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Em partida maluca que teve cinco expulsões, o OL mostrou a força de vontade e a determinação de buscar seus objetivos na temporada.
Quatro times sonham com o título na França: Lille, PSG, Monaco e Lyon. E a briga não fica somente pelo caneco. Dentre esses, um também ficará de fora pela disputa da próxima Liga dos Campeões, o que torna a reta final da Ligue 1 um atrativo completamente a parte em relação a outras competições europeias. Nessa corrida, Lille e PSG praticamente não tropeçam e seguem vencendo. O Lyon, que perdeu na semana passada para o mesmo Lille, teve agora mais um confronto direto. Desta vez, diante do Monaco, que ocupa a terceira colocação na tabela. Só havia uma missão para os dois lados: vencer!
Nesse confronto, Niko Kovac não trouxe nenhuma surpresa em relação ao que aparecia nas prévias. Ele tinha muitos problemas na parte ofensiva para montar o time nesse domingo. Eram cinco desfalques para o jogo e todos eles do meio pra frente. Não estavam disponíveis os lesionados Diop, Jovetic e Diatta, além de Golovin e Gelson Martins, que testaram positivo para COVID-19. No entanto, sua dupla de ataque infernal, Volland e Ben Yedder, estava não só disponível como escalada. Veja como ficou o ASM para o jogo:
Pelo Lyon, algumas novidades. Rudi Garcia decidiu colocar em campo um time bem parecido que enfrentou o mesmo Monaco há duas semanas, pela Copa da França e que fez um primeiro tempo arrasador. No segundo, com uma expulsão, o time desandou, mas teve potencial até para golear, na ocasião. É um 3-4-3 com Paquetá de falso 9, laterais ofensivos e muito combate na última linha. O time tinha três desfalques para esse jogo e todos reservas: o lateral esquerdo Bard, também com COVID-19, o zagueiro Benlamri e o atacante Slimani, machucados. Assim ficou:
Assim como aconteceu naquela fatídica eliminação na Copa da França, o OL começou esmagando. Era muito superior no começo da partida e também era quem propunha o jogo e quem criava as melhore chances de jogo. Havia uma certa desconexão no meio campo monegasco e isso facilitava bastante o OL a subir não somente pelo meio, como também pelas beiradas. Eram muitas brechas.
A primeira chance criada foi aos quatro minutos, quando Memphis Depay apareceu na esquerda e tentou cruzar. A zaga rebateu e ele tentou de novo, dessa vez no segundo pau. Dubois apareceu fechando sozinho e mandou um chute potente, mas pra fora. Logo depois, aos 13’, foi a vez de Toko Ekambi aparecer em mais uma boa jogada de Memphis Depay. O camaronês forçou boa defesa de Lecomte.
E também, assim como foi na Copa da França, o Monaco surpreendeu. Dessa vez, não precisou da expulsão de ninguém. Bastou uma chance para chegar e concluir em gol. A jogada foi toda construída pelo Volland. Ele fez uma triangulação com Caio Henrique e Ben Yedder, recebeu de volta. Denayer não conseguiu dar o combate e ele entrou sozinho para concluir em gol de forma relativamente fácil: 1 a 0!
Imediatamente após sofrer o gol, Denayer pediu para sair. Sentiu novamente dores. Ele que ficou ausente a semana toda por uma lesão na planta do pé, era dúvida para o jogo de hoje e provavelmente sentiu dores no mesmo lugar. Deixou o campo com 28’ e deu lugar a Diomandé, que foi justamente o antagonista daquela eliminação da Copa da França há duas semanas atrás.
Depois de sofrer o gol, o Lyon teve um apagão. Parou de atacar e não conseguiu chegar mais nenhuma vez no primeiro tempo. Enquanto isso, o Monaco continuava certeiro como um escorpião. Não fazia nada, mas quando chegava, era praticamente mortal. Volland teve mais duas excelentes oportunidades de concluir em gol, que não aconteceu por detalhe. Mas naquela altura, o time do Principado já parecia saber como controlar o jogo.
A real é que o ataque do OL foi muito desconexo na primeira etapa. Paquetá e Toko Ekambi apareceram pouco e o homem mais criativo do time foi o volante Caqueret, que parecia presente em toda parte do campo. Mas era pouco. Principalmente ao saber que o clube tem um jogador como Aouar no banco de reservas, alguém que poderia claramente dar um brilho a mais na parte criativa do time.
Para o segundo tempo, o OL apareceu com mais uma mexida. Entrou Kadewere no lugar de Dubois e Toko Ekambi acabou sendo deslocado pra posição de ala direita. E a entrada do zimbabuano mexeu com o time, que ficou bem mais ofensivo não somente taticamente, como também na postura e na vontade de empatar. Ele quase fez isso em uma jogada aos nove minutos do segundo tempo, em excelente troca de passes do OL na entrada da área que Kadewere recebeu, girou e bateu por cima.
Mas não demorou pra esse gol sair. Dependeu especialmente de uma jogada individual. E uma lindíssima jogada, diga-se de passagem. Memphis Depay recebeu na direita e partiu pro meio. Dali em diante ele driblou três defensores e bateu da entrada da área. A bola ainda desviou na zaga antes de entrar no ângulo. 1 a 1! Era o gol de empate que o OL precisava para retomar sua confiança no jogo.
Kovac logo mexeu duas vezes. Tirou Disasi e Fàbregas para colocar Badiashile e Matazo. Depois Ballo-Touré entrou e saiu Fofana. E o OL queria mais. Parecia mais disposto a buscar a virada do que o Monaco fazer o segundo. Mas os planos de Rudi Garcia pareciam ir por água abaixo quando Caqueret fez uma falta normal no meio de campo e acabou vendo o segundo amarelo, sendo expulso aos 25’ da etapa final.
Só que isso não mudou o cenário. O OL continuava agredindo o Monaco e passou a defender bem. Rudi Garcia colocou Aouar para saída de Paquetá. E foi imediatamente depois da mexida que a virada aconteceu. Mais uma vez brilhou a estrela de Memphis Depay. Em cobrança de falta cruzada na área, ele achou Marcelo no segundo pau. O zagueirão subiu sozinho e colocou pra dentro em bonita cabeçada: 2 a 1!
Kovac de novo fez duas trocas, colocando tudo que tinha de ofensivo no banco. Entraram Geubbels e Pellegri para as saídas de Aguilar e Caio Henrique. E imediatamente após as mexidas, o Monaco colocou bola na área do Lyon, Lopes saiu todo errado e socou o rosto de Pellegri. A arbitragem nada marcou, mas o VAR chamou e o pênalti foi pego pelo vídeo. Na cobrança, Ben Yedder colocou tudo igual de novo: 2 a 2!
Antes de Rudi Garcia colocar Cherki e Bruno Guimarães nos lugares de Toko Ekambi e Thiago Mendes, o Monaco quase virou, mas agora Lopes apareceu em dois tempos para salvar. Mas bastou os dois que acabaram de sair do banco tocar na bola para resolver o jogo. Cherki tabelou com Bruno, que abriu para De Sciglio cruzar e o mesmo Cherki marcar aos 43’: 3 a 2 e explosão no Louis II. No fim do jogo, briga no meio do campo e quatro foram expulsos. Do Lyon, Marcelo e De Sciglio. Do Monaco, Pellegri e Geubbels.
O próximo compromisso do Lyon segue sendo pela Ligue 1, o único torneio que resta nesse finalzinho de temporada. E será diante do Lorient, no Groupama Stadium, pela 36ª rodada, às 12h do próximo sábado (9). A briga por título está cada vez mais difícil, mas segue tudo em aberto. Já a disputa pela Champions League segue a todo vapor, com o OL em 4º, mas só a um pontinho do Monaco! Nos vemos domingo que vem! Até lá!
FOTOS: France Football | ol.fr | asmonaco.com
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