domingo, 28 de fevereiro de 2021

Paquetá é expulso injustamente e Lyon fica só no empate contra o Marseille em crise

Filipe Frossard Papini
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Brasileiro recebeu um amarelo por um pênalti não existente e depois recebeu o vermelho em lance faltoso na etapa final. OM cresceu no jogo, mas faltou muito para ser superior, mesmo com um a mais desde os 25 do segundo tempo




Domingão de clássico encerrando a 27ª rodada do Campeonato Francês. Chamado de Choc des Olympiques, ou somente Olympico, o confronto entre Olympique de Marseille e Olympique de Lyon é sempre um duelo à parte quando a gente fala de futebol francês. O jogo sempre é encarado com doses cavalares de rivalidade e dessa vez não poderia ser diferente. Apesar das situações distintas dos dois times, o jogo prometia uma grande disputa dentro de campo. De um lado um OL lutando pelo título e pela liderança, visitava um Marseille tentando fugir da crise, com trocas no comando técnico e no alto escalão mandatório.

Para tentar bater de frente com o Lyon, o interino Nasser Larguet não se abdicou do que tinha de melhor no seu elenco. Mesmo com os desfalques dos suspensos Sakai, Rongier e Benedetto, além da lesão de Amavi, o OM tem um elenco dos melhores do Campeonato Francês e entrou num 4-2-3-1 recheado de bons jogadores de todos os lados. Destaque para a manutenção de Khaoui na beirada de ataque e dos retornos de Thauvin e Milik, além de Rocchia, que ficava no banco. Assim ficou escalado o Marseille para o clássico:


Visitando o OM e com a missão de vencer o jogo, ainda mais depois do empate do Lille na rodada, podendo diminuir a distância para somente um ponto em caso de vitória, o OL tinha todo o seu elenco disponível para o técnico Rudi Garcia. Era mais uma vez que o comandante dos Gones tinha carta branca e todo mundo disponível para ele escalar quem quisesse. Destaque para o retorno do zagueiro Marcelo, que vinha com uma lesão na panturrilha esquerda, ausente dos últimos jogos e já iniciando o clássico como titular. Veja como ficou a formação do OL:


No comecinho do jogo, o Marseille encontrava enormes problemas para fazer o seu jogo. Via o Lyon esmagando no campo de ataque, mas a defesa bem postada conseguia segurar eventuais lances de perigo. Mas se Larguet tinha a intenção de jogar de igual pra igual, ele se enganou. O domínio de jogo era todo dos Gones e parecia o confronto de um time muito superior contra outro que só se defendia.

A primeira chegada do OM no jogo foi aos 19’ de bola rolando, com Thauvin pela direita. Em jogada de velocidade, ele foi até o fundo e fez o cruzamento pra área. Um bom cruzamento. Mas ninguém apareceu para completar. Milik, que era o mais próximo do lance, estava bem atrás dos dois zagueiros do OL que não tiveram problemas na marcação. E isso parecia o melhor que o Marseille tinha pro jogo.


Mas não demorou mesmo para que o Lyon demonstrasse a sua superioridade de forma fatal. As redes de Mandanda foram balançadas aos 21’, em jogada lindíssima do ataque do Lyon. Paquetá recebeu na direita sozinho. Ele seguiu avançando e fez um passe em direção ao centro da área. Aouar estava ali e fez o corta-luz para que Toko Ekambi recebesse com liberdade na esquerda. O camaronês só colocou para as redes, abrindo o placar: 1 a 0! 

Depois do gol, o Marseille parece ter se assustado e começou a esboçar uma reação. Mas era uma reação, digamos, estabanada. Sem qualquer organização. Era praticamente lançar a bola para Thauvin para que ele resolvesse sozinho e quase sempre no lado direito do ataque. E ele até conseguia algumas bolas ou outras que terminavam quase sempre em bolas alçadas na área ou mesmo bolas paradas, como um escanteio, por exemplo. Mas faltava mais.


Enquanto isso, o Lyon praticamente teve a segunda oportunidade mais clara de gol do jogo, quando Cornet achou um belíssimo cruzamento da esquerda, com nojo no passe e descobriu Memphis Depay na área. O holandês conseguiu subir sem que ninguém da marcação o acompanhasse e conseguiu cabecear a bola com muito efeito, saindo pela linha de fundo, mas levando bastante perigo.

Já no finzinho do primeiro tempo, após lance de escanteio gerou o gol do OM. Na cobrança da bola parada, o rebote ficou com Gueye, que finalizou em direção ao gol e acertou o corpo e depois a mão de Paquetá dentro da área. A arbitragem marcou pênalti. Na cobrança, o polonês Milik, aniversariante do dia, cobrou de um lado, deslocando Lopes, marcando o 1 a 1 no placar!


Na volta do intervalo, os times retornaram com muito mais tranquilidade em relação ao primeiro tempo. Já não parecia aquela coisa de outrora, onde somente um lado atacava. O Marseille conseguia equilibrar as ações do jogo e definitivamente colocava equilíbrio na partida. Mas a válvula de escape era sempre pelo lado direito mesmo com Thauvin. Ele sempre era acionado, vez sim e outra também.

Logo no comecinho da etapa final, duas chances, com uma de cada lado. Primeiro, aos 11’, Memphis Depay recebeu bola na entrada da área e tinha um clarão a frente. Decidiu bater dali mesmo e quase pôs o OL na frente de novo. Tirou raspa da trave. Na resposta do OM, o ataque foi no minuto seguinte, com jogada pelo lado direito do ataque que, ao atravessar o campo, chegou a Khaoui pela esquerda, que bateu com efeito, mas na rede pelo lado de fora.


A primeira mexida do OL foi com Cherki no lugar de Toko Ekambi, autor do gol. Mas Rudi Garcia logo precisou fazer mais duas trocas, já que Lucas Paquetá acabou vendo o segundo amarelo (o primeiro pelo pênalti e o segundo por falta em Payet). A partir dali, entraram Bruno Guimarães e De Sciglio, nos lugares de Aouar e Cornet. O Marseille fez sua primeira troca logo depois do cartão vermelho do brasileiro, colocando Cuisance para a saída de Khaoui.

Após a expulsão, o jogo virava completamente. O Marseille, agora, além de fazer valer sua posição de mandante do jogo, também fazia valer sua superioridade numérica. Mas ainda assim tinha bastante dificuldade de converter isso em chances reais de gol. Parecia, inclusive, até meio conformado com o empate, mesmo com as circunstâncias do jogo, apesar de parecer ter tudo sob controle.


Mas só parecia mesmo. Afinal de contas, o OL chegou a balançar a rede mais uma vez, em lance milimétrico de impedimento de Memphis Depay, que recebeu em posição de impedimento antes de marcar o segundo, bem anulado pela arbitragem. Já no finalzinho, Rudi Garcia colocou mais dois em campo, queimando suas duas últimas mexidas. Entraram Diomandé e Slimani para as saídas de Dubois e Kadewere, respectivamente.

Por fim, nem mesmo os quatro minutos de acréscimos foram o suficiente para alterar mais nada no jogo. Nem para o OM apertar e conseguir mais um gol e virar o jogo. E nem o OL conseguiu criar alguma coisa de forma surpreendente. Memphis Depay até tentou, mas o máximo que ele conseguiu foi arranjar alguma treta com Álvaro González. Um empate com gosto amargo, mas “ok” pelo contexto da partida.


O próximo encontro do Lyon com os gramados será já nessa próxima quarta-feira (03/03), em rodada cheia da Ligue 1 com todos os jogos no mesmo dia. Jogo bem importante dos Gones contra o Rennes, time perigoso e que foi um dos melhores da Ligue 1 na temporada passada. O confronto é válido pela 28ª rodada do Francês e também será às 17h. Até lá!

FOTOS: ol.fr | om.fr
CAMPINHOS: Canal +


OS GOLS DA PARTIDA:
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