Filipe Frossard Papini
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Apesar de tudo, o OL não jogou mal ofensivamente e criou inúmeras chances em um jogo muito bom para o espectador
O Lyon fechou a 3ª rodada da Ligue 1 neste domingo. Em campo, enfrentou o poderoso e pomposo PSG, que vem com time renovado e bastante remodelado em relação a temporada passada. Jogando em casa, o Lyon tinha como missão tentar conseguir sua primeira vitória até aqui na temporada. A dura sequência chegou com duas derrotas e um empate diante do Nice no jogo anterior. Portanto, além de ser um páreo duríssimo contra o sempre favorito time de Paris, ainda tinha essa questão e ter que dar uma resposta positiva ao torcedor que foi ao Groupama Stadium prestigiar.
Para tentar bater de frente diante do PSG, o técnico Laurent Blanc não surpreendeu muito na escalação, principalmente na questão da formação tática, e colocou o time em campo no 4-2-3-1. Lopes, que volta de uma concussão, começava como titular. Outra novidade era a presença de Caqueret mais avançado, jogando quase como um meia, enquanto Maitland-Niles era o preferido na volância. No ataque, existiam várias possiblidades, mas ele preferiu estrear Nuamah pelo lado direito e optar por Kadewere no ataque. O OL tinha para esse jogo os desfalques de Lovren e Lacazette. Veja como ficou escalado Lyon:
O PSG, por sua vez, tinha muito mais problema vindos do departamento médico. Mas, por dinheiro e muita qualidade do elenco, isso não era uma enorme dor de cabeça para o treinador Luis Enrique, que não tinha: Rico, Letellier, Mukiele, Nuno Mendes, Kimpembe, Lee e Kolo Muani. Note que até o centroavante recém contratado não estava disponível. O ex-jogador do Frankfurt tem um problema no tornozelo. Mas quem estava relacionado, porém no banco, era o atacante que “até ontem” era titular do Lyon, o Bradley Barcola. Na imagem abaixo, você vê quem foram os escolhidos pelo técnico Luis Enrique.
Como era de se esperar, o jogo começou a milhão. O PSG vinha pra cima com tudo e aos dois minutos de bola rolando, pressionou a saída de bola do Lyon, e Tolisso, dentro da sua própria área, dominou a bola e acabou sendo interceptado pelo volante Ugarte. Na passada, não deu outra. O jogador do OL acabou derrubando o uruguaio dentro da área e a arbitragem pegou pênalti. Mbappé foi pra bola e converteu, com Lopes ainda encostando na bola. 1 a 0!
O Lyon não parecia um time morto em campo e não se deixou abalar pelo resultado negativo bem cedo. O lado direito com Nuamah e Cherki parecia querer dar liga. Foi através deles que o OL conseguiu chegar pela primeira vez. Foi um chute de Cherki, que tentou bater cruzado, mas acabou acertando a rede pelo lado de fora, sem assustar muito o goleiro Donnarumma, mas já mostrando um pequeno lapso de reação ali no comecinho do jogo ainda.
Quando parecia que o Lyon queria começar a gostar do jogo, o Paris acionou Dembélé, que não tinha aparecido ainda no jogo. Ele precisou de apenas uma bola para criar uma chance que se transformou em gol. O atacante ex-Barcelona partiu da direita pro meio, tabelando com Hakimi, entrou na área e bateu cruzado. Lopes chegou a encostar nela de leve e o mesmo Hakimi, que já tinha entrado na área, pegou o rebote e marcou o 2 a 0!
Depois do segundo gol, o jogo pegou uma intensidade ainda maior. O Lyon não esmorecia e continuava atacando. Cherki realmente parecia ser a peça mais inspirada do ataque dos Gones, mas ainda era pouco para incomodar. Em um curto espaço de tempo, Donnarumma se viu forçado a fazer duas defesaças. Uma em um petardo de Cherki da entrada da área e uma outra de Tolisso recebendo bola cruzada e batendo no cantinho. O PSG respondeu com Hakimi de novo, depois de um contra-ataque de almanaque, que acertou o travessão.
Por mais que o OL se mostrasse relativamente bem no ataque, a coisa lá atrás não estava funcionando nada bem. E não foi à toa ou ao acaso que o Paris conseguiu chegar ao terceiro gol ainda aos 38’ de jogo. Tudo começou com uma troca de passes parisienses no meio de campo que parecia despretensiosa. Até que Ugarte achou Asensio no meio dos defensores do Lyon, recebeu em profundidade e só teve o trabalho de tocar na saída de Lopes: 3 a 0!
No finzinho da primeira etapa ainda deu tempo pra mais. O Lyon estava completamente vendido no seu campo de defesa. E Diomandé ainda resolveu sair jogando errado no último minuto do 1º tempo. A bola foi recuperada pelo PSG que ligou um rápido ataque com Asensio achando Mbappé na correria. E na correria com ele não tem como. Ficou somente ele no mano a mano com Clinton Mata e o francês se deu melhor. Tocou na saída do goleiro e ampliou: 4 a 0!
Para o segundo tempo, o Lyon veio com mudanças. Sim, no plural, apesar de substituições só ter sido uma. Entrou Mama Baldé no lugar de Tino Kadewere, mas o OL voltou para a etapa final no 5-3-2, com Maitland-Niles fazendo a lateral direita a Mata indo para a zaga, pelo lado direito, fazendo a trinca com Caleta-Car, mais centralizado e Diomandé, mais para a esquerda. Rapidamente o novo ataque se mostrou eficaz, mas Donnarumma parou Nuamah por duas vezes no comecinho da etapa final.
Se no primeiro tempo era Cherki o nome do Lyon quem conseguia quebrar algumas linhas, no segundo tempo ele parece ter desistido. Muito displicente, errava passes fáceis, ou tentava coisas impossíveis, era extremamente individualista e muitas vezes desistia de correr. Ainda assim, era um dos jogadores com mais técnica em campo e capaz de diminuir o mercador. Mas, claramente, precisava se entender melhor com os companheiros de ataque.
Perto dos 30’ do segundo tempo, o Lyon teve um lance de ataque que virou uma bagunça, com jogadores caindo na área, Donnarumma defendendo e mais uma chance de gol. O árbitro Eric Wattellier deixou passar. Quase um minuto depois, o VAR chamou e o árbitro foi até a cabine e acabou marcando o pênalti para o OL. Na cobrança, Tolisso foi pra bola e acabou cobrando com muita categoria e marcando para o Lyon: 4 a 1!
Logo após o gol, os dois times mexeram em excesso, foram praticamente três mudanças para cada lado. No PSG, entraram Fabian Ruiz, Barcola e Gonçalo Ramos para as saídas de Ugarte, Dembélé e Asensio. No Lyon, primeiramente entraram Jeffinho e Alvero nos lugares de Nuamah e Cherki. Poucos minutos depois, mais uma mexida. Blanc abriu mão de Tolisso e colocou em seu lugar Lepenant.
Depois de sofrer o gol e fazer as mexidas, o time do Paris Saint-Germain parece ter pisado no freio. Tocava a bola de forma mais despretensiosa, no campo de defesa, só vendo mesmo o cronometro passar e, claro, esperando aquela oportunidade para ligar um passe e pegar o cochilo da defesa do OL. E foi assim que aconteceu mais uma chance de perigo. Agora, com Barcola – vestindo a camisa do PSG. Ele recebeu em profundidade e tentou tirar de Lopes com uma cavadinha. Mas acabou errando o alvo.
A lição que ficou desse jogo é que o Lyon deveria ter entrado com mais parcimônia em termos defensivos. Se tivesse colocando o time no 5-3-2, como entrou no segundo tempo, a história contada do jogo poderia – e certamente seria – diferente. O time se comportou muito melhor no segundo tempo e não à toa venceu essa etapa por 1 a 0. Prevíamos essa formação aqui no pré-jogo (artigo anterior a esse). Parecia óbvio, mas não foi. E o OL pagou o preço caro por isso. E dormirá duas semanas, pelo menos, na lanterna.
O Lyon agora faz aquela pausa para a data FIFA e segue depois diante do recém promovido Le Havre, jogo marcado para o dia 17 de setembro, daqui dois domingos, às 15h45, no mesmo horário deste jogo de hoje. O confronto será no Groupama Stadium, portanto, o OL joga em casa novamente.
CAMPINHOS: L'Equipe
FOTOS: psg.fr | ol.fr
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