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Com brilhante participação do meia Wahbi Khazri, time da casa liquida partida já no primeiro tempo e reverte resultado extremamente negativo do meio da semana
Clássico na tarde deste sábado na França... Mas um clássico de situações distintas. Jogando em casa, o Bordeaux tinha a dura missão de superar uma derrota por 6 a 1 diante do Nice, na rodada do meio de semana. Willy Sagnol contava com sua torcida para comandar seus jogadores diante do Lyon para, além de afastar desconfianças sobre o placar anterior, também tirar o time da incomoda situação, perto da zona de rebaixamento, que já assombra os mais céticos. Do outro lado, o OL vive um ambiente mais de calma. Na quarta-feira, venceu sua primeira partida dentro de casa pela Ligue1, jogando bem e fazendo brilhar a estrela do jovem Aldo Kalulu. Visando o já o topo da tabela, o Lyon entrava em campo de consciência leve para bater os girondinos.
O time da casa tem como sua principal força um setor ofensivo muito consistentes, com nomes que podem decidir partidas. Contudo, para o jogo de hoje, metade destas peças estavam ausentes – ou por lesão, ou por suspensão. Desta forma, o GdB perdia 50% da sua qualidade de ataque para enfrentar o Lyon e fazer sua torcida sorrir novamente. Mas, ainda assim, o time contava com nomes interessantes como Khazri, Rolan, Saivet, Maurice-Belay e o brasileiro Jussiê. Na imagem abaixo é possível ver a formação inicial escolhida pelo treinador Willy Sagnol:
O Lyon ainda tinha desfalques mais importantes. A dupla que levou o OL de volta à Liga dos Campeões na última temporada, Fekir e Lacazette, estavam ausentes. Além deles, duas recentes contratações também ficaram no DM: Rafael e Yanga-M’Biwa. Fora Bedimo, Koné, Fofana e Grenier. Hubert Fournier por, outro lado, contava com os retornos dos meias Rachid Ghezzal e Mathieu Valbuena. Este último, inclusive, carregando a responsabilidade de ser o protagonista do jogo. Ele se ausentou do jogo do meio da semana depois de ter sofrido com as entradas duríssimas do duelo contra o Marseille, no último domingo. Além de tudo isso, o treinador do OL decidiu poupar peças já pensando na UCL no meio da semana seguinte. Abaixo, a formação tática de Fournier:
Apesar da notável desanimação dos torcedores bordelheses, o time da casa começou o confronto se sentindo empurrado por eles. Era ligeiramente melhor em campo, talvez, em função deste estimulo que vinha das arquibancadas. Não à toa, as chances criadas tinham pouca objetividade – e até mesmo muita falta de qualidade. Mas o Lyon não só se defendia. O jogo começava equilibrado, com ligeira vantagem do GdB.
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O termômetro da partida só foi se alterar, de fato, com 17’ de bola rolando. Diego Rolan precisou sair da área para buscar o jogo. Trafegando livre pelo lado esquerdo, o uruguaio descolou um passe em profundidade para Wahbi Khazri, que facilmente carregou a bola e sem que desse tempo da zaga chegar pressionando, ele bateu cruzado – quase sem ângulo, e empurrou para as redes, no canto esquerdo de Lopes. 1 a 0!
Após o gol, a desanimação tomou conta do jogo. O Bordeaux, naturalmente, recuou. E o Lyon avançava suas linhas, mas dependendo muito do brilhantismo de Valbuena, que vivia um dia apagado. Sendo assim, as alternativas eram usar as laterais. Mas nem Morel e nem Jallet possuem cacoete para criar jogadas pelo setor. Dessa forma, o panorama de estagnado tomava conta do gramado, esperando alguma luz no fim do túnel para mudar o cenário.
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E a luz veio novamente dos pés dos girondinos. E como de bola rolando não estava surgindo nada, o lance acabou saindo de bola parada. Em cobrança de escanteio, para ser mais específico. Já como Biyogo Poko no lugar de Gajic, por opção tática, o autor do primeiro gol, Wahbi Khazri cobrou no primeiro pau e o tcheco Jaroslav Plasil desviou. Antes de entrar para as redes, Jordan Ferri ainda desviou nela tentando evitar o gol... Em vão! 2 a 0.
O Lyon não buscava mudar o cenário. Estava completamente abatido dentro de campo e não tinha recursos para reverter. Com dois gols de vantagem, o Bordeaux, ao invés de retrair e tirar o pé, continuava apertando para aproveitar ainda mais o apagão raríssimo do time do Lyon que somente assistia ao passeio. Independentemente dos desfalques, não se justificava uma sonolência exagerada como se via.
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E, certamente, teve espaço para mais. Já quase no apito do intervalo, o Bordeaux teve mais uma oportunidade em bola parada. Na cobrança, a bola foi alçada na área e, novamente, foi levantada no primeiro pau. Dessa vez, quem apareceu para encostar e desarticular toda a defesa dos Gones foi o zagueiro brasileiro Pablo. Com um ligeiro toque, ele se antecipou a Lopes e liquidou com o terceiro!
Com a segunda etapa chegando, rapidamente percebeu-se que nada havia mudado na postura do time e Fournier decidiu mexer exatamente na peça que era pra ter brilhado hoje e não o fez: Mathieu Valbuena. O treinador do Lyon tirou o baixinho de campo e colocou a prata da casa Rachid Ghezzal. Taticamente, a alteração não fazia alterações na estratégia, mas poderia ganhar uma melhor volatilidade neste jogo, especificamente.
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E a entrada do jovem meia realmente mudou algo no jogo. Ele acabou dando mais movimentação e não era um jogador que chamava tanta atenção da marcação quanto um Valbuena. Ele conseguia distribuir melhor e definir jogadas. Arriscava passes em profundidade e chutas de longas de distâncias. Em um desses chutes, quase conseguiu bater o goleiro do Bordeaux e diminuir o placar. Mas ainda era preciso mais do que isso.
No OL entrava alguém que tentava mudar o jogo e, pelo Bordeaux, efetivamente, alguém que já havia mudado o jogo deixava o campo. Wahbi Khazri foi sacado e, para seu lugar, Sagnol optou pelo sueco Kiese Thelin. Agora era o GdB quem perdia um pouco mais da qualidade no passe, e no refino em descobrir jogadas, e optava para dar oportunidade para outro jogador mostrar valor. Pouco tempo depois foi a vez de Malbranque substituir Tolisso e Fournier investir na técnica novamente.
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E nada dava certo. As estratégias do treinador do Lyon em poupar jogadores para aproveitá-los 100% da Champions League, mexeu muito na estrutura do time. Sem Gonalons, por exemplo, o elenco perdeu a pegada no meio de campo e, exatamente por isso, o Bordeaux conseguiu fazer o que quis por ali. Outro escolhido a ficar no banco foi Aldo Kalulu. O atacante, que já provou que pode fazer coisas bonitas, poderia ter ganho uma sequência para a partida de hoje como prova de consistência.
Faltando um pouco mais do que 10’ para o fim do jogo, o OL conseguiu um escanteio. Rachid Ghezzal foi para a cobrança e colocou na cabeça de Claudio Beauvue, que marcou o segundo dele pelo Lyon e o segundo de cabeça. A bola parada foi a única alternativa que o OL conseguiu para assombrar a defesa adversária no jogo de hoje, já que o mesmo Beauvue incomodou poucos minutos antes em uma cobrança de falta. Após o gol, os dois treinadores queimaram suas alterações. Kalulu substituiu Cornet no OL e Plasil deixou o campo para o brasileiro Jussiê, no Bordeaux.
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A possível reação apareceu de forma tardia. Era preciso bem mais do que bolas paradas para reverter o resultado. E o OL não conseguiu. Definitivamente, não foi dia das estratégias de Fournier, que precisará pensar melhor na hora de articular um time misto em função da UCL. O time escolhido hoje, certamente, não poderá ser mais repetido. Papelões como estes podem custar toda uma temporada lá na frente.
Agora o OL volta toda sua concentração para o próximo jogo da fase de grupos da Champions League. A segunda rodada terá o confronto entre os franceses e o Valência, da Espanha. O jogo será na próxima quarta-feira (29/09), às 15h45 do horário de Brasília. O jogo será no Stade de Gerland. Até lá!
FOTOS: L'Equipe / olweb.fr
OS GOLS DA PARTIDA:
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