domingo, 15 de dezembro de 2019

Lyon joga mal, perde dois por lesão e acaba sucumbindo para o Rennes em casa

Filipe Frossard Papini
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O gol do jovem Camavinga saiu no último minuto de jogo. Memphis Depay e Reine-Adélaïde deixaram o campo por lesão nos ligamentos e não jogam mais nesta temporada




A semana do Lyon foi bastante tumultuada. Passou raspando, mas conseguiu sua vaga para as oitavas de final da Liga dos Campeões em um grupo bem embolado. Dependeu de combinação de resultados por causa do empate conquistado e ainda assim conseguiu a segunda vaga no Grupo G. Neste mesmo jogo, uma confusão tomou conta do noticiário do time desde então. Um torcedor invadiu o gramado com uma faixa contra o zagueiro Marcelo, o chamando de burro. Isso ganhou grande repercussão, muito pela óbvia reação negativa dos jogadores. Hoje, no reencontro com a torcida, havia tensão por causa desse episódio. Enquanto isso, o Lyon precisava vencer o Rennes para continuar tentando entrar no G4.

Muitos se surpreenderam pelo fato de Rudi Garcia ter relacionado o zagueiro brasileiro, mas ele acabou começando no banco de reservas. No time principal, poucas novidades. Com as lesões de Dubois, Koné e Marçal, Rafael foi mesmo o escolhido para jogar improvisado na esquerda, com Tete do outro lado. Caqueret, jovem da base, ganhava mais uma chance entre os titulares. Contestados, Traoré, Cornet e Terrier começavam no banco. OL jogava em uma formação 4-4-2 sem a bola e 4-2-3-1 com a bola. Veja o time inicial:




O Rennes também tinha uma variação tática com e sem bola. Com a bola, jogava numa espécie de 4-2-3-1 e sem a bola também o 4-4-2. Clément Grenier, ex-jogador do OL, era o grande coringa no meio de campo para fazer essa transição ofensiva e defensiva. Outro ex-OL que estava em campo era Jérémy Morel, que começava no miolo de zaga. No banco, também outro conhecido da torcida dos Gones, Romain Del Castillo. O time visitante tinha como desfalques para hoje o zagueiro Gelin e os volantes Johansson e Jonas Martin. Observe como ficou escalado:




Antes da bola rolar, o Groupama Stadium, que esperava vaias e protestos contra o jogador Marcelo, na verdade entrou em festa em homenagem a Bernard Lacombe. O ilustre nome é ex-jogador do Lyon (4º maior artilheiro da história do clube), foi treinador, diretor e atualmente exercia o papel de consultor do presidente. Se aposentou com direito a todas as homenagens possíveis e merecidas no pré-jogo.

Já com bola rolando, os times pareciam se estudar nos primeiros minutos de jogo. Não conseguiam chegar com muito perigo. Haviam dificuldades de lado a lado e o único jogador que conseguia criar algo de diferente era o brasileiro Raphinha, o Rennes, que tentava aprontar um salseiro do lado direito do ataque do time visitante, aproveitando também a improvisação do Rafael.

Percebendo que a mina de ouro estava por ali, Rudi Garcia rapidamente mexeu e inverteu os laterais. Rafael agora jogava pela direita e Tete pela esquerda. Por ter mais poder de marcação, o holandês poderia ajudar mais nas ofensivas de Raphinha e foi isso que aconteceu. Depois da sutil inversão de atletas, o OL se consolidou mais defensivamente, mas ainda tinha muitas dificuldades para agredir.

A primeira grande oportunidade só aconteceu aos 27’ de jogo. Houssem Aouar recebeu a bola um pouco a frente do meio de campo e dali partiu com ela em diante. Em jogada individual, ele foi cortando e ganhando espaços até conseguir um chute de fora da área que levou perigo ao goleiro Mendy, que ainda assim buscou. O Rennes respondeu três minutos depois em cobrança de falta de Bourigeud, que forçou Lopes a se esticar todo para buscar.

Quando o OL começava a querer gostar do jogo, sofreu um duro golpe. Jeff Reine-Adélaïde precisou deixar o campo sentido muitas dores na perna direita. Sendo assim, ainda com 35’ do primeiro tempo, Rudi Garcia precisou fazer sua primeira alteração e colocou em campo Bertrand Traoré. Uma troca que fazia o time ganhar em velocidade, mas perdia bastante na parte técnica.

Até o intervalo, o Lyon tentava impor seu ritmo de jogo e fazer valer sua vantagem como mandante. O Rennes, por sua vez, sabia exatamente do que precisava e jogava pelo erro da saída de bola dos Gones. Memphis Depay pouco funcionou na primeira metade e Aouar parecia jogar sozinho. Dembélé, mais uma vez, vinha fazendo uma partida bem apagada em meio ao miolo de zaga adversária.

Se o finalzinho do primeiro tempo já trouxe problemas ao OL em relação a substituição de Reine-Adélaïde, o segundo então trouxe mais um: Memphis Depay também precisou ser substituído. E deu lugar a Martin Terrier. O holandês provavelmente também sentiu alguma coisa, uma vez que foi caçado durante toda a primeira etapa e precisou de atendimento médico em alguns momentos.

Mesmo com a perda de qualidade no setor ofensivo devido às mudanças, o Lyon conseguia se comportar ligeiramente melhor na segunda etapa. Havia troca de passes e um avanço considerável principalmente pelo lado direito do ataque, quando Rafael apoiava Traoré e algumas coisas eram construídas pelo setor. Contudo, ainda faltava finalizações. Lucas Tousart conseguiu uma aos 19’ da segunda etapa, mas sem dar perigo a Mendy.

Aos 24’ do segundo tempo, o jogo precisou ser paralisado após um choque de cabeça entre Rafael e Maouassa. O jogador do Rennes acabou ficando na pior e precisou sair de campo imobilizado e de maca. Por isso, os visitantes acabaram mexendo no time. E foram duas trocas ao mesmo tempo. Além de Maouassa por Gnagnon, Grenier também deixou o gramado para a entrada do centroavante Hunou.

Depois das mexidas, o jogo acabou dando uma esfriada. Muitas paralisações foram acontecendo por faltas. O jogo se tumultuava demais no meio de campo e ambos os times tinham enormes dificuldades de criar ou mesmo de colocar a bola ao chão e trocar meia dúzia de passes. A imposição física e os passes forçados acabaram dando a tônica para o restante da partida, o que tornava a partida muito ruim de se acompanhar.

Com o jogo já se encaminhando para o fim, aparentemente o Rennes parecia contente com o empate, mas o time prostrado não significava time morto. Aos 36’ do segundo tempo, quase abriram o placar depois de uma boa jogada pelo lado direito e um cruzamento rasteiro. A bola passou por todo mundo, inclusive por Lopes. Na conclusão, Niang apareceu para finalizar e Rafael apareceu na hora para prensar o chute e evitar o gol. Imediatamente após o lance, Del Castillo substituiu o centroavante do Rennes.

O Lyon até conseguiu responder imediatamente com um chutaço de Caqueret e um rebote de Traoré, bem evitados por Mendy na sequêcia. Mas foi o Rennes quem daria a cartada final. Aos 89’ de jogo, Del Castillo passeou como quis pela defesa do OL e achou Camavinga livre. O jovem volante passou como quis por Andersen e marcou na saída de Lopes, no último minuto! Claro que Rudi Garcia tentou mexer, colocando Cornet no lugar de Rafael, mas já não havia tempo.

O próximo confronto do Lyon agora é pela Copa da Liga. Vai estrear na competição nesta temporada já nas oitavas de final. Enfrentará o Toulouse, em casa, na próxima quarta-feira (18), às 14h45 do horário de Brasília. É jogo de partida única. Isso significa que é um jogo que pode ir para os pênaltis em caso de empate. Até lá!

FOTOS: ol.fr | Redpodução/Twitter: @ecama10 | staderrenais.com
CAMPINHOS: L'Equipe


MELHORES MOMENTOS:
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