domingo, 16 de dezembro de 2018

Lyon passa o carro por cima do morto time do Monaco

Filipe Frossard Papini
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Time de Thierry Henry vinha com 16 desfalques para o duelo, mas ainda assim foi apático do início ao fim da partida




Depois de duas semanas sem atuar pela Ligue 1, o Lyon voltava aos gramados da competição nacional. A 17ª rodada foi adiada em função dos protestos na França, mas este duelo contra o Monaco seguiu de pé e o Groupama Stadium abria as portas para este embate que colocava frente a frente as duas partes da tabela: a de cima e a de baixo. O Lyon, com uma vitória, poderia recuperar a segunda colocação no torneio, enquanto o Monaco sonhava com a saída da zona de rebaixamento. Além do mais, são duas das melhores equipes da temporada anterior, o que dá aquele gostinho de ser um clássico nacional.

Jogando em casa, Bruno Génésio ainda assim não abdicou da formação tática que vem utilizando já desde algum tempo, com três zagueiros. Dentre os titulares, poucas novidades. Ndombele, ainda não recuperado 100% da lesão que sofreu há poucas semanas, começava no banco. O mesmo servia para Léo Dubois. Sendo assim, Tousart e Tete, respectivamente, ocupavam as posições no time titular. No ataque, mais uma vez a dupla Traoré e Memphis Depay seria acompanhada pelo suporte de Nabil Fekir. Dembélé ficava no banco novamente. Veja como ficou:




Um dos principais problemas do Monaco nesta temporada vem de um fator que foge do alcance de Thierry Henry: a inconstância médica. Para este jogo contra o Lyon, um absurdo e alarmante número de dezesseis jogadores estavam indisponíveis: Subasic, Pierre-Gabriel, Barreca, Sidibé, Touré, N'Doram, Aholou, Aït Bennasser, Traoré, Navarro, Grandsir, M'Boula, Rony Lopes, Geubbels, Jovetic e Pellegri. O técnico precisou recorrer a jogadores do time B e do sub-19 para compor o banco de reservas para esta partida. Ainda assim, o time titular tinha nomes de peso, como Glik, Jemerson, Tielemans, Chadli, Golovin e Falcao García. Confira a formação:




Henry já imaginava que seria um jogo difícil. Falou disso na coletiva do pré-jogo e sentiu o baque rapidamente. Logo com seis minutos de jogo, o time da casa conseguiu abrir o placar e de maneira até rápida, literalmente. Traoré recebeu na direita, fez ótima jogada em velocidade e bateu cruzado em direção a área. O goleiro Benaglio até evitou bem o gol, mas espalmou pro meio da área. Aouar apareceu para concluir e abrir o placar: 1 a 0!

Abatido e sem força de ataque, o Monaco tentava alguma coisa, mas só via o Falcao García bastante isolado e a bola acabava não chegando no centroavante colombiano. Enquanto isso, o OL dominava as ações e fazia a proposta do jogo. Muito recuado quando não tinha a bola, o time visitante praticamente “estacionava o ônibus” da defesa e só permita o Lyon cercar a área e dificultava a finalização.

Em duas oportunidades, ainda antes dos primeiros 20’ de jogo, o Lyon só não chegou ao segundo gol por questão de impedimento. Na primeira jogada, Badiashile derrubou um jogador do OL na área e seria pênalti, anulado pela posição de Memphis Depay. Posteriormente, mais uma vez o holandês foi o cara do impedimento. Ele dominaria uma bola em ótimas condições pela esquerda, mas foi interrompido pelo bandeira.

A pressão dos Gones continuava, enquanto o time do Monaco seguia apático. Ao logo dos dez minutos seguintes, o time da casa chegou com muito perigo mais uma vez. Nestas duas oportunidades, quem evitou os gols foi o goleiro Diego Benaglio. Na primeira, ele defendeu com os pés um foguete mandado por Traoré. Na segunda ocasião, Aouar aproveitou um rebote e bateu quase sem ângulo para ótima defesa do suíço.

No processo de intensa pressão, e com o jogo parecendo muito fácil, o Lyon chegou ao seu segundo gol de maneira até esperada e fácil. Denayer achou Tete passando pela direita. Num passe reto entre dois defensores, ele achou Tete que conseguiu buscar lá na linha de fundo, sem deixar a bola sair. De primeira, ele achou Fekir que só chegou na área batendo. Sem chance para Benaglio: 2 a 0!

A cadência virou o nome do jogo depois do Lyon dobrar o marcador. Com a vantagem no placar e claramente dominando o jogo em todos os setores, o pé no freio foi acionado ainda no primeiro tempo. Time no ataque, tocando a bola na entrada da área do Monaco, mas sem pressa para finalizar. Assim permaneceu a estratégia do OL até o apito de Clément Turpin declarar o intervalo do jogo.

No retorno da segunda etapa, o Monaco sofreu um baque. Golovin, que tinha feito uma falta em Fekir no meio de campo, acabou sendo pego pelo VAR e foi expulso com menos de um minuto de bola rolando. Em meio a isso, Raggi também recebeu advertência, mas ficou apenas no amarelo. Uma situação que Henry não previa. Se o time já estava bastante prejudicado, agora estava em situação complicadíssima.

Após a expulsão, duas trocas no Monaco. Henry colocava os jovens Sylla e Diop. Quem deixava o campo era Badiashile e Chadli. Mas foi o Lyon quem se deu bem depois disso e chegou ao seu terceiro gol. Em um cruzamento vindo pelo lado direito, quem acabou aproveitando foi o lateral esquerdo Ferland Mendy. Ele entrou na área e aproveitou a assistência, marcando de cabeça: 3 a 0!

Depois de marcar o gol, Bruno Génésio mexeu pela primeira vez. Colocou Moussa Dembélé no ataque, tirando Bertrand Traoré, que fez uma boa atuação, principalmente no primeiro tempo. Depois disso, foi a vez de Henry fazer sua última mexida. Colocou o jovem Massengo para tirar Pelé. Uma troca de volantes que acabou não surtindo qualquer efeito prático e mudança positiva ao Monaco na partida.

Pouco tempo depois, foi a vez de Génésio mexeu duas vezes: entrou Diop e Terrier para as saídas de Aouar e Denayer. Na estratégia de jogo, nada diferente. O Lyon continuava com as rédeas da partida e o time do Monaco assistia, de certa forma assustado. Os meninos do Principado correndo de lado a lado do campo e não conseguiam sequer um contra-ataque para puxar.

A fisionomia de Thierry Henry no banco era das piores possíveis. Feição de desanimo e sabendo que não tinha mais munições para fazer nada, a não ser assistir seu time ser engolido por um OL que apenas cadenciava o jogo e não propunha mais uma pressão intensa, mas só fazia a bola correr ao seu favor. Quem se deu bem neste jogo foi o goleiro Benaglio, que foi muito ativo e evitou uma goleada histórica.

Ainda assim, dá para valorizar algumas peças que foram muito acima da média no jogo de hoje. Denayer, por exemplo, fechou tudo lá atrás e ainda foi o homem responsável por começar todas as jogadas do time. Tete também foi muito bem pelo lado direito, assim como Aouar e Fekir no meio de campo que dominaram tudo com muita qualidade. Quem deixou a desejar foi Memphis Depay, em uma partida apagadíssima que não passou de algumas tentativas frustradas. Fim de jogo, placar no 3 a 0!

O Lyon volta aos gramados na quarta-feira (19). Jogo válido pela Copa da Liga Francesa. O adversário será o Amiens, fora de casa. Partida marcada para às 15h45 no horário de verão brasileiro. Jogo único. Até lá!

FOTOS: ol.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


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