@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
Dentro do estádio Vélodrome, OL não tomou conhecimento do OM e massacrou, com direito a quatro gols no placar
Finalmente a 10ª rodada da Ligue1 foi concluída. No final de outubro, Marseille e Lyon estavam prontos para entrar em campo e fazer o “Choc des Olympiques”, até que as autoridades resolveram não dar início ao jogo. O motivo? Fortes ventos na cidade de Marseille poderiam causar acidentes no Stade Vélodrome em reformas. Muita discussão na semana seguinte para decidir quando remarcar a partida. Politicagem pra lá e pra cá e finalmente estipularam 28 de novembro para efetuarem, de vez, o clássico. Portanto, hoje, independentemente do resultado no placar, já tínhamos a certeza de que teríamos um novo líder no Campeonato Francês. Vitória do Marseille, vitória do Lyon ou empate tirariam o Paris-Saint Germain do topo. Por isso, o clássico tomava contornos ainda maiores.
Para o jogo, Elie Baup taticamente quis ser ousado. Colocou o seu time jogando no 4-3-3 e, certamente iria para campo em busca de uma vitória para retornar a liderança da Ligue1. Sem N’Diaye, Amalfitano e Gignac, o treinador do OM decidiu confiar no trio de ataque formado pelos irmãos Ayew acompanhado de Mathieu Valbuena. Joey Barton, mais uma vez, começava entre os titulares. Rémy, ainda voltando de lesão, começava no banco de reservas. Abaixo, veja como o OM entrou para a partida:
O Lyon, por sua vez, manteve o 4-2-3-1, mas alterou as posições em campo. Malbranque voltou ao centro do campo, jogando ao lado de Gonalons. De meia central, a opção de Rémi Garde foi Clément Grenier. Gourcuff, o titular da posição, sentiu fortes dores no músculo adutor e não foi para o jogo. Rachid Ghezzal ganhava mais uma chance entre os titulares pelo lado esquerdo. Mas a maior novidade mesmo era a presença de Michel Bastos no banco de reservas. Vale lembrar que o Lyon não pode contar com Lisandro, Briand e Lovren, todos machucados. Na imagem abaixo você pode conferir como o time do Lyon começou a partida no Vélodrome.
Com a partida acontecendo e a bola rolando, com poucos minutos o Lyon já mostrou o que queria. Logo aos 2’ de jogo, Gomis recebeu em disparada, arrancou em velocidade, driblou Mandada e foi derrubado pelo goleiro do Marseille. Pênalti marcado e cartão amarelo para o arqueiro do OM. Na cobrança, o próprio Gomis bateu e marcou com uma finalização no ângulo. Lyon 1 a 0 logo no começo.
Praticamente começando atrás no placar, o Olympique de Marseille se viu na necessidade de marcar um gol e buscava isso logo depois de sofrer o seu. Nos minutos seguintes, chegou a pressionar bastante o OL no seu campo de defesa e quase marcou com Jordan Ayew aos 14’. Ele recebeu cruzamento vindo do lado direito e, sem marcação, cabeceou para o gol e forçou uma belíssima defesa do goleiro Rémy Vercoutre.
Quatro minutos depois, o Marseille novamente quase empatou. Dessa vez, a culpa foi da defesa. Réveillère, pressionado, recuou em direção a Vercoutre. O goleiro do Lyon tentou dominar e perdeu a bola para Jordan Ayew. O filho de Abedi Pelé tentou finalizar para o gol e, no momento certo, a defesa do Lyon chegou para apartar o lance. Isso tudo ocorrendo dentro da pequena área. A pressão do OM era grande.
No entanto, a velha máxima agiu: “Quem não faz, leva”. Após o Marseille tentar por várias vezes e duas com intenso perigo, o Lyon foi quem conseguiu marcar o segundo gol da partida. Aos 34’, Dabo percorreu o campo pelo lado direito. Da região intermediária do campo, decidiu lançar Gomis na área. Na hora de realizar o corte, o zagueiro Diawara falhou e passou direto. Só de dominar, o centroavante do OL saiu de frente com Mandada. Ele driblou o goleiro e marcou o seu segundo na partida e o segundo do Lyon. 2 a 0.
Depois de sofrer o segundo gol, o Marseille pareceu mais desanimado do que outrora. Não conseguiu mais chegar ao gol de Vercoutre e, mesmo tendo mais posse de bola do que o Lyon, não tinha artifícios para buscar diminuir a diferença no placar. Valbuena, muito deslocado pela esquerda, sumiu muito durante o primeiro tempo. A forte marcação de Réveillère e a cobertura de Bisevac funcionavam. Jordan Ayew, o mais periogos do OM na primeira etapa até tentou, mas não foi eficaz. André Ayew, por sua vez, sumiu.
Na volta para a etapa final, Baup já fez uma alteração logo de cara. Colocou Loïc Rémy em campo e retirou Joey Barton, que também teve uma atuação apagada. Mas a mudança não surtiu efeito positivo. Muito pelo contrário. O Lyon marcaria mais um gol no começo da partida. Aos 3’ do segundo tempo, uma blitz do OL roubou a bola no campo de ataque, trocou passes ali mesmo e abriu na ponta direita. No cruzamento, Lacazette colocou nos pés de Malbranque que, de voleio, fez o terceiro do Lyon.
Após tomar três gols, Baup fez mais uma alteração. Trocou Charles Kaboré por Rafidine Abdullah. Praticamente seis por meia dúzia. Depois da troca, o OM conseguia balancear o jogo no meio de campo, coisa que não conseguia fazer no primeiro tempo, mas, ainda assim, não tinha cacife para chegar até a meta de Vercoutre e assustar o Lyon em lances de real perigo de gol.
Mesmo conseguindo melhorar um pouco o ritmo de jogo dentro de campo, foi o OL quem iria conseguir marcar mais um gol. O quarto na partida. Após lance tumultuado dentro da área do OM, Bafé Gomis dominou a bola e, de bico, colocou no canto direito de Mandada. Era o terceiro gol do centroavante na partida. Um hat-trick para consolidar o belíssimo jogo que Gomis fez no Vélodrome.
Após a consolidação da vitória do Lyon, Rémi Garde promoveu o retorno de Michel Bastos. Ele entrou no lugar de Alexandre Lacazette. E só demorou alguns minutos para o OM diminuir a vantagem do OL. Em jogada pela direita, Vercoutre cortou mal o cruzamento, espalmando para o meio da área. No rebote, Loïc Rémy dominou, olhou para a meta e bateu no ângulo. Bela finalização.
A partir daí, o Marseille até poderia pensar um pouco em reação, mas novamente ficou frustrado. No desespero para tentar pressionar o Lyon, Rod Fanni chegou firme, de carrinho, em Mouhamadou Dabo, levou Samuel Umtiti junto e foi pro chuveiro mais cedo. O Sr. Clément Turpin mostrou um vermelho para o lateral do Marseille. Dessa forma, faltando 10’ para o término de jogo, Elie Baup se viu forçado a queimar sua última alteração. Colocou Kassim Abdallah no lugar de Mathieu Valbuena. Já Rémi Garde tirou Ghezzal e colocou Benzia.
Nos últimos minutos, mesmo com um a menos, o OM até tentava fazer algum barulho na defesa do OL. Mas o time de Rémi Garde conseguiu controlar a ampla vantagem de maneira sábia e segurou o placar com maestria até o apito final.
Próximo adversário: Montpellier, sábado, 01/12, no Stade de Gerland, às 14h de Brasília. Jogo válido pela 15ª rodada da Ligue1. Até lá.
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