domingo, 13 de dezembro de 2020

Lyon vence o PSG no Parc des Princes e agora divide a liderança da Ligue 1 com o Lille

Filipe Frossard Papini
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Além do gol de Kadewere e boa exibição de Paquetá, o jogo ficou marcado pela péssima atuação do time de Paris e também pela lesão feia que Neymar teve no fim do jogo e consequente expulsão do brasileiro Thiago Mendes




Briga quente pela ponta do Campeonato Francês. No momento em que PSG e Lyon entravam em campo, o time de Paris sequer era o líder da competição. Com um jogo a mais, já realizado na rodada, o Lille ultrapassou os parisienses e colocava ainda mais pressão no clássico contra o Lyon. O tempero a mais era justamente uma eventual derrota do Paris Saint-Germain. Se essa hipótese fosse referendada, o time da capital perderia não só a liderança, como também a vice-colocação, o que poderia desencadear uma situação desconfortável no time do Parc des Princes. E o Lyon tinha exatamente esse objetivo: o topo e vencer o Paris!

Para tentar não sucumbir e entrar em um parafuso de crise, supostamente, o técnico Thomas Tuchel decidiu escalar o que tinha de melhor, com a penas uma exceção: Mbappé. O atacante sentiu dores ao longo da semana, era dúvida para o jogo, mas começava no banco por precaução. Outra dúvida que se consolidou na hora de montar o esquema foi do brasileiro Marquinhos, que nem na reserva ficou. Além deles, alguns desfalques já eram programados, como Bernat, Sarabia e Icardi. Na formação abaixo é possível ver como ficou montado o PSG para o jogo:


Já o Lyon tinha menos problemas por parte do departamento médico. E isso criava uma dor de cabeça para o técnico Rudi Garcia. Mas aquela chamada “dor de cabeça boa”. O técnico tinha somente a ausência do jovem Rayan Cherki para o jogo, expulso na partida anterior diante do Metz. Sendo assim, ele tinha a opção de entrar em campo no 4-3-3 que vem dando super certo na sequência da Ligue 1, ou entrar um pouco mais recuado para segurar o PSG e utilizar o 5-3-2 que funcionou na última Champions League. A escolha do treinador foi a primeira. E assim foi o OL para campo:


Quando a bola começou a rolar em campo, impressionava a postura do Lyon. Não se intimidou no Parc des Princes e partiu pra cima. Abdicou da ideia de deixar o Paris jogar e tentava igualar as ações. No meio de campo, pelo menos, o Lyon levava a melhor no comecinho da partida. Muito por isso, conseguiu algumas incursões pelo lado direito, sempre acionando Kadewere e Dubois, mas ainda sem causar muito perigo.

O primeiro lance que quase fez o placar ser aberto só aconteceu mesmo aos seis minutos de jogo. O que dava a entender que seria um momento de intensidade de parte a parte, mas praticamente ficou só por isso até os 30’ de jogo. No lance, Verratti fez a bola cruzar toda a área até achar Florenzi do outro lado. De italiano para italiano, o lateral decidiu bater de primeira e fez a bola passar bem perto do gol de Lopes.


O Lyon tentava marcar seu gol depressa. E encontrava brechas pra isso. Fazia o jogo girar muito bem no sentido ofensivo. Não tinha medo do PSG e criou pelo menos três excelentes oportunidades para chegar e abrir o placar. O problema aparecia justamente no último passe. Enquanto o meio de campo resolvia lá atrás e na intermediária ofensiva, o ataque ainda batia cabeças e parecia um pouco nervoso para definir as jogadas.

Perto dos 30’ de jogo, o PSG precisou inclusive fazer sua primeira mexida no jogo. Diallo deixou o campo com dores musculares e deu lugar a Kehrer. Enquanto isso, o controle do meio de campo que era do Lyon no comecinho, já se equilibrava. O PSG melhorava em campo e deixava o jogo mais morno e com menos espaços. E isso de lado a lado. Poucas oportunidades surgiam pelo duelo tático imposto em campo.


O Lyon tinha uma oportunidade interessante na partida que vinha se desenhando cada vez mais óbvia: aproveitar a saída de bola confusa do PSG. Assim, quase Kadewere abriu o placar após boa jogada de Toko Ekambi. Chutou de fora da área e errou. Mas, na sequência, a mesma coisa. Erro de Kimpembe, Toko Ekambi recuperou e acionou Kadewere. Dessa vez, o zimbabuano não desperdiçou e marcou na saída de Navas. Lyon na frente: 1 a 0!

Antes ainda do intervalo, o PSG tentou igualar o marcador. Aproveitou até mesmo o último minuto de acréscimos e fez uma pressão no OL que não se viu em toda a primeira parte. Muitos escanteios, muitas bolas alçadas, Verratti e Neymar chamando atenção. Mas o lance de maior perigo de novo foi com o lateral Florenzi em outra bola girada da esquerda para direita para chutaço do italiano. Lopes salvou o que seria o empate.


Para o segundo tempo, o Lyon voltou com a mesma postura. Voltou melhor do que o PSG, que precisava do resultado. O ponto legal a se observar aqui era a tranquilidade, calma e parecia saber exatamente o que precisava ser feito. O Paris, por outro lado, parecia cada vez mais perdido e sem alternativas. Neymar começava a ficar visivelmente nervoso com as jogadas que não surgiam efeito.

Antes ainda dos 20’ do 2º tempo, Thomas Tuchel resolveu fazer três mexidas ao mesmo tempo. Colocou pra jogo Herrera, Gueye e Mbappé. Tirou do jogo Verratti, Paredes e Di María. Enquanto isso, Rudi Garcia se prestou a trocar somente o lateral direito, com De Sciglio no lugar de Dubois, que estava amarelado. Era um ponto de atenção por justamente ser o homem a marcar Neymar.


Pouco tempo depois, o Lyon também mexeu três vezes, com Diomandé, Bruno Guimarães e Dembélé nos lugares de Memphis Depay, Aouar e Kadewere. Antes disso, Tuchel já havia queimado sua última troca, com Rafinha entrando para a saída de Kean. Mas a expectativa do PSG era que a mudança da entrada de Mbappé fizesse algum efeito. E não aconteceu. O jovem francês praticamente não deu efeito no jogo.

Com as últimas trocas do Lyon, o time se postava no 5-3-2, com Diomandé ajudando na linha de cinco defensores. Basicamente, o OL se recuava e se postava naquela formação que alguns esperavam que o time teria já no começo da partida. Foi jogando desta forma que o OL se deu bem na última edição da Liga dos Campeões, chegando até a semifinal e sendo eliminado somente pelo então campeão Bayern de Munique.


Já no finzinho, a última mexida de Rudi Garcia foi com Caqueret no lugar de Paquetá. E a partir daí foi muita pressão do PSG para tentar buscar o empate, que acabou não acontecendo. Primeiro com Florenzi, em bola cruzada que Lopes afastou esquisito e com os pés. Depois com um chutaço de Mbappé da entrada da área que levou muito perigo. O Lyon também respondeu com Bruno Guimarães, em contra-ataque que Navas evitou bem.

No último minuto de jogo, já rompendo a casa dos 50’ do 2º tempo, um lance que vai rodar o mundo. Uma falta de Thiago Mendes na intermediária acabou tirando Neymar de combate. Uma tesoura no tornozelo não somente fez o jogador sair de maca, como também chorar em campo, estirado de dor. Na revisão do VAR, o árbitro mandou o brasileiro para o chuveiro, com um cartão vermelho.


O Lyon agora terá um compromisso no meio da semana, e não mais com uma folga de distância de um jogo para o outro. Vai enfrentar o Brest, na quarta-feira (16), às 17h do horário de Brasília. A partida marcará o retorno do OL aos seus domínios depois de fazer dois jogos fora de casa.

FOTOS: ol.fr | psg.fr
CAMPINHOS: LFP


OS MELHORES MOMENTOS:
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