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Quando o Lyon vencia, a partida foi interrompida por 22 minutos. A pause foi o suficiente para o Marseille, mesmo com um a menos, se reorganizar e buscar a igualdade no placar
O Lyon não vem em uma fase boa, é verdade. Apesar de ter construído um resultado satisfatório, fora de casa, diante do Gent, na Ligue1 as coisas não andam, sequer, regulares. O empate com o Lille, em casa, deu um panorama negativo. O time ainda não se acertou nesta temporada. A lesão de Fekir prejudicou muito a qualidade ofensiva do time; Lacazette ainda não acordou para a temporada; Valbuena está jogando centralizado e precisa cair mais pelos lados; e Beauvue talvez não seja tão bom quanto esperávamos. Enfim, definitivamente o time precisa se acertar. Uma vitória diante do Marseille, no Vélodrome, seria um passo importantíssimo para esta guinada, não só na tabela, quanto no moral.
O time da casa, comandado pelo espanhol Míchel, abdicou de toda aquela formação adotada por Marcelo Bielsa e começa uma temporada do zero. Os resultados, até aqui, relativamente são bons. Não perde há cinco jogos e tem algumas goleadas já anotadas (6 a 0 contra o Troyes; 4 a 1, contra o Bastia; e 3 a 0 diante do Groningen-HOL, pela Liga Europa, fora de casa). Esses desempenhos qualificam Míchel no seu começo de trabalho e deixam o OL de luz amarela. Como força do time, o Marseille tem um valor muito evidente no seu meio de campo pra frente. Um perigo iminente para qualquer defesa adversária. Abaixo a formação do OM:
Pelo lado do Lyon, a série de resultados não muito legais, vieram forçar Fournier a fazer uma alteração em um jogador, até então, titular absoluto. Jordan Ferri deixava o time titular e o recém contratado Sergi Darder – que estava ausente em decorrência de uma otimização física – assumiu o posto de titular. Fora isso, com exceção das lesões de Rafael e Yanga-M’Biwa, naturalmente substituídos por Jallet e Bisevac, respectivamente, o time base não sofreu demais alterações. O jogo de hoje ainda era especial para um jogador dentro de campo. Depois de oito temporadas vestindo a camisa do Marseille, ter se transferido para a Rússia, agora Mathieu Valbuena reencontrava o Stade Vélodrome, desta vez, vestindo outra camisa. Confira como ficou o time do OL:
Além das vaias sonoras ao Mathieu Valbuena, nos primeiros minutos do Vélodrome, somente uma disputa bem concentrada no meio de campo. O OM precisou de mais de 10’ para fazer sua primeira finalização, quando Batshuayi, juntamente com ALessandrini, chegaram pelo lado direito do ataque marselhês e conseguiram, aos trancos e barrancos, uma finalização pela rede ao lado de fora. Mas isso não mudava o panorama equilibrado do jogo.
Antes mesmo dos 20’ iniciais, o Lyon precisou fazer uma alteração. Em uma jogada de contra-golpe, Bedimo tentou arrancar em velocidade e ele mesmo acabou jogando a bola pra fora. Uma lesão física o derrubou no chão e fez com que chamasse a maca. Sem condições de jogo, ele acabou dando lugar a Jérémy Morel, outro ex-OM que visitava sua antiga casa sob grandes vaias.
O primeiro ataque do Lyon, com efetivo perigo, só aconteceu aos 25’ de jogo. Lacazette recebeu em profundidade e de frente para o gol. Na saída de Steve Mandada, ele cortou para o lado e acabou sendo, supostamente, derrubado pelo goleiro do OM. O árbitro Ruddy Buquet escorregou, levantou e apontou para a marca da cal. Na hora da cobrança, Lacazette não titubeou como fez diante do Gent e marcou, colocando Mandada para o lado oposto da bola. OL 1 a 0!
Depois de marcar o gol e, supostamente tirar a zica da seca de gols, Lacazette provou que ainda não estava em forma. Em um lance que começou de um passe magistral de Tolisso, acabou parando na trave. O meio de campo achou Lacazette sozinho, em falha de uma linha de impedimento do Marseille. O artilheiro do OL, sozinho, finalizou sem muita frieza e acabou perdendo um gol praticamente feito.
Como resposta, o Marseille buscou avançar suas linhas de marcação e acabar com a pressão do OL. E quase conseguiram empatar em jogada de Lucas Silva. O brasileiro descolou um ótimo passe para Batshuayi, que saiu frente a frente com Anthony Lopes. Felizmente, para os torcedores do OL, o goleiro português saiu bem aos pés do centroavante marselhês e evitou aquele que seria o gol de empate.
Ainda antes do intervalo, o Lyon comemorava um lance como se fosse um gol. Romain Alessandrini foi disputar bola no meio de campo e acabou dando um carrinho violentíssimo, por trás, em Valbuena. O baixinho estava sendo caçado em todas as partes do campo. Serenamente, Ruddy Buquet afastou o tumulto e acabou enviando o meia do Marseille pro vestiário mais cedo. O time da casa teria mais 45’ pela frente e com um a menos.
No segundo tempo, por questão de maioridade numérica dentro do gramado, naturalmente o Lyon dominaria o jogo. E a chance de surgir mais um gol dos visitantes e não um gol de empate era mais provável. E o Lyon quase dobrou o marcador quando Sergi Darder também aproveitou a dita “linha burra” adversária e acabou parando em uma ótima saída de Mandanda, que mandou para escanteio.
Aos 14’ do primeiro tempo, o jogo precisou ser paralisado. A torcida do Marseille começou a arremessar muitas coisas no gramado, dentre copos de papel, de plástico e até mesmo garrafas de vidro de longneck da Heineken. Os jogadores foram para o vestiário e, enquanto não chegou reforço policial ao gramado, o Lyon não voltou ao campo. Com o choque de prontidão e 22’ de atraso, o jogo foi retomado.
No retorno da paralisação, o OM voltou melhor. Em jogada de Batshuayi, o centroavante colocou N’Koudou de frente com Lopes e o goleiro português fez uma saída mágica, evitando o empate. Mas no lance seguinte, ele não foi competente o suficiente. O holandês Rekik, aproveitando cobrança de escanteio, apareceu sozinho e, de cabeça, empatou o jogo: 1 a 1, para euforia dos torcedores no Vélodrome.
Após o gol, os dois times mexeram. O Lyon trocou o estreante Sergi Darder e colocou Jordan Ferri. Pelo OM, Míchel lançou o jovem Zambo Anguissa no lugar de Abdelaziz Barrada. Minutos depois, o Lyon marcaria um gol, mas corretamente foi apitado a irregularidade pela arbitragem. Lacazette descolou bom passe para Beauvue. Mas o ex-Guingamp estava adiantado e, mesmo marcando o gol, acabou não comemorando pela anulação do lance.
Já aproximando-se do fim do jogo, os dois times já tinham mexido. Beauvue deixou o campo para Kalulu, no Lyon. E Lucas Silva deu lugar a Mauricio Isla. Faltava pouco tempo e o OL começava a pressionar mais, na base do abafa. Numa dessas, em rápida troca de passes, o OL chegou dentro da área adversária com Jallet. O lateral dos Gones, pressionado pela marcação, finalizou em cima de Mandada, que fez ótima intervenção.
Por fim, com mais seis minutos de acréscimos, o Lyon tinha mais tempo para incomodar o adversário. Valbuena, em duas oportunidades, teve a chance de colocar o Lyon na frente de novo, mas faltou tranquilidade. Ele teve a bola aos pés, por duas ocasiões para liquidar o jogo, mas não obteve êxito. Contudo, o placar foi justo. O OM, mesmo com um a menos, teve muita qualidade em campo e o placar representou.
O OL agora entra em campo, novamente, no meio da semana. E não estamos falando de Liga dos Campeões. O jogo é válido pela Ligue1, 7ª rodada. O Stade Gerland abre suas portas para o Bastia, às 14h do horário de Brasília. Até lá!
FOTOS: L'Equipe / olweb.fr
OS GOLS DA PARTIDA:
A PARALISAÇÃO DO JOGO:
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