domingo, 18 de dezembro de 2016

Lyon surpreende fora de casa e bate o Monaco com propriedade

Filipe Frossard Papini
Twitter: @FilipeDidi / Twitter: @BrasiLyonnais
Facebook: /BrasiLyonnais / Medium: @BrasiLyonnais


O time do Principado não perdia há nove partidas na Ligue1 e o OL quebrou a ótima sequência em partida brilhante de Valbuena




O objetivo do Monaco é bem claro: acabar com a hegemonia do PSG e vencer a Ligue1. Mas, para isso, também precisa fazer seu dever de casa e torcer por tropeços do Nice, o único clube acima deles na tabela. O Nice, neste domingo, fez sua parte e bateu o Dijon. Para ficar firme na briga, o time monegasco precisava bater (ou abater) o Lyon no Stade Louis II, no finalzinho da tarde do domingo, encerrando a rodada. O OL, por sua vez, também quer as cabeças. Com um jogo a menos, uma vitória hoje o fazia ultrapassar o Guingamp na tabela e voltaria a pensar em brigar com o PSG pela terceira colocação.

As similaridades não terminavam por aí. Além disso, no jogo de hoje havia um feito quase inédito: as duas equipes não tinham nenhum desfalque para o jogo e iam com força máxima para o duelo. Leonardo Jardim podia ter a volta de Lemar, Falcao, Jemerson e Fabinho e mandar o seu time ideal para o jogo. O Monaco, que só neste mês já aplicou três goleadas, tinha como missão passar o trator por cima do OL. Confira como ficou escalado do time do Principado:




O Lyon também, a princípio, vinha com força máxima e uma pequena mudança tática. Apesar de não alterar o esquema 4-3-3, Bruno Génésio colocou em campo mais um volante de marcação para jogar do lado de Gonalons. Lucas Tousart começava de titular e liberava o outro volante, Tolisso para acompanhar o ataque em um quase 4-2-4 sem a bola. Mas no aquecimento para o jogo, Gonalons sentiu dores e precisou ser substituído por Fekir. A formação mantinha-se. Mas Tolisso jogaria mais recuado e Fekir faria uma rotação com Ghezzal e Valbuena, quase em um 4-2-3-1. Confira como ficou escaldo:




Como não poderia deixar de ser, a partida começou agitada. A primeira equipe a incomodar o adversário foi o Monaco. O lateral Mendy, por duas vezes consecutivas, parou em Lopes, que o impediu de abrir o placar. Na primeira tentativa, o goleiro defendeu com os pés, no rebote, ele buscou no ângulo para evitar que o placar fosse aberto. Duas chances clara de gols logo aos 8’ de jogo.

A resposta do OL apareceu quase que de imediato. Em uma rápida jogada de Fekir com Valbuena, a bola sobrou para Lacazette na área que escorregou e deixou a finalização para Ghezzal chutar em cima de Subasic. No lance seguinte, Fekir sofreu falta na entrada da área e ele mesmo resolveu bater. Na cobrança, ele colocou no ângulo e forçou excelente defesa do goleiro.

O Lyon tentava ganhar espaço no campo de ataque e o quarteto ofensivo até conseguia achar lugares dentro do campo para conseguir trocar passes. O problema era o contra-ataque que o Monaco tentava puxar a todo instante, sempre acionando Bakayoko e Lemar. Foi em um desses que quase conseguiram abrir o placar se não fosse a imprudência de Sidibé, que conseguiu completar o ótimo cruzamento, mas com a mão. O gol acabou sendo anulado e acertadamente foi aplicado o cartão amarelo.

Com o jogo lá e cá, as chances para os dois lados eram igualitárias. O Lyon conseguia chegar na mesma proporção que o Monaco. Para o placar ser aberto, era uma questão de tempo e de quem caprichasse mais. E foi o OL quem conseguiu essa junção de fatores. Em troca de passes pela entrada da área, Lacazette serviu a Valbuena que fez todo o gesto de que iria bater pro gol. Mas ele achou Ghezzal pela direita que teve tempo de dominar, olhar e bater no canto de Subasic e marcar o 1 a 0 no placar!

Quando o Monaco tentava uma reação, depois de Lopes espalmar um chute que caiu nos pés de Bernardo Silva e ele quase empatou, o Monaco perdeu um jogador e aumentou ainda mais a vantagem do Lyon na partida. Tolisso interceptou um passe perto da lateral e acionou o contra-ataque através de Ghezzal. De repente, a arbitragem parou o lance que poderia gerar boa oportunidade ao OL para expulsar Mendy, que acertou um pontapé na coxa de Tolisso sem qualquer motivo aparente.

Se o empate já era um bom resultado para o OL, antes mesmo do fim do primeiro tempo, percebia-se que o Lyon já atuava de forma protocolar. O resultado já agradava bastante e o time priorizava, agora, toques de bola para cozinhar o jogo. Ghezzal e Valbuena também já estavam sendo muito acionados pelos lados do campo para correr o máximo possível com a bola e forçar a marcação a derruba-los para conseguir parar o jogo.

Na volta do segundo tempo, o Monaco estava disposto a querer empatar a partida. E isso poderia ter acontecido em cobrança de falta cruzada para área, em que Lopes rebateu mal e Valère Germain bateu pro gol. A bola explodiu no braço de Lucas Tousart dentro da área e a arbitragem nada marcou, para desespero dos torcedores e dos próprios jogadores dentro do gramado do Louis II.

Quase imediatamente após o lance de reclamação da equipe monegasca, o Lyon conseguiu um ataque, novamente puxado por Valbuena. No lance, Ghezzal ficou de frente com Subasic e, novamente de fora da área – assim como marcou o gol – dessa vez ele parou no goleiro que fez ótima defesa. O croata apareceria novamente aos 10’ do segundo tempo, quando defendeu um pênalti bem duvidoso marcado em Valbuena. Ele segurou firme a cobrança de Lacazette.

Se a bola não entrou pelos pés de Lacazette, ela acabou premiando a excelente partida feita por Mathieu Valbuena. O baixinho foi o responsável por colocar o 2 a 0 no placar do Louis II. A jogada surgiu dos pés de Ghezzal, pela direita do campo. Ele fez um cruzamento para a entrada da área e lá estava Valbuena para completar de primeira e sem qualquer marcação. Ele só colocou no canto de Subasic. 2 a 0!

Ainda assim, nem tudo estava acabado para o Monaco. O time ainda reunia forças para tentar uma reação. Aos 24’ do segundo tempo, em falta pela beirada do campo, Thomas Lemar colocou na cabeça de Jemerson, que subiu até mais alto que Lopes para concluir, mas o lance estava impedido. No lance seguinte, desta vez, a arbitragem não interrompeu. Lemar fez ótima jogada pela esquerda, tabelou e ao chegar na linha de fundo, cruzou pra área. Ali matou toda a defesa do OL que esperava bola pelo alto. Bakayoko teve tempo de sobra para ajeitar a colocar para as redes. 2 a 1!

Aos 32’ da etapa final, os dois times resolveram mexer. Leonardo Jardim já havia colocado Dirar no lugar de Germain, agora dava chances a jovem promessa M’Bappé. Para o lugar dele, saiu Sidibé. Pelo Lyon, uma troca de laterais direito. Rafael saia para dar lugar a Christophe Jallet. Minutos depois, Génésio queimava as duas últimas alterações, colocando Rybus e Cornet nos lugares de Fekir e Ghezzal. Por fim, Jardim colocou Carrillo no lugar de Fabinho aos 40’.

Logo após as trocas, Leonardo Jardim sofreu seu terceiro baque. O Lyon conseguiria marcar mais um gol para lhe dar tranquilidade total até o fim da partida. Em cobrança de escanteio de Valbuena, o baixinho colocou na área e Subasic, no seu único erro da partida, rebateu mal. No rebote, Lacazette estava no segundo pau e, sem marcação, bateu no canto direito do goleiro que não conseguiu alcançar. 3 a 1! E a partir daí, o jogo protocolar acabou dando a vitória aos Gones.

O Lyon agora recebe, no Parc OL, o Angers, no próximo dia 21, quarta-feira, às 17h50. O jogo é válido pela 19ª rodada do Campeonato Francês. A partida encerra o ano do clube e também o primeiro turno da Ligue1. Até lá!

FOTOS: olweb.fr


MELHORES MOMENTOS:



Quer mais informações sobre o Lyon via BrasiLyonnais? Clique nos botões abaixo e siga-nos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário