domingo, 3 de abril de 2016

Lyon vira para cima do Lorient e encosta no Monaco

Filipe Frossard Papini
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Resultado importante coloca o Lyon de vez na briga pela segunda colocação da na Ligue1, que dá vaga direta para a fase de grupos da próxima Champions League




Com uma pausa de uma semana em função das datas Fifa, o Lyon -  assim como todos os clubes europeus – voltavam a campo neste final de semana. Na partida que encerrava a 32ª rodada do Campeonato Francês, o adversário do OL era um clube aniversariante. O Lorient completou no último sábado 90 anos de sua fundação e a partida do domingo também serviu como trampolim para as comemorações no Stade Le Moustoir. Diferentemente dos donos da casa, o Lyon não estava em clima de festa, mas, sim, de guerra. Uma vitória poderia o colocar entre os três primeiros e com uma diferença de três pontos do vice Monaco. Era a oportunidade certa para fazer seu dever.

Comemorando seu aniversário, o time dos Merlus poderia ter seu principal atacante de volta aos 11 iniciais, mas o técnico Sylvain Ripoll preferiu começar com Moukandjo, recém lesionado, no banco de reservas. Ainda assim, o ataque do Lorient era formado por dois homens de muita qualidade Majeed Waris, com nove gols na Ligue1 e Benjamin Jeannot, que já anotou seis. Ripoll tinha como desfalques o zagueiro Lindsay Rose, emprestado pelo Lyon e ausente por força de contrato, além do lateral Le Goff e dos volantes N’Dong e Mulumba. Confira como ficou escalado o FCL:




Para o jogo, Bruno Génésio contava com a volta de dois de seus principais jogadores do elenco: Clément Grenier, voltando de suspensão, e Mathieu Valbuena, retornando de lesão, porém, ambos começavam a partida no banco de reservas. De ausências, o treinador lamentava a falta do capitão Maxime Gonalons e Rafael, suspensos. Nabil Fekir, uma das estrelas do time, já recuperado de uma lesão que o tirou dos gramados por sete meses, retornou ontem aos gramados pelo Lyon B e jogou durante 45 minutos. Abaixo, é possível ver a escalação do OL para o jogo:




Estádio em festa e uma fina camada de gelo cobrindo o gramado sintético do Le Moustoir, como não poderia ser diferente em função do tipo de solo, a partida começava bem agitada e muito corrida. Nos primeiros segundos de jogo, o time da casa assustou por duas vezes o goleiro do Lyon e, nos dois lances, a arbitragem poderia ter marcado falta e optou por dar sequência ao lance, mostrando que as comemorações não estavam atrapalhando a concentração do time da casa.

O Lyon tentava se adaptar ao gramado também agitando-se no se ataque e tentando criar brechas para que os meias descobrissem espaços que pudessem ser abertos. Foi assim que Lacazette perdeu a primeira chance quando recebeu passe de Ghezzal e desperdiçou batendo de primeira. Se tivesse calma, poderia ter aberto o placar. E calma foi o que não faltou para Ghezzal, minutos depois também quase marcar. Ele disparou da direita, levou pro meio e forçou ótima defesa do goleiro Lecomte. Com menos de 15’, o OL já era melhor em campo.

O Lorient conseguiu equilibrar as ações quando descobriu o lado esquerdo como válvula de escape, principalmente com Raphael Guerreiro e Barthelmé. Boas oportunidades acabaram sendo criadas por ali e acionando o centroavante Majeed Waris na frente, que só não conseguiu finalizar em gol por falta de qualidade técnica ou por ótimas intervenções do goleiro Anthony Lopes, que estava bem ligado no jogo.

Aos 35’ de jogo, não teve como Lopes interferir, quando Mesloub dominou no centro de campo e achou a passagem de Barthelmé pela esquerda. Mesmo impedido, o meia passou sozinho e avançou. Acompanhando com ele pelo centro, passava Majeed Waris que, já sem marcação, só teve o trabalho de receber e com o goleiro deslocado abrir o placar no Stade de Moustoir. 1 a 0!

No momento em que o Lorient melhorou no jogo que o OL encontrava-se todo confuso no seu meio de campo, sem muitas alternativas, Yanga-M’Biwa construiu jogada pela direita e achou uma ultrapassagem de Ferri. O volante puxou até a linha de fundo e fez o cruzamento. Teoricamente, a bola era de fácil corte da zaga e quem estava na bola era Lamine Gassama. O lateral deu uma pexotada e entregou nos pés de Lacazette. Que só teve o trabalho de colocar no ângulo. 1 a 1!

Com o empate no placar, não havia mais tempo na primeira parte para nenhuma das duas equipes. O árbitro Fredy Fautrel encerrou por ali e carimbou um primeiro tempo bastante equilibrado e, mesmo com uma posse de bola bem maior do Lyon, dentro de campo a vantagem não era impressa, de fato, pelos seus homens em campo. O segundo tempo prometia mais movimentação e poderia ser um bom momento para o retorno de Valbuena ao time.

No segundo tempo, mais uma vez o ganês Majeed Waris poderia ter colocado o Lorient na frente. Isso só não ocorreu por falta de atenção. Ele havia saído de frente com o goleiro da mesma forma como ocorreu no primeiro gol mas, desta vez, ao invés de bater pro gol, ele preferiu devolver o passe para Jeannot. Ele não contava justamente com a recuperação de Morel, que apareceu de forma providencial mandou para escanteio.

A diferença do OL do primeiro para o segundo tempo foi a diferença na troca de passes. Para a etapa final, o time parou de trocar passes curtos e forçava demais as jogadas esticadas, principalmente aquelas começando pelos homens de trás, geralmente Umtiti, Yanga-M’Biwa e Tolisso. Ghezzal e Lacazette eram muito exigidos na frente por causa disso, mas oportunidades não eram criadas e a tática mostrava-se falha.

A primeira boa oportunidade do OL na etapa final só veio a acontecer perto dos 20’, quando Ghezzal recebeu no meio, perto da meia lua. Ele só visualizou o gol de Lecomte, viu o goleiro um pouco deslocado e tentou bater dali mesmo. A bola tinha destino certo, mas Lecomte se recuperou e conseguiu evitar aquele que seria o gol da virada do Lyon. Após o lance, Morel precisou deixar o campo com uma lesão na perna e deu lugar a Henri Bedimo. Depois, no Lorient, entrou Cabot e saiu Barthelmé. Eram as primeiras trocas do jogo.

Já faltando cerca de 15’ para o fim do jogo, os treinadores mexiam novamente. Enquanto Bruno Génésio colocava Mathieu Valbuena no lugar de Maxwell Cornet, Sylvain Ripoll trocava os Benjamins. Saia Benjamin Jeannot e entrava o artilheiro Benjamin Moukandjo. Time da casa com três homens de frente (Waris, Moukandjo e Cabot) querendo o resultado e parecia não muito satisfeito com o justo empate no placar. O Lyon, obviamente, também queria o resultado positivo.

Diferentemente de Ripoll, a troca feita por Génésio mudou o ritmo de jogo. No primeiro momento em que Valbuena pegou na bola, ele já partiu no meio abriu jogada pela direita e Ferri fez o corta-luz para Ghezzal dominar sozinho. Já na área, ele dominou, segurou, ajeitou e bateu no ângulo, fazendo o gol da virada. 2 a 1! Ripoll rapidamente mexeu depois do gol, colocando Philippoteaux no lugar de Jouffre. Sentido dores, Darder também deixava o campo dando lugar para Grenier na última troca do jogo.

Antes do fim, o Lyon ainda conseguiu ampliar. Mais uma vez, Ghezzal construiu a jogada do gol na entrada da área achando Lacazette se deslocando. O artilheiro recebeu, passou por Lecomte em um drible desconcertante e ainda finalizou no ângulo. Caixão fechado! 3 a 1. Os Merlus até tentaram fazer mais alguma coisa nos minutos restantes, mas a água no chope da festa do aniversário do time já estava consolidada.

O Lyon retorna aos gramados na próxima sexta-feira, dia 08 de abril, às 16h30, em jogo válido pela 33ª rodada da Ligue1. O confronto será contra o Montpellier no Stade de La Mosson. Expectativa grande para o retorno de Nabil Fekir ao time principal do Lyon. Será? Aguardemos. Até lá!


FOTOS: FranceFootbal / L'Equipe / olweb.fr / sport.fr / football.fr


OS GOLS DA PARTIDA:



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