Twitter: @FilipeDidi / Twitter: @BrasiLyonnais
Facebook: /BrasiLyonnais / Medium: @BrasiLyonnais
Goleiro do Lille foi fundamental para impedir gols do Lyon e fixar o placar em branco no Stade Gerland.
O Campeonato Francês teve uma pausa na semana passada. Em função dos jogos contemplados pela data FIFA, os times da Ligue1 tiveram tempo para arrumar a casa e se preparar melhor para esta 5ª rodada. O Lyon acabou dando azar. Perdeu uma de suas principais peças – o até então artilheiro do campeonato – Nabil Fekir. Ele sofreu uma grave lesão no joelho pela Seleção Francesa e ficará de fora por 6 meses. Dessa forma, com esse medo “assombrando” os torcedores do Lyon, o time da casa entrava em uma espécie de teste.
Teste porque não se sabe como o time irá se comportar ao longo da temporada. Fekir era uma peça fundamentalmente estratégica no plantel dos Gones. Sem ele, Claudio Beauvue, que era o reserva de Lacazette, agora terá que fazer dupla de ataque com ele. Isso quebra um pouco o ritmo do ataque, que agora jogará com dois homens mais de área. Hoje, especialmente, o time também não podia contar com Koné, Fofana, Ghezzal e Grenier, todos também machucados. Sergi Darder, contratação recente, ainda está fora de forma. Ainda assim, o time titular ficou bem montado. Confira abaixo:
O Lille também tinha seus problemas. O jogador com mais potencial do elenco também estava indisponível: Sofiane Boufal. Além deles, o goleiro reserva Steeve Elana, o lateral esquerdo Franck Béria e o meia Marvin Martin também eram peças de desfalque. O LOSC ainda apresentava uma novidade para o jogo de hoje. No seu ataque, o jovem Yassine Benzia começava com titular. Benzia é prata da casa do Lyon e, há poucos anos, era tido como uma enorme esperança para o futebol francês. Seu perfil psicológico fraco não ajudou e o OL acabou liberando-o facilmente na última janela. Agora, ele estreava contra o time que o formou. E esse seria mais um ingrediente interessante para a partida. Abaixo, a formação do Lille para o jogo:
No começo do duelo, o Lyon se portava de uma forma melhor dentro de campo. Taticamente, era mais bem armado e, naturalmente, tinha peças de mais qualidade dentro de campo. Isso possibilitava o OL a dar o ritmo do jogo e, somado ao fator casa e torcida, o Lyon ditava o ritmo do jogo. Ainda assim, faltava o toque de qualidade de verticalidade de Fekir para fazer as coisas funcionarem e as possibilidades serem criadas.
Não à toa, o Lille foi o primeiro a chegar com perigo. Primeiramente, Tallo recebeu de costas e conseguiu fazer o giro sob Yanga-M’Biwa. Na finalização, o goleiro Lopes tirou com os pés e mandou pra escanteio. Na sequência do lance, Soumaoro apareceu sozinho dentro da área do Lyon e cabeceou com muita força, no canto esquerdo da meta do OL. Ainda assim, Lopes se esticou para evitar o primeiro gol. Era a primeira grande oportunidade do jogo.
Com o andamento do jogo, a ausência de Fekir mostrava-se cada vez mais decisiva para a forma de jogo que o OL imprimia. Com os Dogues fechando muito a saída de bola, e o time necessitando de uma válvula de escape mais técnica, acabava restando somente uma opção: os passes longos. E isso nem sempre funcionava, principalmente quando o foco do passe era Valbuena, que com seu porte físico tinha grandes dificuldades para dominar e sair jogando.
Enquanto o espetáculo era duramente afetado com chutões, fortes marcações e um meio de campo embolado, a chuva torrencial apareceu em Lyon e também prejudicava ainda mais a qualidade da partida. Mas isso não intimidava os torcedores. Os “Bad Gones” continuavam fazendo a festa e esperando um lapso de bom jogo, pelo menos no primeiro tempo, que praticamente passou nulo.
Faltando poucos minutos para o intervalo, a torcida do Lyon, finalmente, teve motivos para levantar de suas cadeiras. Em falta de Renato Civelli em Beauvue, Valbuena chamou a responsabilidade e cobrou. Da região intermediária, ele bateu com muita força e a bola bateu no eixo entre a trave e o travessão. No lance, Enyeama já estava batido e acompanhou somente no golpe de vista. Foi a melhor chance da partida.
Ainda antes dos jogadores irem para o vestiário, o Lyon conseguiu criar mais uma chance. Lacazette puxou contra-ataque muito rápido e em maioria. Entrou na área e acabou perdendo um pouco a passada. Ele abriu para Ferri na direita que bateu cruzado. A bola cortou a área até a zaga cortar. Após o lance, Florent Balmont precisou deixar o campo, sentindo aquela tradicional fisgada na parte traseira da coxa. Em seu lugar, entrou Ibrahim Amadou.
No segundo tempo, o Lyon teve mais uma oportunidade boa de abrir o placar. Mathieu Valbuena cobrou escanteio do primeiro pau e Corentin Tolisso apareceu dividindo com a zaga, mas conseguindo cabecear com muita força. Se fosse em direção ao gol, Enyeama não teria como alcança-la. Mas a finalização passou muito perto da trave esquerda do goleiro dos Dogues e saiu pra fora.
Com o desenrolar da etapa final, essa chegada inicial do Lyon foi provando ser apenas um momento. O segundo tempo era dominado pelo time visitante, que não conseguia marcar por detalhe (ou por falta de uma melhor finalização de seus homens de frente). Enxergando que precisava fazer alguma alteração em seu time, Hubert Fournier colocou Rafael no lugar de Jallet. O brasileiro tem mais habilidades ofensivas e poderia ajudar no setor.
Posteriormente, Fournier tirou Claudio Beauvue, que praticamente não encostou na bola na partida de hoje, e colocou Maxwell Cornet. O Lille também precisou mexer mais uma vez por questões médicas. O zagueiro Marko Basa deixou o gramado e em seu lugar entrou Stoppila Sunzu. Mas o panorama do jogo se mantinha o mesmo. Ora o Lille pressionava – e não conseguia nada – ora o Lyon tentava chegar e não incomodava Enyeama.
Pouco menos de dez minutos para o fim, os treinadores mexeram novamente e queimaram suas últimas alterações. Pelo Lyon, o jovem Aldo “King” Kalulu substituía Jordan Ferri. Pelo LOSC, quem saia era o estreante Yassine Benzia – que deixou o campo naturalmente vaiado pela torcida do OL – e deu lugar ao jovem talento Lenny Nangis, das seleções de base da França.
Agora com um homem a mais no seu campo de ataque, o Lyon, consequentemente, teria mais movimentação no seu ataque. E foi nessa rápida troca de passes que o placar quase foi aberto aos 38’, do segundo tempo. Com a bola passando pelos pés de Kalulu, Lacazette, Cornet e, por fim, Valbuena, o baixinho dominou na área, olhou e bateu no ângulo. Vincent Enyeama foi buscar em uma plástica defesa.
Nos últimos minutos, o Lyon tentou uma pressão na base do abafa. Os dois lances de perigo vieram em cobrança de falta cruzada na área por Valbuena. Na primeira, ele colocou na cabeça de Rafael que, sutilmente, desviou e acabou acertando a trave. No lance seguinte, o baixinho achou Yanga-M’Biwa dessa vez. O zagueiro acertou ótima cabeçada e, mais uma vez, Enyeama foi buscar no ângulo. Não tinha como ser diferente e o placar ficou mesmo no zero.
Agora o Lyon terá somente alguns dias para se preparar para o seu tão esperado retorno a fase de grupos da Liga dos Campeões. A primeira rodada será contra o Gent, da Bélgica. O jogo será no país vizinho, na próxima quarta-feira (16/09), às 15h45, no horário de Brasília. Uma vitória seria sensacional para começar com o pé direito. Até lá!
FOTOS: L'Equipe / olweb.fr
MELHORES MOMENTOS:Lyon - LilleLyon - Lille
Posted by Ligue1 Actu on Sábado, 12 de setembro de 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário