Twitter: @FilipeDidi / Twitter: @BrasiLyonnais
Facebook: /BrasiLyonnais / Medium: @BrasiLyonnais
Gol do brasileiro foi aos 42 minutos do segundo tempo e mostrou, mais uma vez, a fragilidade física de um OL que joga a partida com muita intensidade e sofre no fim
As últimas semanas não tinham sido muito boas para o Lyon. O time vem de alguns tropeços, empates com gols no finalzinho e, recentemente, uma estreia na Liga dos Campeões empatando mais uma vez, desta, em casa contra o Zenit. De fato, a torcida esperava (e ainda espera) mais deste novo Lyon comandado por Sylvinho na beira do gramado e Juninho Pernambucano como diretor. Chega o fim de semana e um grande desafio pela frente: o todo poderoso PSG. A questão era relativamente polarizada. Uma derrota, apesar de esperada, poderia jogar o OL lá pro meio da tabela. Uma vitória poderia ser a retomada aos bons momentos. O que estava por vir?
O Lyon entrou em campo com mudanças importantes em relação aos últimos jogos. Sylvinho experimentou um esquema que comumente ele não usa e abdicou da sua linha de quatro que ele tanto insistiu no começo de sua jornada. O OL ia a campo no 3-5-2. A escalação era praticamente a mesma daquele considerado o time titular. Traoré acabou perdendo seu espaço e Marcelo ganhou a titularidade para formar o miolo de zaga ao lado do capitão Denayer e de Andersen. Koné e Thiago Mendes, retornando de suspensões, também estavam em campo. Veja como ficou:
No lado parisiense, o buraco era mais embaixo para o técnico Thomas Tuchel. Ele que tem um elenco recheado de craques, desta vez tinha desfalques numerosos e imprescindíveis. Eram sete nomes de muito peso, ao todo. Não foram para jogo Dagba, Kherer, Draxler, Sarabia, Mbappé, Icardi e Cavani. Diferentemente do Lyon que não tinha qualquer ausência para este jogo, o técnico alemão precisou rebolar para tentar achar um esquema que colocasse seus melhores em campo. Ainda assim, nomes como Kimpmebe e Verratti não foram titulares. Mas Neymar, sim. Olha só a escalação:
Um jogo desta grandeza, contra um adversário nitidamente superior tecnicamente, é passível de que o time jovem do Lyon sofresse um pouco no começo, principalmente. E quase aconteceu um gol que rodaria o mundo. Lopes tentou sair jogando e Di María quase interceptou um passe que iria direto para o gol, se acontecesse, foi por muito pouco e logo nos primeiros lances do confronto.
Rapidamente o OL se acertou. O time conseguia equilibrar as ações em um confronto onde se esperava uma imensa superioridade tática parisiense. Isso, claro, não significa que o Lyon foi melhor no começo do jogo, mas assim como o PSG conseguia criar suas chances de gol, o OL também não deixava por menos. Ainda assim, nem Navas e nem Lopes tiveram grandes trabalhos nos primeiros 20 minutos.
Lopes só brilhou a primeira vez aos 22’, quando Neymar recebeu um passe bem perto de onde fica situada a marca do pênalti. Em meio ao marcador e no pé de ferro, conseguiu dominar a bola. Antes mesmo de chegar mais dois defensores do OL, ele conseguiu finalizar de qualquer jeito e, ainda assim, a bola entraria. Mas o goleiro do Lyon, com muita elasticidade e reflexos, conseguiu defender com os pés, salvando aquele que seria o gol para abrir o placar.
Imediatamente, o Lyon buscou a reação. Foi literalmente na sequência do lance de Neymar com Lopes. Memphis Depay foi protagonista de um conta-ataque que só não terminou em gol por falta de capricho. A bola passou a esquerda de Navas, sem sustos. Um pouco mais de frieza seria o suficiente para colocar a bolas nas redes. O OL parecia ansioso em campo e lances como estes e uma forte marcação, até meio agressiva, tornavam isso visível.
Com o desenrolar do primeiro tempo, o Lyon começou a sucumbir taticamente e fisicamente. O PSG parecia ser um adversário bem mais completo em todas as circunstâncias e isso, claro, refletia nitidamente na postura dos times dentro de campo. Os parisienses já tomavam controle do jogo e ditavam o ritmo da partida. Jogadores dos Gones, a toda hora, vinham conversar com Sylvinho na beira do campo, tentando buscar uma recomendação.
No finzinho da primeira etapa, o Paris colocou ainda mais intensidade em seu jogo e quase abriu o placar em uma belíssima cobrança de falta de Neymar. O brasileiro acertou o ângulo com uma precisão formidável, mas Lopes fez uma defesa tão bonita quanto o chute e evitou o gol, mandando para escanteio. Esta foi a última boa chance criada na primeira etapa, onde o PSG foi bem superior.
O intervalo fez bem ao Lyon. O time voltou ligeiramente mais organizado para a segunda etapa, apesar do jogo ainda ser ditado pelo Paris naquele momento. O fator físico também era interessante de ser observado. O modo intenso como o OL jogava fazia a diferença no cansaço. O time parecia esgotado, mesmo faltando muito tempo para o jogo acabar. E essa poderia ser uma arma que o PSG poderia explorar com o passar do cronômetro.
A chuva era outro fator que prejudicava um pouco o espetáculo. Ela caia forte desde a primeira e etapa e prejudicava um pouco o toque de bola, apesar do ótimo sistema de drenagem do Groupama Stadium. E com o jogo chegando na casa dos 30’ do segundo tempo, os dois times mexeram duas vezes. Sylvinho colocou Tousart e Tete para as saídas de Reine-Adelaïde e Marcelo. Já Tuchel foi de Verratti e Kimpembe para as saídas de Herrera e Bernat.
Inclusive, Tuchel mexeu pouco depois de Di María criar a primeira chance do segundo tempo, após uma ótima tabela com Choupo-Moting. Ele recebeu já na pequena área e, sem muito ângulo para finalizar, acabou mandando por cima. Se tivesse um pouco mais de calma, poderia ter colocando no canto ou mesmo procurado alguém para fazer uma assistência. Mas, definitivamente, o PSG conseguia tocar a bola muito melhor que o Lyon.
Pela forma como os dois times jogavam, tudo indicava que o jogo iria ficar mesmo no 0 a 0. O Lyon já atuava de forma protocolar, enquanto o PSG não conseguia agredir mais como fazia na primeira parte. Acontece que do lado parisiense tinha um nome: Neymar. E ele foi decisivo no finalzinho, de novo. E de novo, o OL também tomava gol nos últimos minutos, sem tempo de reagir. O brasileiro girou por cima do marcador e bateu cruzado, marcando o único gol do jogo: 1 a 0!
Tentando alguma reação no apagar das luzes, Sylvinho mexeu pela última vez, colocando Traoré no lugar de Thiago Mendes. Tuchel também mexia, mas no caso dele, para ganhar tempo. Tirou Neymar, que sofreu com bolinhas de papel da torcida durante todas as cobranças de escanteio. No lugar dele, entrou Leyvin Kurzawa. Nada mudou. Nada mais aconteceu, e o OL sucumbiu mais uma vez.
O modo intenso como o Lyon se propõe a jogar é extremamente perigoso na reta final da partida. O time já não tem mais fôlego para aguentar uma eventual pressão e acaba sucumbindo nos momentos em que mais se precisa de um vigor físico e uma tranquilidade mental que também acaba se esvaindo. Ou Sylvinho controla melhor essa questão, ou o Lyon ainda vai sofrer muito no decorrer da temporada.
Já na próxima quarta-feira (25), o Lyon já volta aos gramados pela Ligue 1 e deve enfrentar o Brest, fora de casa. O jogo é válido pela 7ª rodada da competição e, é mais uma partida que não se aceita qualquer outro resultado além da vitória. O duelo será às 14h do horário de Brasíia. Até lá!
CAMPINHOS: L'Equipe
MELHORES MOMENTOS:
Contratações urgente!
ResponderExcluirLá o buraco é mais embaixo. Contratação, agora, só em janeiro.
Excluir