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Time da casa só havia vencido uma partida na temporada e fez um segundo tempo inteiro querendo buscar o placar. Conseguiu nos acréscimos do segundo tempo
Respostas! Era isso que o torcedor do Lyon vem buscando até o presente momento do Campeonato Francês. O time entrava em campo hoje pela 5ª rodada do Campeonato Francês e ainda procurando uma certa regularidade que não aparece. Começou amassando, vencendo (e muito bem) as duas primeiras partidas e depois sofreu nos dois jogos seguintes. A Champions League está batendo na porta e ainda não é possível ver uma identidade desse novo elenco comandando por Sylvinho. Diante do Amiens era a chance de tentar desenhar um caminho.Se a situação era desse nível para o Lyon, os torcedores do Amiens tinham mais preocupações. O time só venceu uma partida na competição agora e precisava dessa vitória para dar mais ânimo no decorrer da sequência do torneio. Luka Elsner, treinador do time alvinegro, montou seu time no 4-4-2, depositando confianças no seus homens de frente, como Kakuta e Guiarassy. Sem contar com Gouano, Dibassy, Akolo, Mendoza e Ghoddos, num misto de lesões e suspensões, o técnico esloveno também podia contar com dois ex-Lyon para tentar a lei do ex: Jallet, que aparecia de titular e Bodmer, no banco. Veja como ficou:
O Lyon vinha com pequenas mudanças em relação aos últimos jogos. Sem Koné e Thiago Mendes suspensos, além do machucado Denayer, Sylvinho decidiu entrar com Dubois na esquerda jogando improvisado com a faixa de capitão. Tete pegou a vaga na direita. Na zaga, naturalmente Marcelo acabou ficando com a posição. No meio de campo, a ausência do brasileiro Mendes deu vaga a Tousart. E uma mudança inesperada fez com que Memphis Depay ficasse no banco e Terrier apareceu nos 11 inicias. Provavelmente o holandês não estava 100% depois da data Fifa. Olha o time que entrou em campo:
O Stade de La Licorne estava bem cheio para receber um jogo em plena sexta-feira. Torcida fazendo muita festa e na expectativa de tentar surpreender o OL. E foi exatamente isso que aconteceu bem logo aos seis minutos de bola rolando. Uma falta mais em ângulo lateral forçou Jallet a cruzar a bola em direção a área. Andersen tentou cortar, não conseguiu chegar e a bola acabou por entrar assim mesmo, sem tocar em ninguém. Dito e feito: lei do ex! 1 a 0!
Não deu nem mesmo tempo para o Lyon sentir o golpe. O gol de empate veio praticamente na sequência da saída de bola. Tudo começou com uma jogada mágica da nova contratação Jeff Reine-Adélaïde. Ele usou muita técnica para se desvencilhar da defesa e achar uma assistência mágica para Moussa Dembélé aparecer completando pro gol, sem dar qualquer chance para o goleiro. Empate decretado: 1 a 1.
O que aconteceu nos minutos seguintes foi um Lyon reagindo muito bem ao gol que tomou logo cedo. Não só devolveu com outro gol como também conseguia arranjar forças para buscar a virada. O lado esquerdo funcionava muito bem, mesmo com Dubois jogando improvisado no setor. Terrier, por exemplo, teve duas oportunidades seguidas para marcar e não conseguiu por falta de capricho na finalização. Aouar também teve a sua, também sem êxito.
Só que de tanto tentar do lado esquerdo, a principal jogada para aparecer a virada no placar aconteceu do lado direito do ataque. Bertrand Traoré, que estava bastante apagado na partida conseguiu criar oportunidade para que, mais uma vez, o oportunismo de Moussa Dembélé fizesse valer na boca da área. O centroavante ganhou da defesa num toque muito estranho, mas que conseguiu ainda assim empurrar para o gol, decretando portanto o 2 a 1 no placar aos 34’ de bola rolando.
Pouco tempo antes de sofrer o segundo gol, o Amiens precisou mexer no seu setor ofensivo. O jogador Konaté possivelmente sentiu dores e precisou deixar o campo. Entrou Juan Ferney Otero em seu lugar e não conseguiu impor a dinâmica ofensiva que o time da casa precisava. Inclusive, fora o gol marcado no comecinho, o Amiens conseguiu apenas um outro chute de fora da área com Diabaté e que mesmo assim não acertou o gol. Muito pouco para uma primeira etapa onde precisava do resultado.
Antes do árbitro Benoît Bastien apitar o fim da primeira etapa, o Amiens até tentou esboçar uma leve reação. Conseguiu fazer em cinco minutos o que não havia conseguido durante todos os outros 40, fora o gol, claro. Incomodou Lopes, mas não chegou a criar aquele real chance de perigo. Enquanto isso, no primeiro contra-ataque que teve, o OL quase marcou depois de uma linda jogada individual de Traoré que não virou um golaço por mero detalhe.
Na etapa final, o Amiens voltou com a mesma vontade que havia terminado o primeiro tempo. Mas foi o Lyon quem assustou primeiro, quando Terrier arriscou de fora da área e forçou Gurtner a fazer uma belíssima ponte. A resposta do time da casa aconteceu numa saída de bola bizarríssima do Lyon que só não virou o empate porque Guirassy não teve a frieza na hora de finalizar.
Enquanto o Amiens parecia querer crescer no jogo, o Lyon flertava com o perigo. O placar de 2 a 1 não trazia qualquer segurança no resultado e o time da casa só conseguia a cada minuto conquistar mais campo de ataque. Pecavam muito para trabalhar a bola, e isso era o suficiente para o torcedor ficar ansioso na busca pelo empate dentro do barulho Stade de La Licorne. Definitivamente, o OL parecia satisfeito com a sua situação defensiva em campo.
Na síndrome da defesa compulsiva, o Lyon ficou praticamente todo o segundo tempo deixando a bola no pé do adversário e não conseguia puxar sequer os contra-ataques, o que era um demérito. A finalização mais perigosa foi um chute de fora da área, quase próximo dos 30 minutos da etapa final. A bola chegou com muita facilidade nas mãos de Gurtner, quem nem sujou a roupa na queda.
Enquanto o OL chegava só uma vez, o Amiens ia tentando com pequenas incursões sem muita qualidade. Acontece que, a qualquer momento, uma bola dessas poderia entrar. O técnico Elsner, percebendo isso, decidiu dar mais mobilidade no meio de campo, trocando um volante por outro. Blin deixou o campo para a entrada de Monconduit. Era a segunda mexida do Amiens na partida.
Minutos depois, Sylvinho também faria sua troca. A primeira. Saiu Reine-Adélaïde, amarelado, para a entrada do brasileiro Jean Lucas. E, querendo ou não, era uma mexida que dava um recuo ainda maior na meiúca lionesa. Pouquinho tempo depois, o jovem Oumar Solet era quem iria pro campo, substituindo o brasileiro Marcelo, que parecia ter deixado o campo sentindo alguma coisa.
Já faltando menos de cinco minutos para o fim, os dois treinadores deram suas últimas cartadas. Pelo OL entrou Cornet para a saída de Terrier, enquanto o Amiens colocava o interminável Bodmer para a saída de Diabaté. Mesmo com todas as trocas, o Lyon não cresceu no jogo, mas o Amiens, sim. Conseguiu em uma bola rifada na área criar um bate-rebate até cair no pé do próprio Bodmer, que empurrou de qualquer jeito para as redes. A bola entrou com todo cuidado do mundo antes da explosão de euforia no estádio: placar final: 2 a 2 e um jogo para ser esquecido, devido a postura tão tímida na segunda etapa.
Agora a conversa é de gente grande. O Lyon entra em modo de preparo para o começo da fase de grupos da UEFA Champions League. E o primeiro adversário do Grupo G será o Zenit, da Rússia. Jogando em casa, a partida será na próxima terça-feira (17), às 13h55 do horário de Brasília. Até lá!
CAMPINHOS: L'Equipe
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