domingo, 22 de novembro de 2020

Em jogo apertado e na base da superação, Lyon vence o Angers fora de casa pelo placar mínimo e começa incomodar os líderes

Filipe Frossard Papini
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O gol de Kadewere coloca o OL de vez na briga pelo topo da Ligue 1. Time assume, ao menos momentaneamente, a vice-liderança da competição




O Lyon entrou em campo com uma sequência das mais interessantes no Campeonato Francês, no começo da tarde deste domingo. Com apenas uma derrota na competição, lá no dia 15 de setembro. Já são quase dois meses sem saber o que é perder. Mas com essa missão de manter essa invencibilidade e ficar somente a quatro pontos de diferença do líder PSG. O grande desafio era vencer o Angers no Stade Raymond Kopa, time que vem fazendo uma campanha bem interessante até aqui e entrava em campo também na parte de cima da tabela.

Para tentar bater o Lyon, o time do técnico Stéphane Moulin veio com uma formação ousada para enfrentar um time tecnicamente superior, montada no 4-2-3-1, a montagem privilegiava o centroavante Bahoken e o meia Fulgini, as principais armas do clube alvinegro. Ainda assim, o time tinha problemas na sua montagem em função de desfalques. Além do suspenso Mangani, não tinha também Bamba, Ebosse, Boufal e Cabot. Abaixo, você pode conferir como ficou montado o Angers:


Já o Lyon vem sempre com mudanças a cada jogo. Fica sendo imprevisível. Mas, pelo menos dessa vez, o técnico do Lyon manteve a formação no 4-2-3-1, praticamente montado da mesma forma que o adversário do dia. Mas as trocas perpassam principalmente pelas duas ausências que o OL tinha hoje e ambas por suspensão: Cornet e Toko Ekambi. Na esquerda, entrou Bard e no ataque foi Cherki quem acabou assumindo a vaga. Aouar, voltando de lesão, acabou começando no banco e deu lugar a Caqueret. Veja como o Lyon entrou em campo:


No comecinho do jogo, era fácil perceber por qual motivo o Angers estava brigando na parte de cima da tabela do Campeonato Francês. Um time muito organizado e que assustava o Lyon em vários momentos nos primeiros momentos. E a compactação no meio campo acabava dando espaço para algumas escapadas de lado a lado. Bolas infiltradas parecia ser o grande segredo da partida e era dessa forma que as chances começavam a ser criadas.

A primeira chance real de gol aconteceu somente aos 23’ de jogo. Memphis Depay cobrou escanteio curto e recebeu de volta. Segurou um pouco e esperou o momento certo de fazer um cruzamento mais aberto. Na tentativa, achou a cabeça de Tino Kadewere, que chegou a desviar sutilmente antes da bola passar raspando na trave do goleiro Bernardoni, que já estava batido no lance e só ficou no golpe de vista.


Já perto dos 30’, o Angers fez sua primeira tentativa de gol. Em ótima jogada individual de Angelo Fulgini, ele conseguiu abrir espaço no meio de todo o meio campo do Lyon e achou um belo chute de fora da área. Lopes salvou não somente na finalização, como também no rebote. A resposta dos Gones apareceu no minuto seguinte, quando Lucas Paquetá apareceu pressionado pela defesa na área e, ainda assim, conseguiu fazer uma finalização de categoria, mas fácil para o goleiro.

O Angers chegaria com perigo de novo, poucos minutos depois. Rayan Cherki não conseguiu acompanhar Thioub na recomposição e acabou cedendo uma falta daquelas que são melhores do que um escanteio. Na cobrança, Capelle conseguiu fazer um cruzamento que passou por todo mundo. A bola pegou aquele veneno que complica a vida de todo goleiro. Mas com segurança, Lopes conseguiu espanar o perigo, que depois foi cortado pela defesa.


Já no finalzinho do primeiro tempo, o Lyon começou a ser praticamente engolido pela pressão do Angers. Com uma organização tática muito eficiente, o time da casa conseguia ser melhor em campo. Mas esbarrava na questão técnica. Tinha muitas dificuldades no último passe. Dependia extremamente dos lapsos de dois jogadores em especial: o meia Fulgini e do atacante Bahoken.

Em resumo, a primeira etapa foi um 0 a 0 que poderia ter acontecido de tudo. Desde uma goleada de lado a lado até um 2 a 2 eletrizante. Espaços e oportunidades não deixaram de acontecer. O que ficou faltando foi o detalhe. Da parte do Lyon, faltou qualidade também e principalmente um ímpeto ofensivo melhor. O time sentiu falta de Aouar? Sempre vai sentir, mas Memphis Depay, Kadewere e Cherki ficaram devendo também.


No segundo tempo, o Lyon parecia que ia abrir o placar logo cedo, em pênalti marcado por um suposto toque de mão. Mas o lance foi revisado pelo VAR e nada foi marcado. Logo em seguida, foi o Angers, com Doumbia, quem quase abriu o placar. Lopes foi salvador mais uma vez. Irritado com a postura do time, aos 14’ da etapa final, Rudi Garcia fez três mexidas. Tirou Bard, Cherki e Paquetá para colocar De Sciglio, Dembélé e Bruno Guimarães. Bard e Cherki, visivelmente chateados, foram direto pro vestiário.

As entradas colocaram gás novo no jogo. Bruno Guimarães rapidamente deixou Dembélé em ótimas condições de marcar o primeiro do jogo, mas foi pressionado pelo marcador. Em seguida, o mesmo Dembélé apareceria para completar um escanteio de Memphis Depay e cabecear. Mas nas mãos de Bernardoni. Imediatamente, Moulin percebeu que o Angers caiu de rendimento e mexeu duas vezes, com El Melali e Diony nos lugares de Thioub e Bahoken.


Só que as mudanças de Moulin, em vez de melhorar a situação do Angers, acabou complicando ainda mais. O Lyon virou o dominante da partida e quase abriu o placar aos 31’ do 2º tempo em uma jogada que talvez tenha sido a mais perigosa até o momento. Em jogada de Memphis Depay tabelando com Caqueret, eles acharam Dembélé saindo no meio da defesa. Ele recebeu, finalizou, mas parou em ótima defesa de Bernardoni.

Mas o gol, que parecia cada vez mais maduro, apareceu. Aos 33’, apareceu a estrela de Tino Kadewere. Ele, de novo, fazendo gol pelo Lyon. A jogada teve participação de Dembélé e assistência de Dubois, que com um toque da linha de fundo pra trás, matou toda a defesa do Angers. Kadewere teve tempo de dominar no peito e bater. A finalização foi fraca e estranha, mas o suficiente pra entrar: 1 a 0!


Depois do gol, os dois times mexeram de novo. O Lyon recuou. Colocou Diomandé no lugar de Dubois e entrou com uma formação de três defensores. No mesmo momento, o Angers colocou em campo Bobichon, Coulibaly e Cho, que entram nos lugares de Pereira Lage, Capelle e Fulgini. Mas a feição de desânimo de Stéphane Moulin já dava um indicativo que não tinha muito o que fazer, principalmente depois de ter tirado seus dois melhores jogadores: Bahoken e Fulgini.

Já nos acréscimos, o Lyon quase sofreu o empate. Thiago Mendes sentiu câimbras e resolveu deixar o jogo mesmo assim. Com um a menos momentaneamente, o time da casa pressionou e numa jogada rápida, Diomandé acabou salvando em cima da linha. Depois do sufoco, Jean Lucas entrou em campo na última alteração dos Gones. E mesmo com cinco minutos de acréscimos, o OL segurou o placar.


Lyon terá mais uma semana de folga do calendário até enfrentar o seu próximo desafio pela Ligue 1. Vai encarar o Reims, em jogo no Groupama Stadium, pela 12ª rodada do Campeonato Francês. O jogo será num horário um pouco inconveniente para quem gosta de esticar o sono no fim de semana: às 9h da manhã do próximo domingo, 29. Até lá!

FOTOS: ol.fr | angers-sco.fr
CAMPINHOS: Ligue1.fr


O GOL DA PARTIDA:
(se o vídeo acima não rodar. CLIQUE AQUI)

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