domingo, 1 de novembro de 2020

Mesmo com um a menos durante todo o segundo tempo, Lyon arranca empate do Lille fora de casa

Filipe Frossard Papini
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O ponto conquistado premiou a raça e a grande vontade dos Gones em se defender e não levar um gol, mesmo tendo o zagueiro Marcelo expulso aos cinco minutos da etapa final




Depois de emplacar duas vitórias consecutivas, inclusive uma delas bastante convincente diante do Mônaco na semana passada, o Lyon entrava em campo no fim de tarde deste domingo, já noite na França, para enfrentar o Lille no Stade Pierre-Mauroy. Em jogo, a briga pela parte de cima da tabela. O OL já ansioso para entrar no G4, enquanto o LOSC lutando para fazer frente ao PSG pela parte de cima e sendo o atual vice colocado da competição. Sem espaço para derrotas ou empate. Vencer ou vencer era o lema dentro de campo.

Para receber o Lyon em casa, o técnico Christophe Galtier apareceu com algumas novidades em relação ao time que se apresentava nas prévias. Sem qualquer desfalque, ele podia levar para campo sua força máxima e acabou deixando de lado a estrela milionária recém contratada da última janela. Jonathan David, que não vinha correspondendo, apareceu entre os reservas. Para o seu lugar, o brasileiro Luiz Araújo acabou herdando a posição, avançando Ikoné para a dupla de ataque no último terço do campo. Veja como ficou:


Já pelo Lyon, o problema para montar o time estava concentrado na parte defensiva. Os três desfalques de Rudi Garcia eram deste setor, o que complicava um pouco a montagem do elenco e inclusive quem relacionar para o banco. Sendo assim, com a ausência de Denayer, Diomandé acabou ganhando mais uma chance entre os titulares. Sem Bard, suspenso, Cornet assumiu a lateral esquerda improvisado novamente. No lado direito, Dubois jogava, mas o único lateral disponível no banco era o jovem Malo Gusto, recém promovido do sub-19. Fora isso, nenhuma novidade em relação ao time que enfrentou o Mônaco. Assim ficou:


Com a bola em jogo, dava pra ver que o buraco seria mais embaixo para jogar essa partida. O duelo tático ficou muito evidente logo nos primeiros minutos. As duas equipes buscavam a posse de bola, então gerava um equilíbrio dos mais interessantes de se acompanhar. Mesmo com poucas chances reais de gols criadas, o duelo acontecia nas intermediárias, e não era um jogo físico, o que justificava os momentos dos dois times.

Ofensivamente, o Lyon funcionava bem, muito menos pelas oportunidades criadas, mas pelo jogo posicional. Toko Ekambi flutuava entre a defesa, sempre trocando de posição com Memphis Depay. Ora um aparecia para se apresentar pro jogo, ora outro se colocava dentro da área, como um centroavante. As melhores oportunidades apareciam pelo lado esquerdo do ataque, mas faltando efetividade.


Aos 21’, a primeira chance criada no jogo. Kadewere recebeu em profundidade entre a zaga. Saiu de frente para o goleiro Maignan, que acabou levando a melhor no duelo. Era a oportunidade mais clara até ali e parecia que o OL começaria a gostar do jogo. Mas a resposta do LOSC apareceu na sequência. Jogada de Çelik pela direita. Colocou na área para Yilmaz fazer o pivô e rolar pra trás, jogando de costas. Jonathan Bamba apareceu chutando de fora para marcar um golaço: 1 a 0!

O gol marcado acabou colocando panos quentes no jogo que o Lyon vinha fazendo. Antes da bola balançar as redes, os Gones chegavam e tinham espaço para jogar. Depois do gol, a confiança se extinguiu e complicava uma possível reação. E o Lille ainda teve uma ótima chance de dobrar o placar, em chutaço de Yilmaz de fora da área, forçando uma defesaça de Lopes, que buscou no ângulo.


Com o passar do tempo na primeira etapa, o Lyon tentava recuperar seu ímpeto ofensivo, mas esbarrava na bola composição defensiva dos Dogues. Ciscava e não conseguia passar da barreira na intermediária. Numa dessas, o Lille pegou contra-ataque com Çelik pela direita e avançou até o fundo. Aos 36’ de jogo o gol só não saiu por falta de capricho. Bamba recebeu o cruzamento na entrada da área e mandou um foguete por cima do gol. Levou muito perigo!

Para sorte do Lyon, o time conseguiu reverter a maré de azar ainda antes do intervalo. Aos 41’, uma jogada ofensiva muito interessante do OL, empurrando o Lille pra dentro da área, acabou tendo uma bola que achou Aouar na segunda trave sozinho. O meia teve o trabalho de dominar, olhar e cruzar. Mas a bola não atravessou a defesa. Bateu em Çelik e entrou, culminando num gol contra bizarro. Mas gol legítimo: 1 a 1!


Na volta do intervalo, nenhuma mexida. O Lille tinha trocado minutos antes do apito da etapa inicial. José Fonte deixou o campo machucado e Soumaoro entrou. Mas o OL logo precisou fazer sua primeira mexida também. Marcelo foi expulso logo no começo do segundo tempo e forçou Rudi Garcia a colocar outro zagueiro em campo. Tirou Aouar e promoveu a estreia de Benlamri. OL com um a menos desde os seis minutos da etapa final.

Obviamente, depois de ficar com um menos, o Lyon reduziu totalmente suas ações ofensivas. Virou um jogo de ataque contra defesa e os Gones tentavam de tudo para não sofrer pressão do time da casa. Bamba e Luiz Araújo levaram perigo. Depois, Yazici, que entrou no lugar de Ikoné, também levou perigo em cobrança de escanteio que quase se tornou um gol olímpico. A tarefa era difícil, mas o OL tentava segurar.


Perto dos 30’ do segundo tempo, Rudi Garcia fez mais duas mexidas nos Gones. Colocou Bruno Guimarães e Dembélé para as saídas de Toko Ekambi e Memphis Depay, respectivamente. O empenho tático do OL premiava por este empate nos domínios do vice-líder do Campeonato Francês. O empate, a esta altura, já era um resultado a ser bastante comemorado. E a garra dos jogadores, algo a ser premiado.

Por mais que o Lyon se colocasse como uma equipe 100% defensiva naquele momento, havia jogadores como Kadewere, Dembélé e Cornet prontos para puxarem algum contra-ataque em algum momento em que o Lille não conseguisse acertar um passe. Então, da mesma forma que era um jogo perigoso para o OL, pela pressão que o LOSC exercia, também era perigoso para o time da casa, que podia perder o jogo em um único lance de vacilo, o que seria um desastre com um a mais.


O cronometro, que era pra jogar a favor do Lille, começava a jogar contra, enquanto o gol da vitória não aparecia. Com exceção de Jonathan Bamba, que parecia saber exatamente o que estava fazendo em campo, os demais jogadores do LOSC estavam bastante confusos com a bola no pé e acabavam errando lances simples. Uma pressa com a bola no pé que não precisava existir, mas que ajudava o OL.

Já no finzinho, Galtier tentou mexer para dar um gás novo no ataque. Faltando dois minutos, colocou Lihadji e David para as saídas de Luiz Araújo e Bamba, que era o melhor em campo pelos Dogues. Mas nem mesmo os quatro minutos de acréscimos ajudou o time da casa. O nervosíssimo realmente minou as possibilidades do Lille. E o empate corou a determinação e a raça que o OL apresentou durante toda a segunda etapa.


O próximo encontro do Lyon agora é barra pesada. É hora de separar os adultos das crianças. Chegou a hora do clássico mais importante e com mais história em todo o futebol francês: Lyon e Saint-Étienne se enfrentam no próximo domingo, às 17h do horário de Brasília. Jogo válido pela 10ª rodada da Ligue 1 e será no Groupama Stadium, casa do OL. Até lá!

FOTOS: ol.fr | LOSC.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


OS GOLS DA PARTIDA:
(se o vídeo acima não rodar. CLIQUE AQUI)

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