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O time melhorou no segundo tempo a partir das entradas de Paquetá e Slimani, mas ainda é muito pouco para o torcedor exigente
Bola rolando e novamente tem Lyon em campo. Começou a temporada 2021/22 com um time bastante diferente daquele que acompanhamos anteriormente. Com muitas saídas e alguns bons desfalques, o time que abriu os trabalhos do ano era repleto de jogadores das categorias de base e um novo comandante segurando a prancheta: Peter Bosz, o holandês, ex-treinador do Ajax, Leverkusen e Dortmund agora é o novo ‘’professor’’ dos Gones e já tinha sua primeira missão oficial neste sábado (7). Com um estilo bastante ofensivo, a expectativa do torcedor era ver um OL mais agressivo nessa temporada. Será?
Para o jogo, o novo técnico preparou um Lyon no tradicional 4-3-3 e com novidades. Com seis desfalques, entre lesionados, suspensos e ausentes por outros motivos, Henrique, Denayer, Damien da Silva, Bruno Guimarães, Reine-Adélaïde e Cornet não estavam à disposição. Por isso, Bosz levou a campo o jovem Lukeba, de 18 anos, como zagueiro titular. Gusto, também da base, era outro que começava jogando na lateral. Além de Barcola, Florent da Silva, Keïta e Nsombi, todos pratas da casa, no banco. Assim ficou escalado:
O Brest também não estreava na Ligue 1 em suas melhores condições. Mas é um time que já vinha com reforços. Nomes como o goleiro Bizot e o lateral esquerdo Uronen, recém chegados, já assumiam a camiseta nesse primeiro compromisso. O time que perdeu o ótimo Perraud no mercado, também não tinha pra essa partida o goleiro Cibois, o zagueiro Hérelle, o volante Lasne e o centroavante Saïd, todos com lesão. Por outro lado, o bom Mounié, que era dúvida por ter se machucado na pré-temporada, estava no time. Veja como estava armado o time de Michel Der Zakarian:
Se a ideia era adotar um estilo ofensivo, o Lyon realmente conseguia fazer isso era perceptível já nos primeiros minutos de bola rolando. Perto dos 15’ de jogo, o OL já somava incríveis 88% de posse de bola. Mas foi o Brest quem assustou primeiro em boa jogada de Honorat pela direita e finalização de Cardona no segundo pau. A bola foi bem defendida por Lopes. A primeira chance do OL só veio aos 13’, com cruzamento de Dubois e finalização de Aouar.
Nitidamente, falta muito ainda pro time do OL, não somente pelo time desfalcado e sem peças de reposição, mas também na assimilação do novo trabalho. Apesar de ter muita posse, o time não conseguia trabalhar a bola o terceiro terço do campo. Basicamente a bola não conseguia girar além da intermediária e isso ia tornando o jogo um pouco morno e faltava muita criatividade, mesmo tendo Aouar e Cherki em campo, jogadores muito técnicos.
A primeira ótima oportunidade do OL no jogo aconteceu somente aos 30’ de bola rolando. E foi com Moussa Dembélé. O centroavante recebeu na entrada da área e bateu com muita força, mas acabou tomando muita altura e passando por cima do travessão do goleiro Bizot. Poucos minutos antes disso, o Brest fazia sua primeira alteração, depois que Belkebla sentiu o tornozelo e acabou tendo que sair, dando lugar a Magnetti.
Uma outra situação que era fácil de perceber nesses primeiros minutos de Peter Bosz no comando era a limitação de subida dos laterais. No jogo de hoje, tanto Gusto pela direita, como Dubois, hoje improvisado na esquerda, não passavam da zona intermediária. Provavelmente alguma orientação do técnico para que os três homens da linha do ataque centralizassem mais e dessem opção para quem jogasse pelas beiradas.
E por falar da linha de frente, foi um primeiro tempo muito apagado do ataque do Lyon. Dembélé foi o único que tentava algo e procurava espaço em meio aos defensores. Mas Cherki e principalmente Toko Ekambi foram praticamente omissos na etapa inicial, se escondendo em meio a marcação e praticamente não tiveram o nome citados na transmissão. Muito pouco para um adversário tão frágil.
E a apatia dentro de campo se converteu em revés aos 43’ de jogo. Após erro duplo de Gusto e depois de Thiago Mendes, a bola foi recuperada por Erwin Cardona. O atacante do Brest pegou a bola no meio de campo e foi avançando com muita liberdade. Ao chegar na entrada da área, mandou um foguete dali mesmo e acertou o ângulo de Anthony Lopes. Um verdadeiro golaço e um banho de água fria para o OL. 1 a 0!
Para o segundo tempo, o Lyon voltou de forma preocupante. Chegou a conceder pelo menos umas cinco chances reais de gol para o Brest. Foram oportunidades para Honorat, Cardona e uma chance incrível perdida por Chardonnet. O zagueiro e capitão forçou uma dupla de defesa de Lopes em bola parada que quase dobrou o placar. Naquele momento, a situação do OL no jogo era bem complicada.
Bosz percebeu que precisava mexer e aos 14’ da segunda etapa fez duas mexidas ao mesmo tempo. Colocou Paquetá e Slimani em campo para as saídas de Thiago Mendes e Cherki. O resultado foi literalmente imediato. Em bola pela esquerda, Dubois colocou na área e Toko Ekambi fez uma deixadinha de cabeça. Slimani apareceu sozinho, teve tempo de dominar e finalizar com tranquilidade para empatar o jogo: 1 a 1!
Depois de sofrer o empate, Der Zakarian colocou em campo Le Douaron para a saída do autor do gol, Cardona. Era a segunda mexida do Brest no jogo. Mas a partir do gol, o Lyon melhorou de forma considerável. Não somente pelas mexidas em si, mas também pela confiança resgatada pelos jogadores. Dembélé quase virou em jogada de cabeça que passou perto do gol, depois foi a vez de Aouar, depois de passe de Paquetá e assistência de Toko Ekambi.
Antes do Brest fazer uma dupla alteração com Duverne e Faussurier nos lugares de Honorat e Pierre-Gabriel, mais uma chance excelente perdida pelo OL. Jogada de bola aérea, bom passe de Aouar para a conclusão de Slimani de cabeça. Pegou raspando na bola e ficou pedindo pênalti. Depois, já aos 36’ do 2º tempo, o Brest quase fez mais um, com Mounié, também de cabeça. Mas Lopes fez uma defesa de cinema para evitar o segundo gol dos visitantes.
Quando parecia que o OL tinha melhorado em campo e iria em busca da virada, o time pisou no freio de novo e começou a tropeçar defensivamente, bem como aconteceu no primeiro tempo. Com pouco tempo no cronometro, isso mostrava que o destino, realmente, era que o placar continuasse empatado mesmo. E seria justo. Um resultado que premiou o Brest em jogar de maneira correta, aproveitando as poucas chances.
Por fim, o empate mostrou um pouco de como pode ser a temporada do Lyon. Um misto de bons momentos com extremas fragilidades e dificuldades em fundamentos básicos para um time que pretende vencer a Liga Europa, segundo o próprio presidente Jean-Michel Aulas. Vai precisar de muita coisa para evoluir e chegar nesse patamar. A começar por reforços. É o que o torcedor anseia.
Agora o próximo compromisso do Lyon é diante do Angers, em jogo válido pela 2ª rodada da Ligue 1. A partida será fora de casa, no Stade Jean Bouin. Compromisso para o próximo domingo (15) às 8h da manhã no horário de Brasília, prepare o despertador e venha com a gente. Até lá!
FOTOS: Ligue1.fr | ol.fr
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