua arma principal. Veja o time que ele escalou para começar a partida:
Já Claude Puel, mais uma vez não pode contar com Cris e Gourcuff. O francês, mais especificamente, sofreu mais uma lesão na semana e foi poupado. Já o brasileiro, deve voltar em janeiro. Taticamente, o time foi o mesmo que enfrentou o Marseille. As mudanças reais foram o recuo de Källström, a saída de Gonalons do time titular, e a entrada de Pjanic. Veja a formação:
Como já era esperado, o Lyon começou marcando em cima desde o começo. Pressionava o AJA e buscava abrir o jogo pelos lados do campo, na tentativa de penetrar na compacta defesa adversária, que a princípio, jogava na base dos chutões.
Atuando dessa forma, logo o OL mostrou seus defeitos. No primeiro erro de passe, o Auxerre conseguiu atacar e pecou na hora de finalizar. Mas a brecha foi dada e o caminho parecia ser este.
O primeiro lance bem trabalhado do jogo, veio por parte do Lyon. Ótima jogada pela esquerda envolvendo Lisandro, Gomis e Pjanic. Na hora de finalizar, Makoun apareceu e não fez o seu papel. Errou por muito.
Melhor em campo, o time de Puel mostrava-se apagado na marcação pelo lado esquerdo e exclusivamente, nesse jogo, tinha um Michel Bastos aéreo, com pouco entusiasmo e errando tudo aquilo que tentava. A defesa, formada por Diakhaté e Lovren continuava errando como sempre e a falta de Cris era um fator de preocupação – assim como sempre foi.
Aos 32’, falta perigosa para o Lyon. Mignot derrubou Gomis na entrada da área. Por alguns instantes parecia ter sido até pênalti. Na cobrança, Bastos bateu forte e mandou pra longe.
Depois desse lance, o entusiasmo da equipe baixou. Källström apareceu em lances de bola parada, mas nada muito efetivo. Consequencia disso foi o baixo rendimento que o jogo tomava. A tendência era esfriar e cair de produção. Mas eis que nos acréscimos, Bastos bateu falta, na trajetória da bola, ela desviou em Gomis. Sorin conseguiu defender, deu rebote e o sueco Källström chegou em velocidade arrematando. Antes de entrar, a bola ainda tocou em Grichting. O Lyon ia para o vestiário com a vantagem numérica merecida. Eram incríveis 72% de posse de bola e 11 finalizações contra 3.
No entanto, na volta do intervalo, com o soar do apito, o Auxerre aproveitou a primeira boa oportunidade e marcou o gol de empate. Oliech tomou a bola no meio-campo, descobriu Quercia passando atrás da defesa. O atacante, em posição irregular, tirou Lloris da jogada e igualou.
A partir daí, o Auxerre tomava uma outra postura. Era mais ofensivo e surpreendeu o Lyon ao adotar essa estratégia. Quase chegaram a virada em lance de escanteio, logo aos 4’ da segunda etapa. Sorte do Lyon é que Lovren estava bem posicionado e salvou em cima da linha.
Aos 52’, Pjanic teve que sair. Causou preocupação, pois deixou o gramado sentindo uma lesão que lhe incomodava desde o primeiro tempo. Em seu lugar, entrou Jimmy Briand. Um meia por mais um atacante. Sinal de que Puel queria a vitória.
Essa ansiedade por querer buscar a virada, culminou em um desespero. Faltou experiência e sabedoria ao time, que já não conseguia mais acertar alguns passes. Enquanto isso, o AJA encontrava atalhos para buscar seu jogo.
Aos 64’, Michel Bastos cobra uma falta na intermediária e praticamente isola a bola do estádio. Esse foi o lance que decretou sua substituição, por Pied. Talvez tenha sido a pior partida do brasileiro com a camisa tricolor. E parece que ele mesmo reconheceu isso. Ao sair do gramado, ele colocou a camisa no rosto, em sinal claro de vergonha pelo que apresentou em campo.
Com Jérémy Pied em campo, o OL parecia ter encontrado seu bom futebol novamente. O jovem arriscou chutes de fora da área, demonstrou muita raça em lances atípicos e também não tinha pudor em tentar lances de dribles. Delgado também entrou no segundo tempo – no lugar de Gomis – e isso definitivamente deu novos ares ao grupo, fazendo com que o esperto Auxerre desse uma freada.
Já satisfeito e conformado com o empate, o time de Fernandez recuava ainda mais ao tirar seu único atacante, e autor do gol, Julien Quercia, para colocar Jérémy Berthod, um lateral-esquerdo.
O Lyon tentava sua última cartada, quando pela segunda vez na partida, a arbitragem errou em prol do Auxerre e prejudicando os Gones. Briand foi atingido duas vezes dentro da área. Lance de pênalti claríssimo, não assinalado por Ruddy Buquet.
A pressão lionesa persistia até o último segundo, quando fatalmente perdeu a bola. Le Tallec recuperou para o AJA no meio-campo e ligou com Chafni, já na área. Lloris conseguiu defender a queima-roupa. No rebote, Traoré jogou pra fora, para desespero de Fernandez.
No final das contas, o panorama do primeiro para o segundo tempo não mudou muito. Lyon terminou com 70% da posse de bola, e com 19 finalizações, contra 10 do Auxerre, que por sua teve a ousadia e a sagacidade necessária para arrancar o empate. Analisando em termos gerais, soa como injusto, mas friamente Fernandez conseguiu fazer aquilo que se pretendia desde o início, surpreender nos contra-golpes e arrancar pontos fora de casa. Muito mais mérito do AJA do que demérito do time de Puel, que inegavelmente errou em lances capitais, mas que não foram de fundamental importância.
Próximo adversário: Agora só em 2011. O Lyon enfrenta o Caen, pelas eliminatórias da Copa da França, em rodada única. O jogo será fora de casa, às 17h45 do dia 08 de Janeiro, sábado.
E a estratégia adotada pelo treinador foi justamente essa. Jogando em uma espécie de 4-2-3-1, o time queria esperar o erro do Lyon para atacar em massa. Com o meio-campo fechado, e tentando diminuir o espaço por ali, Fernandez apostava no recuo como sua arma principal. Veja o time que ele escalou para começar a partida:
Já Claude Puel, mais uma vez não pode contar com Cris e Gourcuff. O francês, mais especificamente, sofreu mais uma lesão na semana e foi poupado. Já o brasileiro, deve voltar em janeiro. Taticamente, o time foi o mesmo que enfrentou o Marseille. As mudanças reais foram o recuo de Källström, a saída de Gonalons do time titular, e a entrada de Pjanic. Veja a formação:
Como já era esperado, o Lyon começou marcando em cima desde o começo. Pressionava o AJA e buscava abrir o jogo pelos lados do campo, na tentativa de penetrar na compacta defesa adversária, que a princípio, jogava na base dos chutões.
Atuando dessa forma, logo o OL mostrou seus defeitos. No primeiro erro de passe, o Auxerre conseguiu atacar e pecou na hora de finalizar. Mas a brecha foi dada e o caminho parecia ser este.O primeiro lance bem trabalhado do jogo, veio por parte do Lyon. Ótima jogada pela esquerda envolvendo Lisandro, Gomis e Pjanic. Na hora de finalizar, Makoun apareceu e não fez o seu papel. Errou por muito.
Melhor em campo, o time de Puel mostrava-se apagado na marcação pelo lado esquerdo e exclusivamente, nesse jogo, tinha um Michel Bastos aéreo, com pouco entusiasmo e errando tudo aquilo que tentava. A defesa, formada por Diakhaté e Lovren continuava errando como sempre e a falta de Cris era um fator de preocupação – assim como sempre foi.Aos 32’, falta perigosa para o Lyon. Mignot derrubou Gomis na entrada da área. Por alguns instantes parecia ter sido até pênalti. Na cobrança, Bastos bateu forte e mandou pra longe.
Depois desse lance, o entusiasmo da equipe baixou. Källström apareceu em lances de bola parada, mas nada muito efetivo. Consequencia disso foi o baixo rendimento que o jogo tomava. A tendência era esfriar e cair de produção. Mas eis que nos acréscimos, Bastos bateu falta, na trajetória da bola, ela desviou em Gomis. Sorin conseguiu defender, deu rebote e o sueco Källström chegou em velocidade arrematando. Antes de entrar, a bola ainda tocou em Grichting. O Lyon ia para o vestiário com a vantagem numérica merecida. Eram incríveis 72% de posse de bola e 11 finalizações contra 3.No entanto, na volta do intervalo, com o soar do apito, o Auxerre aproveitou a primeira boa oportunidade e marcou o gol de empate. Oliech tomou a bola no meio-campo, descobriu Quercia passando atrás da defesa. O atacante, em posição irregular, tirou Lloris da jogada e igualou.
A partir daí, o Auxerre tomava uma outra postura. Era mais ofensivo e surpreendeu o Lyon ao adotar essa estratégia. Quase chegaram a virada em lance de escanteio, logo aos 4’ da segunda etapa. Sorte do Lyon é que Lovren estava bem posicionado e salvou em cima da linha.Aos 52’, Pjanic teve que sair. Causou preocupação, pois deixou o gramado sentindo uma lesão que lhe incomodava desde o primeiro tempo. Em seu lugar, entrou Jimmy Briand. Um meia por mais um atacante. Sinal de que Puel queria a vitória.
Essa ansiedade por querer buscar a virada, culminou em um desespero. Faltou experiência e sabedoria ao time, que já não conseguia mais acertar alguns passes. Enquanto isso, o AJA encontrava atalhos para buscar seu jogo.
Aos 64’, Michel Bastos cobra uma falta na intermediária e praticamente isola a bola do estádio. Esse foi o lance que decretou sua substituição, por Pied. Talvez tenha sido a pior partida do brasileiro com a camisa tricolor. E parece que ele mesmo reconheceu isso. Ao sair do gramado, ele colocou a camisa no rosto, em sinal claro de vergonha pelo que apresentou em campo.Com Jérémy Pied em campo, o OL parecia ter encontrado seu bom futebol novamente. O jovem arriscou chutes de fora da área, demonstrou muita raça em lances atípicos e também não tinha pudor em tentar lances de dribles. Delgado também entrou no segundo tempo – no lugar de Gomis – e isso definitivamente deu novos ares ao grupo, fazendo com que o esperto Auxerre desse uma freada.
Já satisfeito e conformado com o empate, o time de Fernandez recuava ainda mais ao tirar seu único atacante, e autor do gol, Julien Quercia, para colocar Jérémy Berthod, um lateral-esquerdo.
O Lyon tentava sua última cartada, quando pela segunda vez na partida, a arbitragem errou em prol do Auxerre e prejudicando os Gones. Briand foi atingido duas vezes dentro da área. Lance de pênalti claríssimo, não assinalado por Ruddy Buquet.A pressão lionesa persistia até o último segundo, quando fatalmente perdeu a bola. Le Tallec recuperou para o AJA no meio-campo e ligou com Chafni, já na área. Lloris conseguiu defender a queima-roupa. No rebote, Traoré jogou pra fora, para desespero de Fernandez.
No final das contas, o panorama do primeiro para o segundo tempo não mudou muito. Lyon terminou com 70% da posse de bola, e com 19 finalizações, contra 10 do Auxerre, que por sua teve a ousadia e a sagacidade necessária para arrancar o empate. Analisando em termos gerais, soa como injusto, mas friamente Fernandez conseguiu fazer aquilo que se pretendia desde o início, surpreender nos contra-golpes e arrancar pontos fora de casa. Muito mais mérito do AJA do que demérito do time de Puel, que inegavelmente errou em lances capitais, mas que não foram de fundamental importância.
Próximo adversário: Agora só em 2011. O Lyon enfrenta o Caen, pelas eliminatórias da Copa da França, em rodada única. O jogo será fora de casa, às 17h45 do dia 08 de Janeiro, sábado.
FOTOS: Football365.fr / L'Equipe / olweb.fr/ Ligue1.com
HIGHLIGHTS DE LYON 1-1 AUXERRE:
Postagens
.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário