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Na coletiva pré-jogo, Bruno Génésio assumiu que o time já
está pensando no duelo pela Champions que será daqui a uma semana e meia. No
jogo que supostamente o time não teria foco, aplicou um 5 a 1, fora o baile
A temporada já se encaminha para sua reta final e o Lyon
ainda tem dificuldades para encontrar uma regularidade em seus placares.
Consegue vencer equipes fortes do cenário mundial, como City, PSG, empata
contra o Barcelona, mas sofre diante de times como Reims e Strasbourg, Nantes e
Caen. Hoje era uma prova de fogo para mostrar talvez um suspiro de alguma
virada de jogo nessa questão da regularidade. Perdeu para o Monaco na rodada
passada, venceu o Caen pela Copa da França no meio de semana... e neste
domingo? Como seria?
Para tentar construir um caminho de sequências de vitórias,
Bruno Génésio mandou força máxima para este confronto, mesmo tendo um duelo
contra o Barcelona em menos de 10 dias. A ótima notícia para o torcedor do Lyon
é a volta de Nabil Fekir, que não participou das últimas três partidas da equipe
e retornava hoje, já como titular. Outro que estava disponível era o brasileiro
Rafael, depois de três meses praticamente sem jogar. Ele começava no banco. Banco
também, e como surpresa, ficava Houssem Aouar. Génésio preferiu iniciar o jogo
com Lucas Tousart no meio de campo. Veja como ficou:
Já Alain Casanova decidiu encarar o Lyon com uma formação,
de certa forma, até um pouco mais ousada. Foi pra cima com um 4-3-3 montado,
com muito poder de marcação na primeira linha de três e contando fortemente com
a qualidade ofensiva principalmente de Max Gradel, hoje jogando pelo lado
esquerdo do ataque. O Toulouse também tinha desfalques para este jogo. Além do jovem
meia El-Mojeddem, também estava ausente o lateral da Seleção Suíça, François
Moubandje, que está em fase final de recuperação em uma lesão um pouco mais
complicada no joelho. Na imagem abaixo, você consegue ver como ficou escalado o
TFC:
Com o Groupama Stadium fazendo barulho, foi o Lyon quem começou
assustando logo aos quatro minutos de jogo. Uma bola alçada na área, quase como
um chuveirinho, alcançou Marcelo no segundo pau. Ele até conseguiu concluir,
mas mandou pela rede do lado de fora. Quatro minutos depois, o Toulouse
respondia com uma falha bisonha de Mendy, que tentou sair jogando de calcanhar
e entregou pro adversário na quina da área. Amian tentou cruzar e não achou ninguém.
Apesar do susto, era o Lyon quem queria e buscava o jogo. E
não à toa, abriu o placar até cedo demais. Aos dez minutos, Fekir fez boa
jogada pela direita, levantou na área e Dembélé não alcançou. A bola sobrou do
lado esquerdo com Memphis Depay. Ele partiu pra cima da marcação, sambou pra
cima do adversário, fez com que fosse bater de canhota e mandou um foguete de
direita. A bola tocou em Reynet, bateu na trave e entrou. Um belíssimo gol para
abrir o placar: 1 a 0!
Com 15’ de bola rolando, o Toulouse só havia chegado uma
vez, quando Mendy errou feio lá atrás. Na segunda vez, foi a mesma coisa. Mas
nesta, o gol apareceu. Sylla ganhou a bola pela esquerda, teve tempo e espaço
para pensar e acionou Dossevi no outro lado do campo. Com uma facilidade
tremenda, ele ganhou a disputa com Mendy, entrou na área, e só teve o trabalho
de tocar pro fundo das redes na saída de Lopes: 1 a 1!
O Toulouse, depois de conseguir o empate, parecia querer gostar
mais do jogo. Chegou a pressionar o Lyon no seu campo de defesa durante alguns
minutos e parecia querer propor mais as ações no meio de campo. Mas o OL
precisou de uma bola apenas para conseguir ficar na frente novamente. Tudo
começou do lado direito, com Dubois. Ele deixou para Traoré que viu Dembélé se
movimentando na área. No cruzamento, a bola acabou não tocando em ninguém e entrou
mesmo assim. Com isso, gol de Traoré e 2 a 1 no placar!
Poucos minutos depois, o OL ficaria ainda mais em vantagem.
Fekir fez uma belíssima jogada para entrar na área pelo lado direito, com
direito a chapéu e tudo mais. Quando parecia já quase querer entrar dentro da
pequena área, recebeu um carrinho por trás de Cahuzac. A arbitragem não
titubeou em marcar a penalidade. O mesmo Fekir foi para a bola e carimbou o
placar ampliado: 3 a 1!
Naquela altura do jogo, já perto do intervalo, o Lyon tinha
entendido que o melhor caminho para se chegar no gol do adversário, definitivamente
eram pelos lados do campo. Principalmente pelo lado direito de ataque. E o time
começou a forçar jogadas pelas beiradas justamente para tentar achar Dembélé na
frente. E funcionava. O OL ficou perto de marcar mais dois ou três gols em
ações assim.
Já na segunda etapa, o jogo começou bem mais morno se
comparado a aquela intensidade maluca do primeiro tempo. O Toulouse, que
precisava do resultado, não conseguia nem chegar perto da área do Lyon. Por
isso, Casanova mexeu rapidamente no seu time. Trocou um centroavante por outro.
Yaya Sanogo, portanto, entrava em campo para atuar no lugar de Corentin Jean,
que pouco fez no jogo.
Antes dos 20’ da etapa final, o TFC mexeria pela segunda vez,
com Durmaz em campo para a saída de Sidibé. Mais uma troca protocolar do
técnico Alain Casanova e que pouco efeito trazia ao time dentro de campo. Pelo
Lyon, a tarde inspirada de Memphis Depay era o que o movia o time a tentar mais
gols. Mas também havia um pezinho no freio para segurar o resultado, uma vez
que até mesmo Bruno Génésio tinha dito no meio da semana que o time já estava
pensando no Barça.
Enquanto o Lyon pensava na Liga dos Campeões, não se sabia
em quem o Toulouse pensava. Mas não parecia ser em nada dentro do campo do Groupama
Stadium. O OL fazia o que queria por ali e a defesa dos visitantes era uma bagunça
total. O quarto gol do Lyon foi a prova disso. Ndombele achou Dembélé na
intermediária. Ele recebeu e saiu em velocidade. Passou como quis por Shoji,
entrou na área e tocou na saída de Reynet. 4 a 1 com facilidade!
E, olha: cabia mais! Lembra quando dissemos que, no primeiro
tempo, o pote de ouro estava pelos lados do campo? Foi assim que apareceu o 5º.
Ndombele achou Fekir abrindo pela esquerda. O capitão recebeu, nem dominou a bola, e fez tudo ficar simples. Só fez a assistência para o meio da área e
quem apareceu? Dembélé de novo, para fazer o segundo dele na partida: 5 a 1!
Depois do gol, Rafael reapareceu no time. Entrou improvisado na esquerda, no
lugar de Mendy.
Já quase faltando dez minutos para o fim do jogo, Traoré
marcaria um gol de placa, ao avançar como quis pelo lado direito e marcar com
um chute cruzado. Mas a arbitragem pegou impedimento pelo VAR. O mais curioso
deste lance, é que o OL já havia até mesmo feito uma substituição, com Dembélé dando
lugar para Yassin Fekir. Demoraram bastante para tirar a validação do gol. Ao
menos, foi uma decisão correta. Ele, realmente, estava a frente.
Antes do apito final, o Lyon teve algumas claras
oportunidades para ampliar ainda mais a goleada. Principalmente depois da
expulsão de Yannick Cahuzac. O volante fez uma falta por trás em Traoré. Como
já tinha o amarelo, foi para o chuveiro mais cedo e reclamando de forma
contundente, mesmo não tendo razão. O OL até colocou Terrier no finalzinho, mas
não conseguiu marcar mais, mesmo tentando e criando bastante.
O Lyon agora faz seu último jogo antes de enfrentar o jogo
de volta, contra o Barcelona, pela Liga dos Campeões. Vai encarar o Strasbourg,
no próximo sábado (9), às 13h do horário de Brasília. O jogo está marcado para
ser no Stade de la Meinau, válido pela 28ª rodada do Campeonato Francês.
Contudo, o OL ainda luta para que haja um adiamento deste jogo, querendo se
preparar com foco total para o Barça. Até o fim deste artigo, o jogo permanecia
mantido.
CAMPINHOS: L'Equipe
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