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Em jogo com duas expulsões polêmicas de lado a lado, o OL conseguiu uma vitória expressiva e convincente, reafirmando sua briga pelo título francês
Os objetivos do Lyon no Campeonato Francês mudaram de uns meses pra cá. O time, que vem tendo um desempenho bem convincente nas últimas partidas, agora prova que pode, sim, brigar pelo título da competição, uma vez que a última derrota – a única até aqui – foi no dia 15 de setembro, já completando quase três meses sem saber o que é uma derrota na Ligue 1. E para o confronto desta tarde (no Brasil e noite na França), os Gones iriam enfrentar o Metz, que também vivem um bom momento, apesar de terem perdido uma boa sequência na rodada anterior.
E para bater o OL, o técnico Frédéric Antonetti não quis mudar sua formação que vinha usando recentemente, mesmo parecendo ser uma tática ofensiva e um tanto quanto ousada para tentar bater o Lyon, um 4-2-3-1 extremamente físico e jogando em função de um nome: o bom atacante Opa Nguette. Nos desfalques, o Metz não teria para o jogo Udol, N’Doram, Pajot, Niane e o bom Gueye. Por outro lado, voltavam Maïga, que começava jogando e Tchimbembé, que iniciava no banco. Veja como ficou:
O Lyon também não apresentava muitas novidades em relação ao que apresentou no domingo passado. Montado no 4-3-3, o técnico Rudi Garcia não tinha muitas dores de cabeça para montar sua equipe. Dentre os desfalques, só tinha a ausência de um jogador: Thiago Mendes, suspenso. O volante brasileiro vinha jogando como titular e sendo peça importante na montagem do time. A boa notícia é que Aouar retornava, depois de ficar afastado pela diretoria, por indisciplina, no jogo anterior. Ele assumiu justamente a vaga no meio. A outra novidade no jogo era a presença de De Sciglio, substituindo o poupado Dubois, que ficava no banco. Assim jogou o OL:
Com a bola rolando, o Lyon tinha uma postura um tanto quanto surpreendente. Parecia querer fazer o gol o mais rápido possível. Foi pra cima ainda antes de fechar o primeiro minuto de jogo. E o gol não saiu por azar. Aouar conseguiu penetrar entre os zagueiros e foi prensado pela zaga na hora de chutar. A bola sobrou para Memphis Depay, que acabou sendo precipitado e mandou por cima.
A intensidade, que não é uma característica forte do Lyon, mostrava-se muito presente no começo do jogo. E isso, além de ser surpreendente, deixava a torcida animada, já que isso significava que o gol parecia questão de tempo. Esmagado em seu campo de defesa, o Metz não tinha outra opção a não ser deixar a bola com o adversário, se recuar, e tentar defender a pressão que os Gones exerciam.
Mas o destino poderia mudar todo o cenário do jogo. Na primeira escapada do Metz, o bom Nguette saiu em disparada pela esquerda, passando pelo De Sciglio, e entrando na área, acabou sendo parado de forma grosseira pelo zagueiro Marcelo. A arbitragem sequer precisou consultar o VAR para tomar sua decisão: pênalti bem marcado. Mas na cobrança, Boulaye acabou batendo fraco e Anthony Lopes brilhou, conseguindo fazer uma defesa sem dar rebote. O placar, portanto, seguia em branco.
A questão do pênalti parecia ser só um devaneio do destino. De fato, o Lyon era melhor em campo e só precisava provar isso. A prova veio aos 17’ de jogo, quando Toko Ekambi recebeu a bola na direita, avançou com muita rapidez e chegou no limite da linha de fundo. Na hora de fazer o passe pra trás, pegou toda a defesa do Metz de surpresa. A bola achou Memphis Depay na meia lua. O holandês só teve o trabalho de descer o pé e colocar no cantinho de Oukidja: 1 a 0!
Depois do gol feito, o Lyon começou a jogar com mais calma nos pés. Tirou o pé do acelerador e acabou com aquela intensidade que se colocava no comecinho do jogo. Isso não significa que o time deixou de atacar, muito pelo contrário. Só que agora tentava ter o comando do jogo de uma forma menos combativa, incisiva e mais tática. Durante todo o primeiro tempo, houve pelo menos mais umas três ou quatro oportunidades para dobrar o marcador.
Em uma dessas oportunidades, Aouar saiu de cara com o goleiro Oudikdja e não fez o segundo por um detalhe muito pequeno. A bola deu sopa e se o meia do Lyon tivesse batido de canhota, teria feito o gol. Mas ele decidiu bater de perna direita e isso facilitou a vida do goleiro adversário. Depois, em um contra-ataque 4 contra 3, Aouar saiu em disparada, achou Memphis Depay, que acabou batendo mal.
No retorno para o segundo tempo, o Lyon voltou com força de novo. A mesma que havia começado o jogo. Só que diferentemente da etapa anterior, o Lyon conseguiu fazer o trabalho com mais competência. Por um simples motivo: saiu o gol! E foi um golaço. A bola começou nos pés de Cornet, no campo de defesa. Passou por muita gente até chegar em Memphis Depay, que acionou de calcanhar Kadewere, depois Aouar, que fez uma assistência de costas para Toko Ekambi aparecer e chutar no ângulo: 2 a 0!
E o gol aconteceu depois que o Metz voltou para o segundo tempo já com duas mexidas logo de cara. Saíram Sarr e Ambroise para as entradas de Tchimembé. Se a expectativa de Frédéric Antonetti era melhorar o time, o tiro saiu totalmente pela culatra. O Lyon, que já dominava o jogo, agora nem dava chance ao adversário. Se antes Opa Nguette parecia isolado no ataque, no segundo tempo a sensação era a mesma.
O Lyon não deixou barato. Rapidamente conseguiu criar mais um gol no jogo. E de novo começou no campo defensivo. Lucas Paquetá recuperou lá atrás uma bola e saiu em disparada. Chegou ao ataque, em contra-ataque, na verdade. E quando chegou na entrada da área, só fez a assistência para que Toko Ekambi fizesse o restante do trabalho, que terminou em gol! Lyon 3 a 0 com 15’ do 2º tempo!
Depois do gol, quatro mexidas, uma pelo Metz: Angban por Koyaté, e três pelo Lyon. Saíram De Sciglio, Aouar e Kadewere. Entraram Dubois, Caqueret e Dembélé. E, além das trocas, o OL claramente já tirava o pé do acelerador de novo, já pensando no compromisso de semana que vem. O Metz, desesperado, agora tinha a bola aos seus pés e não sabia o que fazer com ela. Ponto positivo para os Gones.
Perto dos 30’ do segundo tempo, o Metz teve suas primeiras duas chegadas na etapa. Na primeira, a jogada de Leya Iseka e Nguette parou na finalização de Maïga e boa defesa de Lopes. Na segunda tentativa, foi Nguette quem construiu a jogada pela direita e fez a assistência para trás. Boulaya bateu de primeira e conferiu. Gol bem parecido com o primeiro do OL no jogo: 3 a 1! Rapidamente, o OL fez duas mexidas espaçadas. Primeiro com Cherki no lugar de Memphis Depay, depois Diomandé substituindo Bruno Guimarães.
Antes da última mexida, ainda quase teve uma chance de quase mais um gol para o OL. Ele, estrela do jogo, Toko Ekambi, tentou bater de fora da área em um chute colocado. Surpreendeu o goleiro Oukidja e acertou o travessão. No finzinho, o Metz ainda teve o capitão John Boye expulso por agressão ao zagueiro Marcelo. O Lyon teve Rayan Cherki expulso por suposto pisão proposital no goleiro Oukidja, que ainda nos acréscimos foi substituído por Caillard. Mas, de todo modo, uma partida bem abaixo do Metz, que saiu devendo.
Agora, o próximo confronto do Lyon é barra pesadíssima e vale praticamente a liderança do Campeonato Francês. Não existe a opção “perder” para qualquer um dos lados: é um duelo diante do PSG, no próximo domingo (13), às 17h do horário de Brasília. O jogo é válido pela 14ª rodada do Campeonato Francês. Duelo de gigantes, hein? Até lá!
FOTOS: ol.fr | Getty Images
CAMPINHOS: LFP
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