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Com três gols em cinco minutos, OL valida sua vitória fora de casa contra o TFC - algo que não acontecia desde 2005 - e pressiona o Monaco por uma vitória diante do Rennes no domingo
O jogo deste sábado poderia ser uma simples partida para se manter na segunda colocação e defender esta posição que dá vaga direta para a fase de grupos da próxima Champions League. Mas o empate diante do Nice, em casa, na rodada passada, complicou um pouquinho mais os planos do Lyon para o atual momento. Com o placar, o Monaco já o havia ultrapassado ainda mesmo na semana passada e o Nice, que jogou na sexta, também venceu. Então, a vitória tornava-se o único objetivo para o OL no duelo de hoje, ainda mais que o adversário é o atual segundo pior da tabela. O Toulouse, apesar do bom elenco, amarga a 19ª colocação, com 33 pontos. Uma simples vitória pode o tirar da zona maldita. E o técnico Pascal Dupraz tem feito isso muito bem. Nas últimas seis partidas, perdeu somente uma. A missão é difícil, mas parece que ele vai dar conta.
Dupraz, mesmo com as ausências de três jogadores com potencial de titular (Kana-Biyik, Machacha e Pesic, além do terceiro goleiro, Bostan), tinha um time bem qualificado, principalmente do meio pra frente. O ataque formado por Regattin, Braithwaite e Ben Yedder, no papel, é um dos melhores de todo o Campeonato Francês. Ben Yedder, inclusive, está sendo monitorado de perto pelo próprio Lyon para a próxima temporada. Ele já marcou 15 gols na temporada... e Braithwaite, dez. Eu, particularmente, sou muito fã de ambos e o perigo para o jogo de hoje era real com esses dois afiados dentro de campo. Abaixo, veja como ficou montado do TFC
Pelo lado do Lyon, as lesões já não incomodam tanto a cabeça do técnico Bruno Génésio. Dentre todos os desfalques, somente Cornet pode ser considerado titular e muito em função da qualidade que vinha desempenhando e não pela concorrência. Ele foi expulso no jogo contra o Nice e pega dois jogos de suspensão, cumprindo o primeiro hoje. Fora ele, Fofana, Malbranque e Kalulu ficavam de fora. Para substituir Cornet, Valbuena foi o nome natural a ser escolhido. Outras duas mudanças foram na lateral e no meio. Rafael assumiu a vaga, deixando Jallet no banco e Darder foi preterido por Ferri. Veja como ficou escalado o Lyon para a partida deste sábado:
Com os primeiros minutos de jogo, já era possível perceber, claramente, qual era o objetivo do Toulouse no jogo. Se portava de forma segura no seu campo de defesa e praticamente não deixava o Lyon tocar a bola, na sua saída. Braithwaite, Ben Yedder e Regattin pressionavam demais as saídas dos defensores do OL, que praticamente não conseguiam jogar e tinham que forçar passes longos.
Jogando dessa maneira, o Lyon quebrava totalmente o seu estilo de jogo e dependia, basicamente, do esforço de Lacazette para ganhar as bolas lá na frente. Enquanto isso, o Toulouse, apesar de inferior na qualidade técnica, conseguia chegar, principalmente pelos lados do campo. As bolas alçadas na área incomodavam o goleiro Anthony Lopes logo na primeira parte da etapa inicial.
O setor ofensivo do Lyon era bastante confuso. Enquanto Lacazette buscava jogo, Valbuena tentava se movimentar bastante, com incursões pelo meio e entrando na área, mas com muita dificuldade de tornar isso algo de qualidade. Já o terceiro homem da frente, Ghezzal, permanecia apagado. E quando tinha a bola ao seus pés, era praticamente engolido por Moubandjé, que se portava de forma bem segura no jogo.
O primeiro grande lance de perigo do OL só veio a acontecer com 29’ de jogo. E não surgiu de uma jogada construída de pé em pé. Foi de bola parada. Em cobrança de falta da região intermediária do campo. Mathieu Valbuena foi pra bola e cobrou com muito efeito, buscando o lado direito do goleiro Alban Lafont. Apesar de ter colocado um efeito brilhante na bola, ela saiu por cima, pela linha de fundo.
Aos 35’, o Lyon assustou novamente. Em uma pequena tabela no setor ofensivo para rearranjar um espaço no ataque, a bola sobrou para Corentin Tolisso que decidiu arriscar do meio da rua. O chute improvável pegou um efeito e quase acertou o ângulo de Lafont. Mais uma finalização pra fora. Mesmo com dois lances de perigo do OL, a partida seguia equilibrada e o 0 a 0 bem justo.
O Lyon chegou a balançar as redes aos 40’, quando Valbuena cobrou escanteio e a zaga rebateu pro meio. No rebote, Ghezzal bateu de primeira, com um leve desvio de Umtiti. Esse último toque foi o suficiente para a arbitragem marcar impedimento e dar como anulado aquele que seria o gol para abrir o placar no Stadium Municipal. Indiscutível. Os jogadores sequer discutiram com a arbitragem.
Para a segunda etapa, tanto Dupraz quanto Génésio não fizeram alterações. E quem pagou o pato foi o treinador do Lyon. Isso porque o TFC voltou com mais ímpeto para o jogo e conseguiu abrir o placar aos 6’ da segunda etapa. Em cobrança de escanteio, a zaga do OL rebateu mal e sobrou para o zagueiro Tisserand, que estava no segundo pau e só teve o trabalho de chutar no teto da rede.
Com o placar desfavorável, o Lyon começou a partir pra cima. Mas, diferentemente dos últimos jogos, onde Cornet estava no seu auge e funcionava ao lado de Ghezzal e Lacazette. Hoje, com Valbuena, as coisas não andavam e, mesmo com ele se esforçando, era nítido que o gol estava longe de acontecer. Ainda assim, era Dupraz quem fazia a primeira troca, colocando Trejo no lugar de Didot.
O Lyon só mexeu aos 22’ do segundo tempo. E foi uma dupla alteração. Grenier e Fekir entravam para deixar Ghezzal e Valbuena no banco de reservas. A troca reoxigenava o ataque dos Gones, mas não era um sinal claro de uma melhora em campo. Dupraz respondia a Génésio colocando Jean-Daniel Akpa-Akpro no lugar de Regattin, tirando um homem de frente e recuando um pouco mais.
A troca do Lyon daria resultado poucos minutos depois. Aos 28’ do segundo tempo, uma falta na região intermediária colocou Fekir e Grenier ao lado da bola. Segundos antes da cobrança, Fekir saiu e deixou para Grenier, que bateu direito pro gol e com muito veneno. Relembrando seus áureos tempos em 2012/13. O jovem e promissor goleiro Lafont tentou chegar na bola, mas foi enganado pela curva e pelo efeito e ficou taxado como falha. Normal. 1 a 1!
Após o gol, as duas últimas trocas aconteceram. Pelo OL, uma substituição de laterais esquerdos. Entrou Bedimo e saiu Morel. Pelo TFC, quem deixava o campo era Doumbia e entrava o basco Pantxi Sirieix. Nas circunstâncias do jogo, o empate era um resultado satisfatório para o Toulouse, que queria segurar o placar naquele instante. Portanto, o Lyon partia pra cima no finalzinho para tentar virar.
No finalzinho do jogo, quando parecia que tudo ia ficar por isso mesmo, o Lyon realmente conseguiu virar. Lacazette se posicionou entre os zagueiros e recebeu bela assistência de Fekir. O artilheiro do Lyon entrou na área, não deixou o marcador encostar e bateu rasteiro. 2 a 1! O presidente Jean-Michel Aulas comemorava nas tribunas, mas mal ele sabia que tinha muito o que rolar ainda.
Imediatamente após o gol, na saída de bola, Tisserand deu um chutão que se transformou em um belo passe para Braithwaite, nas costas da zaga. Ele avançou mais rápido que Rafael e Yanga-M’Biwa, bateu, Lopes espalmou e Ben Yedder completou para as redes! 2 a 2 e confusão armada. Jogadores dos dois times se empurraram e sobrou cartão amarelo para Lopes e Sirieix.
Com a bola rolando novamente, o Lyon continuava a mesma pressão que fazia quando o jogo estava 1 a 1. E nem o melhor dos apostadores acreditaria que o time visitante conseguiria, novamente, ficar a frente do placar. Ferri cruzou bola na área. Fekir tocou nela, Lacazette também, mas quem completou para as redes foi Tolisso, aos 41’ do segundo tempo. Era o terceiro gol em um prazo de cinco minutos. Mas nem os sete minutos de acréscimos foram o suficientes para o jogo trazer mais emoções. Vitória bem suada do OL.
Próximo adversário: o Lyon só retorna aos gramados no próximo dia 30/04, sábado que vem. O Parc OL recebe OL x Gazélec Ajaccio pela antepenúltima rodada do Francês. A partida será às 16h, horário de Brasília.
FOTOS: olweb.fr / L'Equipe
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