@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
Marcação intensa do time da casa não permitiu espaços ao Lyon, que marcou em uma das poucas oportunidades que teve
O Lyon já viveu dias melhores no ano de 2014. Desde a vitória por 3 a 1, diante do Ajaccio, no dia 16 de fevereiro, o time começou a tropeçar. Passou pelo Chernomorets Odessa na Copa da Liga com uma dificuldade tremenda. Empatou com o Lille, Montpellier, e venceu o Bordeaux no apagar das luzes, com dois gols na prorrogação. O alento veio com a partida, em casa, diante do Viktoria Plzen, pela UEL, onde aplicou uma goleada de 4 a 1. Contudo, fora de casa, perdeu por 2 a 1 e poderia ter se complicado, caso o pênalti desperdiçado pelos tchecos tivesse entrado. Antes disso, ainda sofreu uma derrota para o Monaco na semana passada. O adversário de hoje, era o Guingamp, humilde time recém promovido da Ligue2 e que não vem fazendo tão feio na primeira divisão francesa. Os donos do Stade do Roudourou venceram 3 das últimas 5 partidas realizadas e pretendiam aumentar a marca hoje.
Dentro de campo, o “jovem” treinador Jocelyn Gourvennec (de apenas 42 anos), escalou o Guingamp num 4-3-3. Mas engana-se quem pensa que a formação era ofensiva. Muito pelo contrário. A linha do meio de campo era formada por três volantes de marcação. A sua força ofensiva, na linha adiante, também não era das mais potentes. Em uma tática em que geralmente usam-se três atacantes, Gouvernnec optou por colocar dois meias e somente um atacante de origem. Sem poder contar com Lévêque, Lemaître e Yatabaré, o time da casa ainda entrava em campo sem sua força máxima. Um passaporte para o Lyon poder afastar sua má fase. Abaixo, confira a formação dos 11 iniciais do Guingamp para o jogo da 30ª rodada da Ligue1:
Também com desfalques de muita importância, o Lyon vinha a campo com um time muito remendado. Com a ausência dos titulares Bedimo, Umtiti, Fofana e Grenier – e com Gourcuff iniciando a partida no banco de reservas – Rémi Garde também colocou três volantes dentro de campo. Mas tinha, ao menos, Malbranque para dar um respiro de técnica dentro de campo. Na zaga, substituindo Umtiti, Koné começou entre os titulares e Dabo ganhava chance na lateral esquerda, no lugar de Bedimo. Na frente, nenhum segredo: Gomis e Lacazette formavam a dupla de ataque. Outra novidade do time estava no banco de reservas. Depois de muito tempo sem ser lembrado, Rachid Ghezzal voltou a ser relacionado por Garde. Veja baixo, o 4-4-2 do Lyon para enfrentar o Guingamp:
Os primeiros minutos da partida foram marcados pela intensidade e equilíbrio. Algo diferente para uma partida povoada de muitos volantes. Contudo, o tempo mostrava que a falta de jogadores técnicos representaria um enorme número de passes errados, que já era nítido desde o começo do jogo... Justamente por isso, a intensidade do jogo: muitos erros de cada lado e muitas chances também.
A primeira grande oportunidade foi realizada pelos donos da casa. Gonalons perdeu a bola no meio de campo e permitiu um contra-ataque dos adversários. Com a bola levantanda dentro da área, dois jogadores do Guingamp tentaram chegar, mas não conseguiram alcançar a o cruzamento. Contudo, o lance já havia sido paralisado pela arbitragem e os dois homens, Diallo e Sankharé, estavam em posição de impedimento.
No lance seguinte, o Lyon tentou dar uma resposta ao seu torcedor. Em jogada individual construída por Lacazette, ele conseguiu se desvencilhar do marcador e, do meio da rua, arriscou com um potente chute em direção ao gol. Samassa, ainda no susto, conseguiu espalmar e mandar para escanteio. Até a metade do primeiro tempo, essa seria a única chance real de gol construída pelo OL.
Sem muita organização, e apostando somente em seus homens de velocidade, o Guingamp era melhor na partida. Conseguia controlar o jogo com um meio de campo bastante povoado. Mas quando precisava acionar o seus homens de frente, esbarrava na falta de qualidade e de atletas mesmo. Somente Alioui ficava praticamente isolado. Por isso, mesmo pior na partida, o Lyon tinha mais posse de bola, e também não conseguia converter isso em oportunidades.
Aos 25’ de jogo, o Guingamp construía outra jogada de perigo. Koné vacilou na hora de fazer o corte e colocou a mão na bola. Mais dois passos para frente seria pênalti. Com a falta marcada, Thibault Giresse foi para a cobrança e cobrou do lado oposto da barreira. Esperto, Anthony Lopes não se deslocou para o lado e conseguiu, até com certa tranquilidade, efetuar a defesa sem muito perigo.
Este seria o último lance que tirou o fôlego do torcedor no primeiro tempo da partida. De ambos os lados, a partida se manteve estática na primeira etapa. O Guingamp fechava as saídas de ataque do Lyon pelos lados e o meio-de-campo enxuto não permitia muito espaço para o time trabalhar a bola por ali. Não foi à toa que a única oportunidade real de gol na primeira etapa surgiu de uma jogada individual.
No segundo tempo, logo nos primeiros momentos, o Lyon apagou tudo aquilo que havia construído na etapa inicial e conseguiu abrir o placar. Lacazette avançou pela esquerda e cruzou pra área. Gomis, mesmo perdendo o tempo da bola um pouco, bateu mascado. A bola entrou devagar, mas afundou as redes de Samassa. Placar aberto logo no início da etapa final e que mudaria o panorama do jogo.
Atrás no placar, o Guingamp se sentiu obrigado a avançar o seu sistema de jogo. Logo após sofrer o gol, o time quase buscou o empate em um cruzamento que Koné, por pouco, não marcou um gol contra, se não fosse a intervenção primordial de Anthony Lopes. Empurrado pela frenética torcida no Roudourou, o time da casa deu uma acordada na partida e saiu de sua zona (recuada) de conforto.
E no auge da pressão do EAG, o Lyon acabou perdendo dois jogadores por contusão. Bisevac sentiu algum desconforto no momento em que Dabo se contorcia de dores na coxa esquerda. Os dois acabaram sendo substituídos. Naby Sarr acabou entrando na zaga e Corentin Tolisso foi jogar de forma improvisada no lado esquerdo. Enquanto isso, o Guingamp mexia e fazia suas três alterações em um curto espaço de tempo. Saíram Giresse, Alioui e Mathis para as entradas de Douniama, Dembele e Langil.
As alterações reoxigenaram o time do Guingamp, que imprimia uma pressão descomunal na remontada defesa do Lyon, que dava muitas brechas. Dembele, por duas vezes, teve chances muito claras de gol para liquidar com a partida, mas não teve a capacidade de empurrar para as redes. Percebendo a chance de sofrer o gol, Rémi Garde colocou Yoann Gourcuff no lugar de Steed Malbranque, já entregue ao cansaço. Era a expectativa que o torcedor do OL tinha para surgir algo de novo no setor ofensivo.
Por fim, a pressão se manteve constante e intensa. Mas a má qualidade dos homens de frente do Guingamp não permitiram que o empate aparecesse na partida. O Lyon, remendado e com Miguel Lopes sentindo uma torção no tornozelo, praticamente jogava com um a menos e ainda tinha que puxar forças do nada para manter o resultado. Com cinco minutos de acréscimos, o time chegou ao ápice do cansaço, mas conseguiu sair do Roudourou com a vitória por debaixo dos braços.
Próximo adversário: clássico contra o Saint-Étienne, no próximo domingo, dia 30. O Lyon terá tempo o suficiente para descansar e se preparar para o adversário direto na tabela. O jogo será válido pela 31ª rodada da Ligue1.
FOTOS: olweb.fr
OS GOLS DA PARTIDA:
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