sábado, 9 de janeiro de 2016

Lyon goleia na estreia do seu novo estádio

Filipe Frossard Papini
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O Parc OL assistiu aos quatro gols dos Gones no lanterna Troyes. Lacazette marcou o primeiro gol em Décines.




Dia histórico para o Olympique Lyonnais. Dia de bola rolando para o Parc OL, o novo estádio do clube construído com recursos próprios. Com lotação completa e muita tecnologia aplicada, a construção, que também será aproveitada para a Eurocopa deste ano, recebia o duelo entre o Lyon e o lanterna da Ligue1, o Troyes. Além de toda a pressão e festividade em função da grande novidade do dia, o OL ainda tinha uma ótima novidade: o retorno de Alexandre Lacazette, voltando de lesão. Depois de uma vitória por 7 a 0 pela Copa da França, novo estádio e volta do melhor jogador do time, não havia nada para trazer confiança e novos ares ao elenco.

Elenco este que praticamente teve sua formação tática repetida diante do Limoges. De diferente, Grenier jogando um pouco mais a frente, pelo lado esquerdo do 4-3-3, Lacazette no lugar de Beauvue e Cornet de fora, sendo substituído por Tolisso, que entrou no meio de campo. A concepção de jogo era a mesma e Bruno Génésio ainda podia contar com Kalulu no banco de reservas, agora com 100% de condições de jogo. Jordan Ferri, que muitas vezes começa jogando, mais uma vez foi escolhido para começar entre os suplentes. Confira a formação tática:




O Troyes, no duelo de hoje, era franco atirador. A única função do time comandado por Claude Robin era colocar água no chope do OL. E para ajudar nessa missão, três atletas que estavam de fora, retornaram ao jogo de hoje: Coretin Jean, o capitão Benjamin Nivet e o ex-Lyon Mouhamadou Dabo. E foram reforços importantes, uma vez que todos começaram jogando e atuando como peças fundamentais para a engrenagem do time lanterna. Atuando num esquema tático defensivo, o Troyes entrava em campo formando um 4-1-4-1 e disposto a bater o OL nos contra-ataques. Confira os 11 iniciais:




Sob névoa dos fogos de artifícios que tomaram conta do gramado antes da bola rolar, o jogo começou com muita empolgação, tanto por parte da torcida, como também por parte do Lyon, que correspondia bem dentro de campo. Nos primeiros 5’ de jogo, o Troyes praticamente não havia encostado na bola e os Gones já haviam criado duas ou três oportunidades que poderiam ser convertidas em gol se o time tivesse um pouco mais de paciência com a bola aos pés.

E não demorou muito para o placar do Parc OL fosse inaugurado de forma oficial. E não poderia ser de outra pessoa. Alexandre Lacazette inaugurou as redes do novo estádio do Lyon aos 18’ de jogo. Grenier carregou pelo meio, viu o atacante se deslocando, ele passou, recebeu, gingou pra cima de N’Gcongca que ficou no chão e, na hora de finalizar, a bola ainda bateu na trave antes de balançar as redes. 1 a 0!

Faltou muito pouco para o Lyon ampliar o placar logo em seguida. O mesmo Lacazette dominou a bola na entrada da área, em mais um passe de Grenier. Dessa vez, ele foi afoito e só colocou potência no chute, que passou um pouco longe da meta de Bernardoni. Em seguida, foi a vez de Umtiti receber um cruzamento e acertar uma bicicleta que passou a centímetros do gol.

Vendo uma certa supremacia do Lyon no jogo, o Troyes se viu obrigado a mudar um pouco sua postura dentro de campo. Já não dava mais tantos espaços de campo para o Lyon e marcava mais em cima, pressionando a saída de bola dos zagueiros, laterais e de Gonalons. Isso dificultou muito as jogadas do OL na segunda metade do primeiro tempo. Dessa maneira, apesar do Lyon ter muito mais posse de bola, quase não conseguiu converter nada em jogadas perigosas.

Ainda assim, mesmo mudando sua postura com um ímpeto ligeiramente mais ofensivo, o Troyes praticamente não incomodou o goleiro Anthony Lopes no primeiro tempo. Os homens de frente de Claude Robin praticamente tiveram a função de marcação na etapa inicial e, não à toa, o ESTAC não marcou um chute ao gol nas estatísticas oficiais do jogo nessa primeira parte do jogo, algo que, certamente, explica a posição do clube no campeonato.

Na volta do intervalo, Claude Rubin já retornou com uma primeira alteração feita. O capitão Benjamin Nivet deixou o campo – provavelmente ainda não em 100% das suas condições físicas – e deu lugar a Lossemy Karaboué. A faixa foi para o zagueiro Saunier. Taticamente, o time não se alterava. Mas o grupo ganhava mais vigor físico, velocidade e força na marcação nas saídas de bola, que acabou melhorando o desempenho do time no primeiro tempo.

O OL poderia ter dobrado o placar aos 9’ da etapa final quando em uma ótima troca de passes do setor ofensivo conseguiu achar Tolisso sozinho. Na entrada da área, ele poderia até bater direto, mas preferiu fazer o passe para Lacazette, que em posição legal, saiu dentro da área e sem qualquer marcação. Um pouco sem ângulo, ele bateu rasteiro e quase repetiu a mesma finalização do primeiro gol mas, desta vez, acabou mandando pra fora. Na sequência, Rubin fez sua segunda troca e tirou Court para colocar Cabot.

Definitivamente, o OL já não jogava mais como apresentava-se no começo do jogo. Isso acabava dando um pouco mais de vontade aos jogadores do Troyes que, repito, estavam ali pra colocar água no chope do OL. O primeiro chute ao gol do Lyon apareceu aos 20’ da etapa final, quando Camus venceu Umtiti e Morel pra finalizar e forçar defesa de Lopes. Dois minutos depois, o mesmo Camus arriscou do meio da rua e marcou o gol de empate. Um golaço, no ângulo! 1 a 1!

Após sofrer o empate, o Lyon perdeu dois jogadores na sequência. Génésio tirou Lacazette imediatamente. Também não devia estar 100%. Colocou Beauvue em seu lugar. Depois, foi a vez de Gonalons sentir algo e dar lugar a Ferri. Precisando dar uma resposta aos torcedores, o OL se colocou na frente do placar mais uma vez. Troca de passes na área adversária até que Jallet encontra Ghezzal. Ele, mesmo de costas, girou sobre a marcação e bateu pro gol. A bola entrou no trinco. 2 a 1!

As trocas forçadas pareciam ter feito bem ao Lyon. O time voltava a ter todo aquele ímpeto do inicinho do jogo e assombrava o Troyes novamente. Rubin queimava sua última alteração, colocando Gueye no lugar de Thiago Xavier e isso só complicou ainda mais a vida dele, pois pouco depois da troca, o Lyon faria o terceiro. Após jogada de escanteio curto, Jordan Ferri recebeu perto da meia lua e, dali mesmo, colocou no mesmo ângulo que Ghezzal havia acertado há pouco. 3 a 1!

Já perto do fim, Génésio queimava sua última alteração colocando Aldo Kalulu no lugar do já cansado Clément Grenier. O OL ganhava muito mais mobilidade e velocidade no finalzinho do jogo pelo lado esquerdo do campo. Mas o último gol acabou não saindo dos pés dele. Tudo surgiu em cobrança de falta de fora da área. Beauvue bateu e o goleiro mandou pra escanteio. Na cobrança, a bola foi jogada na área, Jallet desviou e o mesmo Beauvue apareceu no segundo pau completando. 4 a 1!

Beauvue comemorou fazendo gestos com a orelha para a torcida que o vaiava e apontando para o seu nome na camisa. Uma atitude lamentável para um dia de festa para o Lyon. De todo modo, isso não foi o suficiente para estragar o dia incrível para os torcedores do Olympique Lyonnais que, após o jogo ainda foram agraciados com o show de hip-hop do grupo Pockemon Crew e também com o festejo do ex-Black Eyed Peas, Will.i.am.

Agora, o próximo duelo é pesado. O adversário é o poderoso PSG, que ainda está invicto no território francês nessa temporada. O jogo é válido pela Copa da Liga Francesa, quartas de final em partida única. Duelo no Parc des Princes, na próxima quarta-feira (13/01), às 18h do horário de Brasília. Até lá!


FOTOS: olweb.fr /FFF


GOLS DA PARTIDA:


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