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Ludovic Ajorque apareceu duas vezes aos 24 e 25 minutos do segundo tempo para arrancar uma vitória que parecia já nas mãos do OL
Não tem como esconder! O Lyon já está pensando no seu jogo contra o Barcelona no meio da próxima semana. Mas, antes disso, um adversário bem complicado pela frente. Enfrentaria, abrindo os jogos do sábado pela Ligue 1, o Strasbourg, na Alsácia, pela 28ª rodada da competição. Liga dos Campeões a parte, o OL também precisa se resolver no torneio nacional e, por isso, não poderia perder o foco, mesmo estando com a cabeça em outro lugar. Este, talvez, fosse o maior desfio do dia, além é claro, do time muito forte e competitivo montado pelo bom treinador Thierry Laurey.
Laurey, inclusive, que optou por ser cauteloso. Entrou em campo com um conservador 5-3-2. A formação, no entanto, apesar de soar como defensiva, poderia dar liberdade absoluta aos laterais Caci e Lala. Este último, inclusive, já vem se destacando com suas jogadas ofensivas e tem se mostrado um dos melhores passadores da Ligue 1. Além deles, é claro, o ataque do Strasbourg era bem forte, composto pela dupla Nuno da Costa – que já havia se provado ser carrasco do OL anteriormente - e Ajorque. Além deles, havia o bom sul-africano Mothiba no banco. De desfalques, Laurey tinha Simakan, Grimm, Martin, Zemzemi, Grandsir e Saadi. Veja como ficou:
O Lyon também ousou. Bruno Génésio decidiu, finalmente, poupar a maioria do time principal e foi a campo com um time misto, mesmo sem dar qualquer pista sobre isso no meio de semana. Nomes como Dubois, Ndombele, Fekir, Memphis Depay e Traoré começavam a partida no banco de reservas, acompanhados de Rafael e o goleiro Gorgelin. Em campo, Tete, Diop, Cornet e Terrier acabaram ganhando novas oportunidades para começarem jogando. Quem retorna também é Aouar, que havia ficado no banco nas partidas mais recentes. Dentre os desfalques de Génésio, nenhuma surpresa além de Morel e Gouiri, que já estavam ausentes nos jogos anteriores também. Olha aí como ficou o esquema no 4-3-3:
Quando a bola começou a rola no Stade de La Meinau, não deu tempo nem de respirar. O Lyon já abriu o placar logo cedinho, aos três minutos de bola rolando. Mas tudo isso aconteceu não por muita competência do OL, mas por falha na saída de bola do time da casa. Lamine Koné tentou sair jogando pra trás e entregou de graça para Terrier. No chute, Sels salvou. No rebote, Cornet pegou mascado. Na terceira tentativa, Dembélé conferiu. 1 a 0 e banho de água fria na empolgada torcida presente.
Após sofrer o gol, o time do Strasbourg não esmoreceu. Muito pelo contrário. Entendeu que o Lyon recuaria seu time um pouco e iria querer aproveitar esse momento. Começou a criar ofensividade principalmente pelo lado esquerdo do campo, com as subidas de Caci, acionando Nuno da Costa ou Ajorque. Apesar de estar a frente do placar, o OL se recuava de uma forma até mesmo perigosa, que deixava o adversário crescer.
Aos 15’ uma péssima notícia para o Lyon. Após cortar uma bola, o zagueiro Marcelo sentiu fortes dores na coxa e precisou deixar o campo. Dubois acabou entrando no seu lugar e deslocando Tete para a zaga. Preocupação muito grande para o jogo contra o Barcelona na Liga dos Campeões. Mas, pelo menos no campo, isso não abalou o time. Logo após a alteração, Diop quase dobrou o placar em boa defesa de Sels.
Com a alteração forçada, o Lyon acabou sendo beneficiado da troca. Dubois acabou ficando bem recuado e ajudando Tete pelo lado direito do campo. Acabou fechando a principal via que o RCSA tinha para chegar ao ataque. Desta forma o jogo se equilibrava. Bom para o Lyon, que agora tinha mais tranquilidade para aplicar seu jogo e péssimo para o público que assistia, já que o jogo voltava a se concentrar muito no meio campo e com poucas oportunidades de lado a lado.
Antes mesmo de acabar a primeira etapa, os dois times criaram boas chances de lado a lado. O Lyon veio com um chute de Mendy na esquerda que forço Sels a fazer boa defesa. E logo depois também apareceu com outro chute potente, desta vez de Cornet. Ele saiu da direita para achar um bom chute no meio, pela entrada da área. Outra vez Sels interviu. Como resposta, Nuno da Costa aproveito uma bola cruzada e quase fez de bicicleta. Tete tirou de cabeça imediatamente após o chute, que tinha destino.
Digamos que o gol precoce foi extremamente benéfico ao Lyon. O time misto que foi a campo hoje apresentava pouco poder de fogo. Dependia muito das jogadas individuais de seus homens de frente e isso apareceu poucas vezes. A falha de Koné foi a melhor assistência que o time encontrou ao longo de todo os primeiros 45’ e se não fosse isso, a primeira etapa seria claudicante.
Se Koné foi “o cara” do Lyon no primeiro tempo, acabou sendo também no segundo. Foi através dele que surgiu o segundo gol do OL e também no comecinho da etapa. Ele tomou uma caneta de Aouar, já dentro da área, pelo lado esquerdo, e acabou derrubando o meia do Lyon. Pênalti imediatamente marcado pelo árbitro Jérôme Miguelgorry. Na cobrança, Dembélé marcou o segundo dele e o segundo do Lyon no jogo: 2 a 0!
Diferentemente da etapa inicial, nesta o OL não recuou. Inclusive, quase marcou o terceiro na sequência, quando Terrier achou um corredor livre pela esquerda, avançando de trás da linha do meio de campo até a área para forçar outra boa defesa de Sels. Enquanto isso, o time da casa ficava nervoso a ponto de acontecer um lance de quase vias de fato entre Nuno da Costa e Mendy, deixando a arbitragem confusa, que acabou não marcando nada para as vaias do torcedor, que queria a expulsão do lateral do OL.
Logo após a treta, Nuno da Costa deixou o campo e deu lugar ao bom Lebo Mothiba. E acabou que não demorou muito para o gol do time da casa sair. Em lance de roubada de bola no meio de campo, Caci foi acionado pela esquerda, cruzou na área e Thomasson, sozinho apareceu para completar de cabeça. Ainda deu tempo da bola desviar em Ajorque. Em um lance fortuito e que nem parecia levar perigo. A bola entrou com cuidado: 2 a 1!
E não demorou nem mesmo um minuto para acontecer o empate. Em um apagão geral do OL, Diop saiu jogando errado no meio de campo e entregou de bandeja para o adversário. Ajorque se deslocava pela esquerda quando foi acionado e completou finalizando com força e com raiva: 2 a 2 para explodir de emoção o estádio. Depois do empate, Laurey mexeu, tirando o próprio Ajorque para colocar Zohi. O OL também mexia na seqência, com Fekir no lugar de Diop.
Os dois gols relâmpagos deram um susto no Lyon. A torcida inflamada ajudou também a empurrar o time da casa que estava bastante disposto a achar o terceiro gol. Oportunidades foram criadas, mas logo perderam o ímpeto. Bruno Génésio, inquieto na beira no gramado, mexeu pela última vez, colocando Traoré no lugar de Cornet. Já pertinho do fim, Laurey também fez a troca final, com Thomasson cedendo espaço para Anthony Gonçalves.
No finzinho, o OL ainda teve oportunidades de criar jogadas ofensivas. Fekir entrou disposto, assim como Traoré. Mas faltava mesmo era tempo. A ansiedade em querer fazer um gol antes dos acréscimos terminar era grande e isso dificultava jogadas com mais zelo. Por fim, acabou ficando nisso mesmo: um empate fora de casa com gostinho de derrota. Faltou atenção. Faltou paciência. Faltou estratégia. Faltou foco. Faltou experiência.
Agora é força total para o jogo mais importante dos últimos tempos para o Lyon. O time vai até a Catalunha enfrentar o Barcelona pela partida de volta das oitavas de final da UEFA Champions League. Basta um empate com gols para o Lyon levar a vaga. Qualquer vitória, óbvio, também dá essa condição. O duelo será na quarta-feira (13), às 17h. Até lá
CAMPINHOS: L'Equipe
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