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O Metz fez um gol no finalzinho da partida e venceu o OL fora de casa, algo que não acontecia desde 1997
O Lyon não dormiu na liderança da noite deste sábado para domingo. Isso se deve ao fato do PSG, que está na cola dos Gones, ter vencido seu jogo contra o Angers já nessa 20ª rodada. Com essa vantagem de uma partida a mais, o OL entrava em campo pressionado para vencer sua partida de qualquer jeito e assim retomar a liderança do Campeonato Francês e tirar a vantagem de dois pontos já construída pelos parisienses no dia anterior. Para retornar ao trono, o Lyon precisava bater o Metz, um time com qualidade técnica inferior, mas que vem surpreendendo pela boa colocação no campeonato (12º lugar).
Jogando em casa, o Lyon tinha uma vantagem que é bem difícil de se ter em qualquer temporada e em qualquer campeonato: o elenco estava livre de desfalques. Sendo assim, Rudi Garcia tinha literalmente todo mundo disponível para ele montar a escalação que quisesse. E ainda assim, ele fez mudanças. Cornet e Aouar saíram do time principal para dar lugar a De Sciglio na esquerda e Caqueret no meio. Além disso, outra novidade ficava no banco. O recém chegado Islam Slimani já tinha condições de fazer sua estreia ao logo do jogo. Veja como foi escalado o OL:
Diferentemente do próprio Lyon, o técnico Frédéric Antonetti tinha muitos problemas para escalar seu time principal e ainda assim fazer uma frente de igual para igual com o Lyon. O treinador do Metz tinha cinco desfalques importantíssimos. Todos eles com qualidade o suficiente para serem titulares do time grená. O lateral esquerdo Cabot, o volante N’Doram, o meia Pajot e os atacantes Nguette (este o melhor do Metz até aqui na Ligue 1) e Niane, estavam todos de fora e sequer viajaram. Antonetti resolveu entrar em campo então num 3-4-3 e assim ficou escalado:
O Lyon claramente se postava como dominante na partida depois que a bola começou a rolar. Até mesmo por todo indicativo do jogo, por ser um time melhor tecnicamente e também por ser o líder do campeonato. Mas o Metz conseguia fazer muito bem aquilo que se propôs a fazer no jogo: se defender e tentar sair em velocidade de contra-ataque se assim permitisse. E, claro, o OL teve dificuldades nisso.
E essa dificuldade, na verdade, não era nem em conseguir atacar ou algo assim. Era em conseguir fazer o que vinha fazendo de melhor na Ligue 1: criar volume de jogo intenso no ataque pra frente. O furdunço criado por Kadewere, Toko Ekambi e Memphis Depay, com Aouar e Paquetá na retaguarda, hoje não funcionava. Não pela ausência de Aouar – hoje no banco, mas pelo fato do Metz conseguir povoar o meio de campo e não permitir.
Por causa desse nó tático defensivo que Frédéric Antonetti conseguiu aplicar no Lyon, o jogo ficou bastante neutro na primeira etapa. Basicamente se concentrava na parte intermediária do ataque dos Gones, mas dali não saia. O jogo ficava rodando na faixa de campo até acontecer um passe errado ou mesmo algum corte defensivo do time visitante. Pouquíssimas chances foram criadas. Nenhuma com perigo até perto dos 35’ de jogo.
O Metz, por sua vez, parecia determinado a “não querer jogo”. Entre aspas, obviamente. A estratégia era só uma: segurar a linha de passe do OL o mais longe possível da área. E, para isso, precisava de atenção máxima. As duas vezes que isso não aconteceu, o Lyon chegou com perigo. Primeiro com Memphis Depay achando Kadewere, que forçou boa defesa de Oukidja em chutaço da entrada da área. Depois na velocidade de Toko Ekambi, que mandou um chute cruzado pra fora.
Em outra oportunidade do Lyon, faltou carinho de Toko Ekambi para abrir o marcador. Foi Tino Kadewere quem limpou todo o lance e deixou para o seu companheiro de ataque em boa posição dentro da área. Ele cortou pro meio e na hora de chutar, colocou força de mais e mandou por cima do gol. Foi talvez a melhor oportunidade do Lyon em todo o primeiro tempo de jogo.
Entretanto, o lance com mais perigo da primeira etapa não foi do Lyon. O Metz, já no finalzinho da primeira metade de jogo, conseguiu uma finalização improvável. Um chute cruzado que acabou enganando Lopes. Ele ficou vendido no lance e a bola passou por cima dele, bateu no pé da trave oposta e, no rebote, sobrou para Boulaya concluir de novo. Marcelo salvou em cima da linha.
No segundo tempo, tudo indicava uma mesma postura de ambos os times, mas o Metz precisou mexer antes mesmo dos dez minutos iniciais. Delaine, que vinha fazendo uma função bem importante no time e jogando bem, precisou deixar o campo com uma fisgada na coxa. Udol, que aparecia nas prévias, acabou entrando em seu lugar. Depois, trocou a dupla de ataque, com Vágner e Gueye deixando o campo para dar vaga a Yade e Leya Iseka.
Pouco depois, foi a hora de Rudi Garcia mexer duas vezes. Colocou Cornet e Aouar em campo para as saídas de De Sciglio e Aouar. Por consequência dessa mexida o Lyon quase abriu o placar no lance seguinte e já com Cornet. O marfinense apareceu como um foguete pelo lado esquerdo e achou espaço com a bola para mandar um foguete em chute cruzado. A bola iria no cantinho se não fosse ótima defesa de Oukidja.
O Lyon abriria o placar aos 29’ do 2º tempo em lance confuso, mas com uma lufada de qualidade. Tudo começou nos pés de Caqueret e depois um calcanhar de Memphis Depay que achou Thiago Mendes entrando na área. Ele chutou e a bola desviou, tocou na trave e sobrou para Toko Ekambi botar para as redes. A arbitragem demorou três minutos para entender que Aouar – que participou do lance – estava impedido. E o gol foi anulado.
Nesse imbróglio do gol, muitas mexidas. O Metz colocou Sarr no lugar de Angban e o Lyon colocou Cherki e Slimani nos lugares de Toko Ekambi – que até então era o autor do gol (e nesse momento o gol não havia sido anulado ainda) e Kadewere. Basicamente, o OL tinha um pouco menos de 15 minutos até o fim do jogo para conseguir ao menos marcar um gol e não sair “perdendo” pontos em casa.
Aos 40’ do 2º tempo, o Lyon teve sua melhor oportunidade até então. Foi uma jogada rápida com Memphis Depay na direita. Ele tentou em chute cruzado e Oukidja salvou. No rebote, foi Aouar quem tentou a finalização e de novo brilhou a estrela do goleiro. Numa terceira tentativa, foi a vez de Cherki ter a bola e acabar chutando pra fora, com muito perigo. Mas o Metz, definitivamente, foi salvo pelo goleiro.
O que ninguém esperava é que o Metz teria duas oportunidades para fazer no finalzinho, primeiro com um chute de Sarr que acertou o travessão. E, depois, com um lance de contra-ataque de Leya Iseka em ótimo passe de Boulaya. Lopes tentou sair mais rápido que o atacante, não conseguiu e o placar foi aberto no último minuto de jogo: 1 a 0! No finzinho, Rudi Garcia colocou Bruno Guimarães no lugar de Caqueret, mas obviamente não havia mais tempo.
O Lyon entra em campo agora para vestir a camisa e ir para a guerra no clássico mortal contra o Saint-Étienne. O jogo, válido pela 21ª rodada da Ligue 1, acontece no próximo domingo (24), às 17h do horário de Brasília. O duelo coloca frente a frente os dois times que, para muitos, fazem o maior derby do futebol francês. Até lá!
FOTOS: L'Equipe | ol.fr
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