quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mais uma vez, Real

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Time espanhol vence por 2 a 0 no Gerland, com dois gols de Cristiano Ronaldo, e se classifica. Lyon ainda se mantém na luta pela segunda vaga




Stade de Gerland é mais uma vez palco do confronto entre Lyon e Real Madrid pela Liga dos Campeões. O time espanhol entrou para o jogo sem, sequer, tomar um gol até então na competição. O Lyon, sob batuta de sua torcida, tinha a missão de arrancar pontos do adversário, já que o Ajax segue bem na disputa pela segunda vaga do Grupo D.

Sem Michel Bastos, Cissokho, Grenier e Lisandro, Rémi Garde não ousou na escalação. Preferiu deixar Lacazette no banco e optou pelo mais experiente Ederson. O brasileiro substituía seu compatriota, Bastos. Na lateral entrou Dabo e, no ataque, Gomis atuava sozinho com a chegada dos três meias no 4-2-3-1. Veja a escalação abaixo:




José Mourinho também tinha desfalques, e dentre eles, dois brasileiros: Marcelo e Kaká. Além deles, Sahin e Ricardo Carvalho também não viajaram. Na lateral direita, uma improvisação: Lass Diarra no setor. Ramos ia pro miolo de zaga. No meio, Özil substituía Kaká, enquanto Coentrão voltava pra sua posição de origem, a lateral esquerda. Veja o esquema do treinador português abaixo:




Nos primeiros minutos já se notava um Lyon bem diferente de duas semanas atrás. Não se amedrontou e deixava sua marcação um pouco mais adiantada, mesmo com a posse de bola do Real Madrid sendo maior. A princípio, parecia que a estratégia de Rémi Garde era marcar a saída de bola dos espanhóis sob pressão, mas não conseguia. Foi só uma percepção inicial. Com o tempo o time de Mourinho voltava a mostrar sua superioridade

Aos 7’, Cris recebeu o primeiro cartão amarelo da partida. Parou uma jogada de Özil no meio-campo e foi punido. Dois minutos depois, o Real teria sua primeira chance de gol. Benzema recebeu bola, já dentro da área, dominou e finalizou. Lloris fez milagre para mandar para escanteio e evitou aquele que seria o primeiro gol. A partir de então, a pressão do Madrid começava a aumentar consideravelmente.

O gol parecia questão de tempo. Quando Gourcuff derrubou Benzema, na entrada da área, o perigo era iminente. Cristiano Ronaldo dali é fatal. Dito e feito! O Real Madrid abria o placar aos 23’ do primeiro tempo. O português bateu falta no lado de Lloris, mas o chute foi tão forte que o goleiro do OL não conseguiu alcançar. Gol merecido. O Real era (muito) melhor na partida.

A primeira finalização do Lyon só aconteceu aos 34’. Briand recebeu bola dentro da área e, mesmo prensado, conseguiu chutar em Casillas, mas sem muito perigo. Na sequência, Källström tentou de fora da área, mas sem muita pretensão. Apenas parecia ser uma reação do Lyon, teoricamente. Na prática, o Real Madrid voltava a pressionar e só não marcava devido a uma ótima atuação de Lloris.

Aos 37’, o Lyon perdia seu melhor jogador na partida até então. Lovren sentiu uma lesão após disputa de bola e Bakary Koné precisou entrar. Uma mudança que não mexia na parte tática do Lyon. Um zagueiro por outro.

A melhor chance dos Gones só veio a aparecer nos acréscimos. Gourcuff recebeu em profundidade, tinha espaço e tempo. Poderia tocar ou avançar um pouco mais para finalizar. Optou por arrematar precocemente e chutou em cima de Casillas. Bola pra escanteio. Na cobrança, Briand também teve boa chance, mas o goleiro adversário apareceu bem mais uma vez.

No segundo tempo o Lyon voltou com vontade de empatar a partida. No início, parecia que a pressão voltaria a ser do Real, mas Garde conseguiu ajeitar alguns problemas, principalmente no meio-campo. O time conseguia esboçar boas jogadas, principalmente explorando a velocidade de Briand, pela direita. Isso forçava uma maior marcação dos espanhóis. Khedira e Diarra já estavam amarelados nos primeiros 15’ da segunda etapa, assim como Källström.

Percebendo que o OL já explorava o lado direito do campo, Mourinho promoveu a primeira alteração aos 17’ do segundo tempo. Coentrão saiu e deu lugar a Albiol. A ideia era reforçar a marcação por aquele setor e evitar as subidas de Briand, que mesmo atrapalhado, era a principal arma de Rémi Garde.

Mesmo com a troca, o jogo continuava parelho, apesar da vantagem do Madrid. Quando o OL começava a mostrar suas armas e vinha esboçando uma boa pressão, Cristiano Ronaldo avançou até a área do Lyon e caiu depois de disputar bola com Dabo. O árbitro Nicola Rizzoli viu pênalti e marcou. Na cobrança, o mesmo Cristiano Ronaldo ampliava, aos 23’ da segunda etapa. Um castigo injusto para os Gones, que pareciam querer o empate.

Gomis saia para dar lugar a Lacazette e Higuaín entrava no lugar de Benzema. Nada se alterava. O Lyon tentava e o Real não deixava. Nos contra-golpes novamente aparecia o time da Espanha para tentar aumentar. Ficávamos nisso e nenhuma novidade.

Aos 38’ do segundo tempo, Ederson saia para dar lugar a Belfodil. Mourinho também trocava. Callejon substituía Di María. Eram as últimas trocas da partida. A vitória parecia consolidada. O time de Mourinho, mesmo sem gás, se defendia muito bem. O OL tinha raça e vontade, mas já faltava perna e um pouco de experiência.

Antes de chegar o término de jogo, Briand ainda conseguiu acertar o travessão de Casillas após cabeçada com cobrança vinda de escanteio.

As chances do Lyon ainda não ruins. O time de Garde já enfrentou o Ajax, fora de casa, e conseguiu sair com um empate. Se vencer em casa, fica tranquilo, mas também precisa se impor contra o Zagreb. Não é difícil, basta fazer a sua parte.

A próxima partida do OL é no próximo domingo, às 13h. Os Gones enfrentam o Sochaux, pela 13ª rodada do Campeonato Francês. A partida será no estádio Auguste Bonal.

FOTOS: olweb.fr / L'Equipe


OS GOLS DA PARTIDA:




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