sábado, 19 de outubro de 2019

Nem com novo treinador Lyon esboça melhora e empata em casa com o vice lanterna

Filipe Frossard Papini
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Time conseguiu mostrar melhora no segundo tempo e esbarrou na ótima partida do goleiro Gomis, mas ainda assim é muito pouco para apontar uma progressão neste 0 a 0. Situação preocupa.



A tarde deste sábado começou com o Campeonato Francês apresentando seu segundo jogo da 10ª rodada. Na sexta-feira, o PSG já tinha feito a missão de golear o Nice fora de casa, e às 12h30 no horário de Brasília, o OL tinha a missão de bater o vice-lanterna Dijon. O grande atrativo da partida era a estreia do novo técnico do clube, Rudi Garcia, que já iniciava os trabalhos de frente pra sua torcida - que por sinal não está tão confiante na indicação do novo comandante. De todo modo, no Groupama Stadium, o Lyon não tinha outra opção. Era ganhar ou ganhar.

Para esse primeiro jogo como treinador do clube, Garcia fez mudanças importantes. Mas não táticamente. Sem contar com Dubois e Memphis Depay, ele ainda manteve o 4-3-3, mas sacou logo de cara o zagueiro Andersen. Marcelo assumiu o miolo de zaga ao lado de Denayer e não somente isso, também acabou pegando a faixa de capitão. No lado esquerdo, Koné foi preterido por Marçal. No ataque, Cornet também herdou a vaga que era de Traoré. Sem Memphis, Terrier ficou com o lado esquerdo do ataque. Outra importante anotação: o brasileiro Jean Lucas, contratação de Sylvinho, nem no banco apareceu. Veja a escalação:




O Dijon, para este jogo, era um franco atirador. Não tinha muito o que perder, uma vez que nem de longe era o favorito para esta partida. Portanto, cautela com uma dose de ousadia não faria mal algum. Stéphane Jobard decidiu ir com um 4-2-3-1. Sua força para esta partida eram dois jogadores muito ariscos no ataque: Stephy Mavididi e Julio Tavarès. Sem poder contar hoje com Mendyl, Marié, Baldé e o brasileiro Matheus Ferreira, o treinador ainda teve força no elenco o suficiente para deixar nomes como Chafik, Sammaritano, Balmont e Amalfitano, figurinhas carimbadas do Campeonato Francês, no banco. Confira a formação:




Na primeira entrevista coletiva do novo técnico do Lyon, ele disse que o time retomaria a sua essência de sempre, que é um time bem ofensivo - algo que Sylvinho teve muitas dificuldades em criar. Com pouco tempo de bola rolando, no Groupama Stadium, conseguia-se perceber que pelo menos a mentalidade do time era um pouco mais voltada ao ataque, mas ainda ineficiente, algo que já não é novidade para esta temporada.

Com um pouco de intensidade ofensiva, o Lyon construiu boas jogadas nos primeiros minutos da partida, algo que poderia impressionar, se depois o ritmo não tivesse caído de forma considerável. Aos 6' foi a grande oportunidade que fez os torcedores levantar. Em bola alçada na área, Marçal conseguiu achar Dembélé se aproximando do gol. O centroavante se desvencilhou da marcação, se antecipando ao zagueiro. Conseguiu finalizar, mas o bom goleiro Gomis defendeu no cantinho.

Perto dos 25' de jogo, o Lyon teve uma ótima oportunidade de abrir o placar. Em mais uma jogada vinda do lado esquerdo do ataque, a bola rasteira acabou sobrando nos pés de Terrier, dentro da área. O atacante teria tempo até mesmo de dominar, mas decidiu bater de primeira e acabou furando o chute. Em seguida, o Dijon respondeu com sua primeira boa chance no jogo. Mavididi bateu de fora da área e a bola, desviada, quase enganou Lopes.

O primeiro tempo desta partida evidenciou um problema muito grave deste time do Lyon. Não importa quem jogue no trio de ataque - mesmo se Memphis Depay estivesse presente - o estilo de jogo não consegue fazer com que o ataque consiga criar poder de fogo. É de se impressionar a passividade dos homens de frente. Muitas vezes, víamos somente Aouar tentando alguma coisa no meio de campo e Dembélé tentando brigar entre os zagueiros. Fora isso, um bate-cabeça generalizado e sem qualquer qualidade.

Esse sintoma ficou muito evidente em uma das oportunidades criadas, aos 38' de jogo. Aouar dominou a bola na entrada da área. Ele tinha várias opções de passes e até mesmo oportunidades para parar um pouco e tentar uma tabela. Mas na ansiedade e no nervosismo de tentar resolver sozinho, decidiu arriscar dali mesmo e mandou a bola muito longe do gol. Um claro sinal de que as coisas ainda estão bem bagunçadas.

Antes do intervalo, o OL ainda teve duas boas oportunidades em lances desperdiçados por displicência. O primeiro, foi uma bola recebida em velocidade. Cornet no lance e já entrando na área. Decidiu bater cruzado. A bola passou rente a trave. Depois, foi a vez de Tousart desperdiçar uma bola rebatida. Pegou mal e também mandou pra fora. Nos acréscimos, Dembélé teve outra boa oportunidade se antecipando a zaga e, mais uma vez, não obteve êxito.

O segundo tempo começava dando sono aos espectadores deste jogo que pouca qualidade técnica ofertava. Rapidamente os dois treinadores mexeram. No Dijon, a troca fez com que Soumaré deixasse o campo para a entrada do experiente Sammaritano. No Lyon, Rudi Garcia abria mão de Terrier, que pouco fez enquanto esteve em campo, para a entrada de Traoré. Logo após a troca, o Dijon perderia Aguerd por lesão e Coulibaly foi pro jogo também.

A primeira boa chance criada pelo Lyon no segundo tempo foi aos 16'. Mais uma boa bola levantada na área para aproveitar a presença de área de Dembélé. E de novo ele se deu melhor diante da marcação. Desta vez, com tempo para dominar e finalizar. O goleiro Gomis brilhou de novo e defendeu com os pés. Depois desta chance, Garcia mexeu de novo, colocando Reine-Adélaïde no lugar de Thiago Mendes.

O Lyon parecia mostrar crescimento no jogo. Aos 20' do segundo tempo, metralhou o goleiro Alfred Gomis, que novamente fez seu nome. Foram duas incríveis defesas do camisa 16 do Dijon. Na primeira, pegou um chute cruzado de primeira de Reine-Adélaïde. No rebote, apareceu de novo, e no contrapé, salvando aquele que seria o primeiro gol do jogo ao pegar uma cabeçada de Cornet. Um verdadeiro herói da Borgonha.

Sentindo a pressão do Lyon, Stéphane Jobard decidiu queimar sua última troca antes mesmo dos 25' de o segundo tempo. Colocou Romain Amalfitano para tentar dar mais poder de marcação no meio, mas era o OL quem chegava de novo. Aouar, desta vez, bateu da entrada da área num chute rasteiro. Gomis, claro, salvou de novo. No rebote, Tete ainda finalizou em cima da zaga.

Aos 38' do segundo tempo, a carta na manga de Rudi Garcia foi acionada. Sob muitos aplausos Rayan Cherki fazia sua estreia com a camisa do Lyon. O jovem de apenas 16 anos entrava em campo no lugar de Maxwel Cornet. Infelizmente, o menino teve pouquíssimo tempo para se ambientar ao jogo e praticamente não teve chances com a bola aos pés para mostrar seu talento.

Mesmo com seis minutos de acréscimos apontados pela arbitragem, o OL, mesmo martelando muito, não teve qualidades o suficiente para chegar a balançar as redes do adversário. A torcida, ao assoar o apito final, assobiou uma sonora vaia para a apresentação que viram naquela tarde. A situação é crítica, o time não conseguiu mostrar muita evolução e a falta de pontos já já vai começar a fazer toda a diferença na tabela.

Agora a missão difícil de Rudi Garcia é levar o Lyon à vitória pela Liga dos Campeões. Os Gones vão enfrentar o Benfica, em Portugal, na próxima quarta-feira (23), às 16h do horário de Brasília. Será o terceiro jogo do Grupo G, onde o OL ainda se encontra invicto. Será que vai se manter assim? Até lá!

FOTOS: ol.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


MELHORES MOMENTOS:
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