@BrasiLyonnais / @FilipeDidi
Fora de casa, OL bateu o Guingamp por 3 a 1. Confronto entre Marseille e PSG, amanhã, decide quem será o líder da Ligue1 após a 31ª rodada
Depois da pausa de uma semana para jogos de data FIFA, o Campeonato Francês voltou a ativa com a 31ª rodada. Um final de semana interessante para o topo da tabela, já que haverá um confronto direto entre Paris Saint-Germain e Olympique de Marseille. Em contrapartida, o Lyon enfrentava o Guingamp, time que atualmente está exatamente no meio da tabela e sonha somar pontos para tentar abocanhar uma vaga em competições internacionais. Jogando fora de casa, a maior arma do EAG era, realmente, o fator casa. O Stade du Roudourou estava completamente lotado para receber o OL.
Além do fator casa, Jocelyn Gourvennec tinha uma outra vantagem sobre o OL: poucos desfalques. Na verdade, somente um, Benjamin Angoua. Fora ele, o treinador do Guingamp tinha em mãos força máxima para o confronto de hoje. Outro fator interessante para o duelo de hoje era o reencontro de Jérémy Pied com o seu ex-clube. O atacante velocista do time da casa foi formado nas categorias de base do Lyon e reencontrava o seu clube formador neste sábado. Pied é de uma geração depois do surgimento de Benzema. Abaixo, a formação titular do EAG para o confronto:
Ainda sofrendo com o departamento médico, o Lyon entrava em campo sem quatro titulares para o jogo de hoje: Jallet, Bisevac, Gonalons e Gourcuff. Grenier poderia ter chances de jogo, mas Fournier preferiu que ele retornasse de lesão pelo Lyon B, na CFA (quarta divisão francesa, e ele voltou marcando gol, contra o Monaco B). Com os desfalques, Dabo assumia a lateral, Rose na zaga, Tolisso fazia o primeiro volante e Malbranque ganhava vaga no meio. No ataque, Fekir jogava na posição de Gourcuff e N’Jie tinha mais uma chance entre os 11 iniciais. Confira formação abaixo:
Nitidamente adotando uma postura defensiva, o Guingamp tinha uma proposta clara: jogar no contra-ataque. Esperava um erro do meio de campo do OL para acionar seus três homes de velocidade: Pied, Beauvue e Mandanne. Dessa maneira, dava muito campo para o time visitante explorar com muita calma os espaços abertos. O problema, neste caso, para o Lyon, era conseguir transformar esses espaços em oportunidade de gol.
Na primeira metade da etapa inicial, os goleiros não trabalharam. Apesar de ser um jogo praticamente ataque contra defesa, o Guingamp postava bem sua defesa e esperava aquela única falha do OL para agir. O OL até chegava a errar, mas era lá na frente. E isso não possibilitava um avanço em velocidade do time da casa, que se sentia acuado e se comportava dignamente na defesa.
O que Gourvennec não contava era com o inesperado. Aos 26’, Lacazette dominou bola na entrada da área e avançou. Rapidamente, achou Fekir se deslocando pela esquerda. O mais novo jogador da Seleção Francesa dominou, olhou e bateu. Sem pensar muito. A bola não era perigosa, mas o goleiro Jonas Lössl acabou aceitando. Ele tentou encaixar e a bola tocou nos braços dele e acabou entrando. Placar aberto no Roudourou para delírio da pequena torcida do OL presente.
Com o gol inesperado, o Guingamp tinha a missão de ter que sair pro jogo. Não esperava tomar um gol tão cedo e precisava, então, mudar toda uma postura que já estava definida desde o início do jogo. Os espaços, que já existiam, agora eram bem mais claros e o esquema de acionar contra-golpes já não poderia ser eficaz. Gourvennec tinha uma dor de cabeça e teria que contornar isso.
Mas aconteceu justamente o contrário. Aos 39’, quando o EAG tentava equilibrar as ações dentro de campo, o Lyon conseguiu marcar o segundo gol. Lacazette foi lançado e entrou dentro da área. No lance, acabou sendo encostado – de maneira sem querer – pelo lateral Sankoh. Na cobrança, o próprio Lacazette colocou com força no ângulo oposto de Lössl, que caiu do lado esquerdo. Baita cobrança. Sem chance! Lyon 2 a 0.
A coisa, que já não estava nada boa para o Guingamp, piorou quase perto do fim do primeiro tempo. O zagueiro Christophe Kerbrat entrou de tesoura em Jordan Ferri, carrinho frontal, de frente pra área. No lance, acabou acontecendo um contato joelho com joelho, mas o árbitro Clément Turpin achou violenta o suficiente para expulsar o defensor do EAG direto. Com um a menos, o time da casa ainda viu Lacazette cobrar a falta de forma espetacular e forçar Lössl a fazer uma defesa incrível para evitar o 3º gol antes do intervalo ainda.
Para a segunda etapa, o Guingamp voltou com uma alteração. O dinamarquês Lard Jacobsen entrou no lugar de Thibault Giresse. A troca foi para suprir a ausência de Kebrat, que havia sido expulso no primeiro tempo. Dessa maneira, o time da casa acaba perdendo mais força ofensiva, mesmo precisando marcar, ao menos, mais dois gols. Gourvennec preferiu recompor suas duas linhas de quatro do que ousar e tentar recompor o time de outra forma.
Não tinha como ser diferente. O Lyon continuava mandando no jogo e dominava as rédeas do campo. Tocava a bola com extrema facilidade e calma. Não precisava acelerar o jogo e mantinha a marcha lenta para ver o cronometro passar. Numa dessas, controlando o jogo, jovem Clinton N’Jie dominou na entrada da área, cortou pro meio e bateu rasteiro. Lössl tentou cair pro canto esquerdo e a bola entrou no cantinho. Era o terceiro do OL.
Após o gol, três alterações. A primeira, o Guingamp entrou com Yatabaré no lugar de Mandanene. Depois foi a vez o OL mexer pela primeira vez e colocar Benzia para substituir N’Jie. Depois de algum tempo, o EAG mexeu de novo, tirando Sankhare e colocando Diallo. Aos 25’ do segundo tempo, Gourvennec tinha queimado todas as suas alterações e o time não esboçava qualquer tipo de reação.
Em ritmo de treino, o Lyon levava o jogo com extrema tranquilidade. As vezes, errava um passe o outro na saída de bola ou nas interceptações de passes em seu campo de defesa e até possibilitava uma oportunidade para os donos da casa. Mas, naquele momento, a desmotivação do EAG era grande, mesmo na hora de ter marcado o seu gol de honra, aos 35’ da etapa final. Beauvue aproveitou falha de Umtiti e Dabo e marcou na saída de Lopes.
Já perto do fim do jogo, Fournier fez sua segunda troca na busca de poupar um pouco Alexandre Lacazette, que já estava amarelado. Ele tirou o artilheiro da Ligue1 e colocou Momo Yattara, que tinha ali aproximadamente dez minutos para mostrar trabalho. E logo quando entrou, já abriu espaço para Fekir armar boa jogada desperdiçada em finalização de Benzia nas redes pelo lado de fora.
Aos 41’ do segundo tempo, o OL mexeu pela última vez e Ghezzal entrou no lugar de Fekir. Outra troca para poupar atletas. Mas ali já não havia tempo para mais nada, apesar do OL ter dado espaços bobos para EAG tentar se aproximar do segundo gol. Com o resultado, o Lyon assumia provisoriamente a liderança da Ligue1, e depende somente de um empate entre OM x PSG amanhã para se manter no topo.
O Lyon só volta a jogar agora no dia 15 de abril. Numa quarta-feira, às 13h30. O adversário será o Bastia, no Stade Gerland. Jogo válido pela 32ª rodada. OL segue na sua batalha pelo título. Nos encontramos lá!
FOTOS: olweb.fr / L'Equipe
OS GOLS DA PARTIDA:
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