domingo, 20 de janeiro de 2019

Lyon vence o clássico de virada e com gol no último lance!

Filipe Frossard Papini
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Saint-Étienne foi melhor no primeiro tempo, chegou a abrir o placar, mas não conseguiu segura a vantagem. Perdeu o jogo no apagar das luzes




Clássico é sempre um jogaço, não é mesmo? E neste domingo, a bola rolou para o principal derby da França: Saint-Étienne x Lyon. Para muitos franceses, inclusive, este jogo rivaliza-se com PSG x Marseille como o embate mais importante do país. A única diferença é que ASSE x OL ainda tem o aspecto regional, devido a curta distância entre as cidades. Em campo, uma disputa que também colocava em cheque as posições dois times na tabela, uma vez que na rodada passada o St-Étinne conseguiu ultrapassar o OL na corrida pelo topo. Assim, os times entravam em campo em fases bem opostas. O Lyon com uma péssima sequência no calendário, quanto o ASSE mostrava uma boa evolução na temporada.

Em campo, o técnico Gasset tinha uma ótima vantagem ao seu favor. Algo que todos os técnicos sempre sonham: nenhum jogador suspenso ou mesmo no departamento médico. Isso significava que o ASSE vinha com força máxima para o clássico e jogando dentro de casa, com caldeirão fervendo. A única dúvida que pintou durante a semana foi se Mathieu Debuchy teria condições de jogo e ele acabou sendo liberado pelo departamento médico e físico, mas começou no banco no 3-5-2 dos Verts:




Pelo Lyon a situação com relação aos desfalques era um problema, mas nem tão grande assim. Génésio não tinha a disposição nomes que estão se recuperando de cirurgia, como Rafael e Gouiri. No mais, todos os demais jogadores do elenco estavam disponíveis. Mas a verdadeira mudança do OL em relação aos jogos anteriores não estava na escalação ou nos desfalques, mas sim na mudança tática. Já há algum tempo o time vinha jogando no 4-2-3-1. Génésio decidiu mudar para o clássico e acabou optando a retornar ao 4-2-3-1, formação que vinha jogando com ela no início da temporada. Veja só:




Com a formação tática diferente do que vinha usando recentemente, o Lyon se mostrava com uma postura um pouco mais ofensiva do que nos jogos anteriores. Isso possibilitou o time a fazer uma pressão legal nos primeiros minutos de jogo, até o ASSE começar a gostar do jogo também. Ainda assim, o primeiro time a fazer perigo foi o OL. Mendy lançou Memphis entrando na área. Ao invés de finalizar normal, tentou meter por cima e por um detalhe não enganou Ruffier, que buscou bem.

A resposta do time da casa veio quase que imediatamente. Primeiro, foi com Rémy Cabella, que pegou um chute bom de fora da área, com destino ao ângulo. Bem colocado, Lopes fez uma defesa sem sustos. Minutos depois, o ASSE chegou pelo lado direito com Monnet-Paquet. Ele conseguiu um bom cruzamento para dentro da área. O brasileiro Gabriel Silva apareceu fechando, mas acabou furando o voleio.

E foi o mesmo Gabriel Silva que foi o responsável direito pela abertura do placar. O lateral avançou com muita propriedade pelo lado esquerdo e conseguiu o espaço suficiente para fazer o cruzamento sem qualquer interceptação. Na área, estava Hamouma, que também não teve marcação no momento do cabeceamento. Resultado disso? Placar aberto aos 22’ de jogo, num apagão defensivo do OL. 1 a 0!

Depois de sofrer o gol, o time da casa deu uma recuada. Isso acabou dando mais espaços ao OL para tentar impor seu jogo. E realmente aconteceu. Mas faltava mais... bem mais. Tanto Cornet quanto Traoré tinham muitas dificuldades para afunilar o jogo e com Memphis Depay mais uma vez apagado, o time dependia muito de Fekir, que era o único jogador ofensivo que conseguia criar algo diferente. Mas não o suficiente.

Mesmo sabendo que tentar acionar Cornet ou Traoré mostrava-se ineficiente, o Lyon ainda insistia neste tipo de lance. Eventualmente, em algumas jogadas até que a bola chegava na área, mas faltava ali o homem gol, que definitivamente não pode ser Memphis Depay. Enquanto isso, o ASSE, em poucas oportunidades que tinha com a bola no pé, conseguia ser mais efetivo.

Antes mesmo do fim do jogo, o Saint-Étienne quase conseguiu dobrar o placar. Enquanto o Lyon não tinha qualquer ação ofensiva, os rivais tentavam aproveitar as poucas oportunidades que apareciam. E o lance foi protagonizado por Kévin Monnet-Paquet. Ele recebeu na esquerda, cortou para o meio passando por dois defensores. Na hora de finalizar, acabou batendo fraco e facilitou para Lopes.

Da mesma forma que o jogo começou, o segundo tempo também mostrava os mesmos sinais. O Lyon foi o primeiro a chegar – e quase, realmente, empatou o jogo com Fekir se não fosse mais uma ótima intervenção de Ruffier. Mas o ASSE não cochilava e devolvia na mesma moeda. Novamente com Khazri. O tunisiano fez um salseiro na defesa do Lyon e só parou quando Denayer cortou o passe.

Sem muitas perspectivas de mudar o cenário do jogo, Bruno Génésio mexeu aos 12’ da segunda etapa. Tirou Bertrand Traoré, que praticamente não foi acionado no jogo, e colocou Moussa Dembélé. Mas foi o ASSE quem quase marcou. Khazri apareceu bem novamente e, depois de uma jogadaça, conseguiu finalizar duas vezes para duas defesas monstruosas de Anthony Lopes.

Quando tudo parecia caminhar para um jogo bem controlado pelo ASSE, o Lyon conseguiu o empate. Em uma tentativa de finalização de Memphis Depay, a bola tocou na mão do zagueiro Loïc Perrin. O juiz Benoît Bastien nem precisou do VAR para apontar para a marca do pênalti. Na cobrança, quem foi pra bola? Nabil Fekir. Cobrou no lado oposto do goleiro e mandou no ângulo: 1 a 1! Empate no Geoffroy-Guichard.

O Saint-Étienne tinha de tudo para dominar o jogo, principalmente quando estava a frente do ataque. Mas assim como o OL, também tinha dificuldades para fazer aquilo que estava predestinado a fazer. Por isso, a pequena pressão que o Lyon exercia tornava-se perigosa para os donos da casa, que precisavam de mais um gol – já que o resultado de empate não era bom. Gasset mexeu então, colocando Diony no lugar de Hamouma, autor do gol.

Faltando menos de dez minutos, mais duas trocas: no Lyon, quem saia era Kenny Tete, amarelado, para a entrada de Leo Dubois. Pelo ASSE, foi Dioussé quem acabou entrando para a saída do apagado Selnaes. Ambas as trocas sem qualquer sentido tático, apenas com a intenção de reoxigenar o setor mesmo, principalmente no caso do Saint-Étienne, que começava a tomar uma pressão enorme no finzinho.

Já perto do fim, mais duas trocas. No Lyon foi Cornet por Terrier e no time da casa quem saiu foi o brasileiro Gabriel Silva para a entrada de Polomat. Ali já não havia mais tática. Era desespero das duas partes, chances perdidas por ambos os times. Bate-rebate na área e lances inacreditáveis, dignos de clássico. Mas no finzinho, foi Dembélé quem resolveu a peleja. Dubois aproveitou saída errada do Saint-Étienne, mandou o chuveirinho na área e o centroavante mandou para as redes no último lance do jogo: 2 a 1! Virada do OL no derby e fim de papo!

O OL agora dá uma pausa no Campeonato Francês e retorna todas as suas atenções em outra competição. É hora de focar na Copa da França e em seus 16 avos de final. O jogo será de partida única, contra o Amiens, no próximo dia 24 (quinta-feira), também às 18h do horário de verão de Brasília. A partida será fora de casa. Até lá!


FOTOS: Football365.fr / ol.fr
CAMPINHOS: Livescore


MELHORES MOMENTOS:

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