quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Em ótimo jogo, Lyon cai na Copa da Liga para o PSG

Filipe Frossard Papini
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Time de Paris venceu por 2 a 1 com um gol irregular. Mas elencos mistos se sobressaíram em ótimo jogo no Parc des Princes, dando vaga a semifinal ao time bilionário




Era chegado o primeiro grande desafio do treinador Bruno Génésio. Após assumir o comando do Lyon no final de dezembro passado, o novo técnico havia enfrentando o pequeno Limoges pela Copa da França e o lanterna da Ligue1, Troyes. Agora era a vez do todo-poderoso-bilionário Paris Saint-Germain. Líder isolado do Campeonato Francês e invicto na temporada, o time de Laurent Blanc tinha um desafio eliminatório na noite desta quarta-feira. PSG e OL brigavam para avançar às semifinal da Copa da Liga Francesa.

O time da casa, ao longo da semana, tinha um discurso de ir com força total e que adotaria uma estratégia de vencer todas as competições da temporada a qualquer custo. Bom, não foi isso que aconteceu. Laurent Blanc adotou uma formação com um time misto. Ibrahimovic, Di María, Thiago Motta, Maxwell e Aurier foram pro banco. Além deles, Matuidi ainda foi cortado da relação em cima da hora, fora Thiago Silva e Kévin Trapp machucados. Em campo, oportunidades para Sirigu, Van der Wiel, Marquinhos, Kurzawa, Stambouli, Rabiot e Pastore. Confira como ficou a escalação:




Por ter um clássico no próximo domingo, o Lyon decidiu entrar com um time misto. Bruno Génésio, aproveitando algumas lesões e também atletas que precisavam ser poupados, acabou dando oportunidade para alguns jogadores que não estavam sendo escalados recentemente. Casos do goleiro Gorgelin, de Koné, Mvuemba e do atacante Beauvue, em vias de deixar o clube. Enquanto isso, Anthony Lopes, Grenier e Lacazette começavam no banco de reservas. Confira os 11 iniciais:




Empolgado com um bom início de ano e com resultados expressivos, o Lyon começou o jogo ditando as rédeas. Nos primeiros 10’ do duelo, parecia um treinamento ataque vs. defesa, com o OL atacando com tudo e esbarrado em problemas de qualidade, principalmente quando as jogadas precisavam passar pelos pés de Claudio Beauvue. Ainda assim, era um tremendo feito para quem jogava nos domínios de um time nitidamente superior.


A primeira jogada de perigo só foi surgir aos 14’. Em jogada de bola parada. O OL cobrou escanteio e, na área, Corentin Tolisso apareceu sem marcação. Seu nervosíssimo o fez finalizar de primeira e sem muita precisão. A bola saiu por cima e Sirigu não precisou de fazer qualquer esforço para evitar a finalização. Mas o OL gostava do jogo e tinha a faca e o queijo na mão para agredir com mais segurança.

Contudo, a sorte não parecia estar do lado dos Gones na noite. Na primeira subida do PSG no jogo, eles conseguiram abrir o placar. O lance foi extremamente confuso e polêmico. Adrien Rabiot entrou na área, finalizou e Gorgelin evitou. Tentou de novo e nova intervenção do goleiro. Na sequência, a bola teria saído na linha de fundo e arbitragem não relatou. A jogada prosseguiu em bate-rebate até entrar e ser creditado ao mesmo Rabiot. 1 a 0 para os donos da casa.


Após o gol, o jogo deu uma equilibrada. O PSG se lançava com muito mais segurança ao ataque e naquele momento, era o Lyon quem sofria para segurar o time parisiense. Em um lance de raro ímpeto ofensivo do OL, Beauvue foi derrubado por Sirigu e a arbitragem mais uma vez tendenciou para o lado de Paris e não deu o pênalti. Em resposta quase que imediata, Lavezzi cobrou escanteio na cabeça de David Luiz que, sozinho, mandou pra fora.

Antes mesmo do fim do primeiro tempo, o Lyon fez valer sua valentia durante todo o primeiro tempo e corrigir o placar injusto. Em cobrança de escanteio mal rebatida pela defesa do Paris Saint-Germain, Sergi Darder pegou o rebote na intermediária e rapidamente acionou Tolisso, que ainda estava na área para receber o cruzamento. O volante dominou e, sem marcação, bateu no ângulo de Sirigu. Golaço! 1 a 1!


Para a segunda etapa, os times voltaram mais precavidos. O PSG, mesmo sabendo que tinha um elenco mais qualificado dentro de campo, já não tinha aquela segurança de antes – de time quase imbatível – e já começava a fraquejar, errar passes e sentir mesmo um pouco da pressão do jogo. O Lyon, por outro lado, fazia um jogo extremamente seguro e jogando bem, pecando somente em qualidade ofensiva.

Aos 13’ da etapa final, o Lyon precisou queimar sua primeira alteração. Sergi Darder, que já havia dado uma assistência e estava bem no jogo, sentiu dores no joelho e acabou dando espaço para Maxwel Cornet. O OL, naquele momento, atuava no 4-4-2, com dois jogadores de área em campo. O PSG também mexeria pouco tempo depois, com duas trocas. Saíram Stambouli e Lavezzi para as entradas de Di María e Lucas.


Com as alterações, Laurent Blanc claramente queria mais ímpeto ofensivo e guardava a chave Ibrahimovic para um momento oportuno. E se era ofensividade que o treinador queria, foi isso que conseguiu. O PSG se lançou com muito mais qualidade e com muita pressão, colocando o OL quase que por inteiro dentro de sua área. Cavani quase fez o segundo do Paris em chute de fora da área se não fosse mais uma ótima intervenção de Gorgelin.

Quando o Lyon tentava esboçar uma reação e quebrar um pouco da pressão parisiense, acabou sofrendo o segundo gol. Em jogada pela esquerda, Mvuemba recebeu no meio de bateu da intermediária. Sirigu fez uma defesa esquisita e mandou pra escanteio. Na cobrança, o PSG recuperou a bola e saiu jogando em (muita) velocidade com Di María, o argentino ligou o turbo e só parou quando Lucas recebeu a área e só teve o trabalho de empurrar. 2 a 1!


Faltando um pouco mais do que 15’ para o fim do jogo, e com o OL em desvantagem no placar e em qualidade dentro de campo, Génésio fez sua segunda troca, colocando Clément Grenier no lugar de Arnold Mvuemba – que não aproveitou muito bem a sua chance. O resultado quase gerou resultados imediatos, se não fosse a ineficiência de Cornet em perder uma bola dentro da pequena área minutos após a troca.

Aos 36’ do segundo tempo, ambos os técnicos queimavam suas últimas alterações. Blanc acabou deixando Ibrahimovic no banco e, ganhando o jogo, acabou colocando Thiago Motta para dar mais poder de marcação ao seu time. Quem saiu de jogo foi Javier Pastore, que fez grande partida. Pelo Lyon, uma troca de ouro. Entrava o melhor jogador do time, Alexandre Lacazette, para a saída do pior, Claudio Beauvue.


No final do jogo, aquele típico aperto, Lyon jogando na base do abafa, com inúmeras oportunidades de finalização. Mas todos os lances acabavam indo parar na linha de fundo. Teve falta de Grenier na intermediária e até escanteio no último segundo em que Gorgelin foi pra área tentar o cabeceio. Por fim, não deu. O PSG venceu, mas venceu apertado. Ótima exibição dos Gones que se despedem da Copa da Liga de forma absolutamente digna.

O Lyon agora se foca totalmente no clássico do próximo domingo, dia 17/01. O adversário é o Saint-Étienne em jogo válido pela 21ª rodada da Ligue1. O OL é o 6º colocado e os Verts são o 7º. Além de uma briga de egos, será também uma disputa por posições. O jogo será às 18h de Brasília. Até lá!

FOTOS: psg.fr /L'Equipe


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