domingo, 28 de novembro de 2021

Lyon não joga bem, mas faz o básico e vence com gol de Paquetá

Filipe Frossard Papini
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Montpellier foi melhor em boa parte do jogo, mas foi o OL quem aproveitou a chance que teve na vitória por 1 a 0


O Lyon entrava em campo neste domingo, pelo Campeonato Francês, ainda tendo um jogo a menos. O motivo foi a paralisação e consequente adiamento da partida da rodada anterior, diante do Marseille, em função de um arremesso de garrafa acertando o jogador adversário, realizado por um torcedor do OL. Com isso, o time entrava em campo na 10ª colocação, tendo exatamente a mesma quantidade de pontos do adversário do dia: o Montpellier, que era oficialmente o 9º lugar na tabela. Sendo assim, o confronto de hoje no Stade de la Mosson era praticamente um confronto direto na tabela também.

O time da casa foi para este confronto com um desfalque dos mais importantes. O excelente meia Téji Savanier havia sido expulso na partida anterior e acabou tendo que cumprir suspensão nesse duelo. Além dele, o lateral Tamas e os zagueiros Pedro Mendes e Estève completam a lista dos ausentes, estes pelo departamento médico. Quem retornava de suspensão era o volante Jordan Ferri, cria da base do OL, que assumia a faixa de capitão. O brasileiro Thuler, cogitado como titular hoje, começava no banco. Assim ficou escalado:


Já o Lyon tinha praticamente o mesmo time a disposição em relação ao jogo da última quinta-feira, diante do Brondby. A novidade ficava por conta do retorno de Jérôme Boateng, que simplesmente foi poupado por Peter Bosz no compromisso anterior. Ele começava como titular. Outro que foi preferido para iniciar jogando foi o centroavante Slimani, com Paquetá portanto jogando um pouco mais recuado. O OL não tinha hoje as presenças de Dubois (lesão na coxa), Diomandé (torção no tornozelo) e Reine-Adélaïde (recuperando de cirurgia no joelho). Veja a escalação:


No comecinho do jogo, quem impressionava mais em termos de volume de jogo era o Montpellier. Eles conseguiam sair tocando a bola desde o campo de defesa até o campo de ataque e procurava o gol. Diferentemente dos donos da casa, o OL conseguia até ter a posse de bola, mas tinha mais dificuldades para chegar até a área adversária. Os primeiros dois lances de perigo foram do MHSC, inclusive com um chutaço de Mollet no travessão, após passe açucarado de Mavididi. Perdeu por falta de capricho.

A resposta com perigo do Lyon chegou poucos minutos depois, aos 14’, quando Lucas Paquetá recebeu na meia lua da entrada da área e, mesmo com a marcação triplicada, ele cortou para a direita e bateu com força no cantinho. O goleiro Omlin, que parecia relutante nos primeiros lances do jogo, acabou fazendo uma baita defesa com a pontinha dos dedos. A primeira finalização do OL dependeu de uma jogada individual do brasileiro.


A diferença entre Montpellier e Lyon é que o OL pouco chegava no comecinho do jogo, mas parecia ser muito mais severo quando tinha a oportunidade de tentar fazer o gol. Gol este que acabou saindo aos 17’, logo na sua segunda chance criada. A bola começou com Gusto no lado direito. Ele cruzou para Slimani chegar completando e acertar o travessão. No rebote, Paquetá completou de cabeça e abriu o placar: 1 a 0!

Depois de sofrer o gol, o Montpellier perdeu um pouco do ímpeto e da confiança que tinha em si mesmo no jogo. E o Lyon parecia querer aproveitar essa baixa do adversário e tirar do momento talvez um segundo gol.  A oportunidade apareceu logo aos 28’ em lance de bola parada cruzada. Aquele lance que é “melhor que um escanteio”. Bruno Guimarães foi quem cobrou e colocou um efeito que ela quase entrou no gol, no segundo pau. Slimani até tentou completar, mas a bola saiu em linha de fundo.


A grande realidade é que depois que o Lyon conseguiu fazer seu gol, o cenário do jogo deu uma boa mudada. Aos olhos do espectador, para ruim: o Montpellier não conseguia mais chegar na área adversária para criar oportunidades. E o OL conseguia segurar a bola no campo de ataque, mas também sem conseguir ter a capacidade de construir outras oportunidades de gol para dobrar a vantagem.

No finalzinho da primeira etapa, o Montpellier até tentou esboçar uma reação. Teve duas pequenas oportunidades para isso, mas também sem conseguir arrancar aquele suspiro do torcedor, que até fazia bom número no Stade de la Mosson. A verdade é que o ataque do MHSC não parecia confortável na tarde deste domingo. Talvez a falta de Savanier mesmo, ou simplesmente uma marcação bem encaixada.


Na volta do intervalo, Dall’Oglio não demorou muito tempo para fazer sua primeira mexida no jogo. Com apenas dez minutos de bola rolando na etapa final, entrou Wahi no lugar de Gioacchini. Imediatamente o time reagiu. Mollet teve uma oportunidade praticamente igual a do primeiro tempo, quando recebeu sozinho de Mavididi para finalizar, mas de novo não se deu bem. Dessa vez, defesaça de Lopes!

A simples troca no MHSC melhorou bastante o time. A partir daquela mudança, com Wahi em campo, o time ganhou um pouco mais de corpo ofensivo e o OL não tinha mais fôlego ofensivo. Todo mundo lá na frente parecia mais apagado. Não à toa, Peter Bosz resolveu mexer perto dos 25’ da etapa afinal, colocando Damien da Silva, Thiago Mendes e Moussa Dembélé no jogo para as saídas de Boateng, Bruno Guimarães e Slimani. No MHSC, saia Germain para a entrada de Makouana.


Já perto dos 35’ do segundo tempo, o OL teve duas chances de dobrar o marcador. Primeiro com Dembélé, que chegou mais rápido que a zaga e o goleiro, mas acabou finalizando em cima de Omlin em lance perigoso já fora da área. Depois foi a vez de Toko Ekambi finalizar um lance que começou com Paquetá, depois um lindo giro de Aouar, que achou a camaronês. Todo mundo fez tudo certo, mas parou novamente no goleiro Omlin.

Dall’Oglio mexeria no Montpellier de novo, colocando Sambia e Leroy para as saídas de Souquet e Chotard. Enquanto isso, o OL também mexia. Peter Bosz sacou Paquetá para a entrada de Cherki, que brilhou na última quinta-feira ao marcar dois gols diante do Brondby pela Liga Europa. Mas o OL não parecia disposto exatamente a buscar um segundo gol. Queria mesmo era segurar o placar já construído, apesar de perigoso.


A grande verdade é que o Montpellier só não conseguiu fazer um resultado que arrancasse pontos do Lyon porque tinha um time muito inexperiente do meio pra frente. Mavididi, Wahi, Makouana, Gioacchini, Mollet, Leroy e Germain, todos que jogaram ali ofensivamente hoje, dá uma média de 23 anos, sendo que o trio que finalizou o jogo: Mavididi, Wahi e Makouana, tem 23, 18 e 19 anos respectivamente. São bons jogadores, mas faltou um algo a mais.

E o Lyon mais uma vez com imensas dificuldades de manter o resultado quando sai na frente no placar. Se perde totalmente na etapa final. Não dá pra saber se falta perna, se é um preparo mal feito ou se simplesmente o time se acomoda ou não sabe lidar mesmo com a vantagem. O que é certo mesmo é que hoje o empate só não aconteceu por detalhe e por uma tarde inspirada de Anthony Lopes (mais uma).


O próximo compromisso do Lyon já é no meio de semana, em partida que será realizada no dia 1º de dezembro, quarta-feira, às 17h do horário de Brasília. O adversário do OL será o Reims e a partida acontecerá no Groupama Stadium de portões fechados, pela punição diante do OM. Todos os jogos do Campeonato Francês na 16ª rodada acontecerão nesta quarta. Até lá!

FOTOS: ol.fr | mhscfoot.com
CAMPINHOS: L'Equipe


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