domingo, 11 de setembro de 2022

Segunda derrota seguida: Lyon perde pro Monaco com show de Caio Henrique

Filipe Frossard Papini
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O lateral brasileiro, que hoje jogou na linha de meio de campo, fez as duas assistências na vitória do seu time por 2 a 1!




Depois de sofrer sua primeira derrota na temporada, no meio de semana, ao perder de 3-1 para o Lorient, o Lyon teria pela frente um outro desafio casca grossa. Na tarde deste domingo (11), os Gones visitaram o Monaco, no Stade Louis II, fechando a 7ª rodada da Ligue 1. Um duelo que era importante para o momento dos dois clubes. O time da casa queria vencer para sair da incômoda 11ª colocação, algo que não condiz com a qualidade do time do Principado. E o OL queria vencer para retomar o G4, que acabou sendo “roubado” pelo próprio Lorient, que já havia vencido novamente na rodada.

Para esse confronto, o técnico Philippe Clément decidiu tomar uma decisão que parte da imprensa francesa até já teria suspeitado, mas ainda queriam não acreditar: Wissam Ben Yedder foi pro banco, por opção do técnico. Embolo começava jogando. Outro que acabou sendo preterido foi Rubén Aguilar, dando espaço para o brasileiro Vanderson. No 3-4-3, o time da casa ainda tinha os desfalques importantes de Volland e Boadu, dois atacantes importantes. Assim ficou escalado:


No Lyon, nenhuma grande surpresa. Peter Bosz já estruturou o time para jogar no 4-3-3 e praticamente segue com os mesmos desfalques: o goleiro Pollersbeck e o zagueiro Boateng. No jogo diante do Lorient, teve o zagueiro Diomandé disponível no banco. Dessa vez, ele foi cortado da relação, jogou pelo Lyon B e fez o gol da vitória por lá. Quem ficava no banco dessa vez era Aouar, outro que vinha sendo ausência certa desde o desenrolo da janela de transferências. De mudança no time, apenas a opção de entrar com três volantes de origem (Lepenant, Caqueret e Tolisso) e optar por deixar Reine-Adélaïde e Faivre no banco. O OL entrou assim:


O jogo começou bastante estudado e povoado até demais no meio de campo. Ambos os times descobriram rapidamente que a melhor forma de chegar até ao ataque do outro era pelas beiradas. O OL foi o primeiro, com Gusto pela direita, acertando um belo cruzamento para Lacazette chegar fechando. Errou por centímetros. Depois, o Monaco chegou duas vezes, uma de cada lado. Primeiro, Diatta acertou a trave. No segundo, Embolo cabeceou nas mãos de Lopes.

A escolha de Clément em começar com Embolo e Diatta e não com Ben Yedder poderia ter outro efeito se o francês estivesse em campo nos dois lances citados. De toda forma, o ponto em comum dos dois times não era o ataque, era o meio. Nenhum dos dois times tinha jogadores criativos com a bola ao pé para poderem produzir um “algo mais”. Era tudo na base da velocidade e alguns lapsos de jogadas individuais.


Foi assim que o OL criou sua segunda maior oportunidade do jogo. Tetê conseguiu achar espaço lá do seu campo de defesa e saiu em disparada carregando a bola e em velocidade extrema. Ao chegar perto da área, decidiu dar sequência ao lance com um passe para Toko Ekambi. O camaronês prendeu e devolveu a bola para Tetê bater de primeira, de canhota, e fazer a bola passar perto do ângulo de Nübel aos 30’ de jogo.

As poucas chances criadas na primeira etapa escancararam algumas situações de jogo. O Lyon jogando com três volantes acabava forçando Caqueret a ser uma espécie de “camisa 10” do time, função que ele não conseguia desempenhar bem, já que seu forte é a saída de bola e não o último passe. Então, quando a bola chegava por ali, era basicamente toques para o lado e sem a contundência necessária. Culpa dele? Claro que não.


Lacazette era outro que não fazia uma boa partida, bem com o Toko Ekambi. Muito presos ao ataque e provavelmente cumprindo alguma decisão tática de Peter Bosz. Mas ainda assim, quando pegavam na bola, pareciam relapsos ao que acontecia no jogo. Cochilando, desligados mesmo. Ainda assim Lacazette quase acertou uma assistência para Tetê no finalzinho no 1º tempo. O passe foi certo, mas o brasileiro quase sem ângulo acabou mandando na rede do lado de fora.

O Monaco acabou respondendo a esse ataque do Lyon praticamente no lance seguinte. O goleiro Nübel mandou um chutão para frente, Embolo se embolou com os dois defensores do Lyon e a bola acabou quicando e sobrando com boas condições para Golovin. O russo conseguiu bater em um chute potente, mas pressionado por Gusto. Lopes quase foi surpreendido, mas salvou o time do perigo.


No segundo tempo, as coisas mudariam um pouco. Dos dois lados. Os times perceberam que precisavam fazer algo diferente para propor o jogo. E assim aconteceu. O Lyon aos sete minutos teve duas chances inacreditáveis no mesmo lance. Primeiro foi com Lacazette, em saída do goleiro Nübel, que acabou afastando o perigo. No rebote, o brasileiro Tetê bateu de primeira a mandou por cima, mas com perigo.

A resposta do ASM viria dois minutos depois, em jogada de Caio Henrique pela esquerda, procurando por Embolo na área. Lukeba salvou no último momento e mandou para escanteio. Nesse mesmo escanteio, o mesmo Caio Henrique cobrou e encontrou a cabeça de Badiashile, que subiu sozinho – em falha de marcação de Thiago Mendes – para abrir o placar com certa facilidade no lance: 1 a 0!


Menos de dez minutos depois, o Monaco ampliaria o marcador. E de novo com lance de bola parada e passe de Caio Henrique. Dessa vez, em cobrança de falta. Enquanto o Lyon trocava Caqueret por Dembélé, o lateral brasileiro colocou bola na área e outro zagueiro monegasco apareceu para marcar. Dessa vez foi o chileno Maripán. Mais uma vez, em cochilo da defesa, que sequer deu trabalho ao marcador: 2 a 0!

O Monaco claramente conseguiu desenvolver melhor o jogo no segundo tempo. Abriu vantagem e quase fez o 3º em chute cruzado de Golovin aos 22’. Depois disso, mexeu duas vezes, ambas aparentemente por lesão. Tirou Maripán e depois Vanderson para as entradas de Malang Sarr e Rubén Aguilar. O Lyon, pouco tempo depois, também mexeria mais duas vezes, com Cherki e Reine-Adélaïde nos lugares de Thiago Mendes e Lepenant, abrindo mão do 4-3-3 e seguindo num 3-4-3, espelhando o ASM.


Aos trancos e barrancos, as mexidas acabaram melhorando o time. Defensivamente era um caos, mas lá na frente criou-se aquela qualidade técnica que não havia no começo do jogo. E assim o Lyon conseguiu diminuir o marcador. Tetê fez jogada pela direita e achou Cherki que deu sequência e mandou na área. Por lá estava Toko Ekambi na segunda trave. Ele recebeu a bola e bateu de primeira. Ela entrou rasteira, no canto esquerdo de Nübel: 2 a 1 aos 36’ da etapa final.

Faivre ainda entrou no lugar de Tolisso, enquanto Clément colocava um bonde de três atletas: Ben Yedder, Jakobs e Gélson Martins. E sacou Embolo, Golovin e Diatta. O OL até tentou com o que tinha, forçou muito nos últimos minutos. O árbitro Clément Turpin chegou a dar seis minutos de acréscimos, mas não foi o suficiente. De fato, depois das mexidas o Lyon era muito mais time em campo, mas Peter Bosz demorou para perceber o que precisava fazer e não deu tempo.


Agora o Lyon se ajeita para aquele que possivelmente será um dos jogos mais difíceis da temporada inteira: o fatídico confronto contra o Paris Saint-Germain. O duelo será no Groupama Stadium, casa do Lyon, no próximo domingo (18), às 15h45, horário de Brasília, encerrando a 8ª rodada da Ligue 1. Até lá!

FOTOS: asmonaco.com | ol.fr
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