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Em exibição não muito boa, OL faz o seu objetivo e agora terá um confronto direto contra o Monaco para decidir quem será o vice da Ligue1
Contando com o dia de hoje, faltavam somente três jogos para as definições finais do Campeonato Francês. O título, como todos sabem, já foi definido. A grande batalha era pelas vagas para a Liga dos Campeões, e a segunda colocação na tabela dá direito a uma cadeira cativa já direto na fase de grupos. Quatro times travam uma batalha direta por esta vaguinha: Lyon, Monaco, St-Étienne e Nice, com os dois primeiros sendo favoritos ao posto. Para que a briga continuasse, os dois times precisavam fazer valer seu fator casa. O Monaco enfrentava o Guingamp, e o Lyon o Gazélec Ajaccio. Antes disso, mais cedo, o Nice já havia perdido e o Saint-Étienne empatado. Era o dia da redenção? Talvez. O Lyon entrava em campo minutos depois do Monaco bater o Guingamp por 3 a 2, colocando um pouco mais de tempero no jogo do Parc OL.
O Lyon vem em uma fase excelente. O treinador entrou em sintonia com os jogadores e um time titular já foi praticamente definido. Para o jogo de hoje, Fofana, Malbranque e Valbuena estavam ausentes. Este dois últimos, até o restante da temporada, inclusive. Sendo assim, com o retorno da suspensão de Cornet, ele voltava ao posto de titular, fazendo frente com Ghezzal e Lacazette no 4-3-3 do Lyon. Fekir, ainda não 100% depois de sua grave lesão, novamente começava no banco de reservas. No meio de campo, Ferri e Tolisso eram os escolhidos de Génésio, deixando Grenier e Darder no banco. Confira como ficou armado o OL para o jogo de hoje.
Gazélec Ajaccio, o clube que começava a rodada na antepenúltima colocação tinha uma única missão na Ligue1 desta temporada: evitar a despromoção para a Ligue2. Com um elenco pobre e três desfalques bem importantes (Bréchet, Le Moigne e Larbi), o time do técnico Thierry Laurey contava com a volta do volante/zagueiro Rodéric Fillipi e do ex-Lyon Amos Youga – que só atuou pelo time B dos Gones. Sem o artilheiro Larbi, a responsabilidade e o protagonismo cairiam no colo de Boutaïb. Mas ele começava no banco. Então Zoua era quem teriaa a missão de fazer gols dentro do Parc OL em um jogo importantíssimo para o adversário. Logo abaixo é possível ver como ficou escalado do GFCA:
Apesar da chuva fortíssima caindo sobre o município de Décines, em Lyon, a torcida fazia sua parte no Parc OL com mais de 50 mil presentes. O começo já mostrava um OL melhor em campo, não somente pela superioridade de seus jogadores, mas também por ter que correr atrás do Monaco, novamente, na tabela e chegar na próxima rodada pronto para confronto direto. A missão era clara.
Os Gones não demoraram muito para abrir o placar. Logo aos 10’ de jogo, Rachid Ghezzal cobrou um escanteio do lado direito do ataque de seu time e, mesmo batendo a meia altura e com um efeito não muito grande, a bola passou por todo mundo e sofreu um pequeno desvio no zagueiro Filippi. Isso foi o suficiente para enganar o goleiro Maury, que aceitou e acabou deixando o OL sair na frente. 1 a 0!
Com a vantagem no placar, o jogo não mudou o seu ritmo. Até mesmo pela formação tática adotada por Thierry Laurrey, a partida tornava-se praticamente um ataque contra defesa. A única estratégia do GFCA era esperar um erro do OL e acionar seus homem de velocidade, Tshibumbu, e tentar emplacar um contra-golpe – tática até muito comum entre os times pequenos da França quando vão enfrentar um outro muito melhor tecnicamente.
Durante todo o primeiro tempo, a única possibilidade de chance de gol criada pelo Gazélec Ajaccio aconteceu exatamente utilizando a estratégia citada. Contudo, ao ser acionado, com um passe nas costas de Rafael, Tshibumbu poderia entrar de frente para o gol. Em função da forte chuva, ele acabou escorregando e caiu no chão logo depois de ter o domínio da bola e, a partir daí, ficou fácil para Lopes só dominar e evitar o perigo.
Apontar que o Gazeléc Ajaccio teve somente uma (quase) chance na partida não dá créditos ao Lyon como alguém tão superior assim no jogo. Claro que tinha mais posse de bola e o aparente controle do jogo. Mas, com exceção do gol olímpico, o OL não conseguiu criar muitas coisas. Tentava, principalmente, pelo lado direito com Ghezzal e Rafael. Mas, ainda assim, era bem ineficiente, até mesmo pela quantidade de homens na defesa do time visitante.
Mas era preciso somente uma jogada dessa para dar certo. E deu. Aos 41’ do primeiro tempo, Rafael fez mais uma triangulação com Ghezzal e, mesmo sem precisar chegar muito até o fundo, fez um cruzamento para área. Por lá, haviam três defensores do Gazélec Ajaccio fechando, mas o goleiro Maury foi para a bola e desistiu no meio do caminho. Do outro lado da área, Cornet aparecia fechando e marcando o segundo da partida 2 a 0.
Antes de voltar a para o segundo tempo, o Lyon anunciou nas redes sociais a nova linha de uniformes para 2016/17, que falaremos por aqui nos próximos dias. Já o Gazélec Ajaccio mexia. Thierry Laurey tirava Chermiti, que praticamente nem encostou na bola no primeiro tempo e colocava o já experiente e rodado Grégory Pujol, o francês com mais gols em Ligue1 em atividade.
E não demorou quase nada para o matador deixar o dele. E foi de uma qualidade primorosa. Ele recebeu nas costas de Bedimo e, mesmo com a marcação por zona de rodeando, ele conseguiu entrar na área. Ao perceber que Anthony Lopes estava saindo do gol, ao invés de bater cruzado e rasteiro – como qualquer outro faria – ele preferiu bater por cima e encobrir o goleiro português. Um verdadeiro golaço. 2 a 1!
Após sofrer o gol, Bruno Génésio mexeu. Uma troca que não fazia muito sentido. Tirou Henri Bedimo e colocou Jérémy Morel. Praticamente um seis por meia dúzia em modo literal. Bedimo não estava mal no jogo e deixou o campo um pouco chateado e esbravejando algumas palavras. Laurey também mexia de novo, colocando Coeff no lugar de Poggi. Minutos depois, o OL fazia sua segunda troca: quem saia era Ferri e dava lugar a Grenier.
As trocas não surtiram um efeito tão grande assim. O Lyon melhorou um pouco sua saída de bola com Grenier ditando o ritmo no meio de campo, mas não era o suficiente para dar uma grande diferença no futebol praticado dentro de campo. Ainda assim, o OL continuava melhor, mas sem martelar o adversário. O grande problema, era o GFCA ter mais uma grande oportunidade e empatar. E esse era o risco que o time da casa não queria correr.
Faltando pouco menos de dez minutos para o fim do jogo, ambos os treinadores mexeram com suas cartadas finais. Laurey colocou Mayi em campo e tirou Tshibumbu, que perdeu uma ótima oportunidade no primeiro tempo. Pelo Lyon, Tolisso sentiu a parte posterior da coxa, caiu e precisou deixar o gramado imediatamente. Para o seu lugar entrou o espanhol Sergi Darder para compor o meio.
Nos minutos finais, o Gazélec Ajaccio fez uma pressão para buscar um empate e jogou tudo aquilo que não tinha conseguido fazer em todo o restante do jogo. Anthony Lopes salvou em duas ocasiões que poderiam ter dado o empate. De todo modo, os Gones conseguiram segurar a pressão e o objetivo havia sido alcançado: a vitória o recoloca na segunda colocação a rodada seguinte será decisiva.
Adivinhem só qual é o próximo confronto do Lyon? Acertou quem disse Monaco. O jogo será no Parc OL, semana que vem, sábado, dia 07/05, às 16h. A partida é válida pela penúltima rodada do Campeonato Francês e dará contornos importantíssimos para o desenrolar da competição. Até lá!
FOTOS: olweb.fr / sport.fr
OS GOLS DA PARTIDA:
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