sábado, 17 de abril de 2010

Confusão e muita vontade em campo marcaram o duelo entre Bordeaux e Lyon

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi

Depois de um primeiro tempo morto, o segundo foi emocionante. Apesar do empate, o embate foi algo muito interessante de se ver


FOTO: Football365.fr

Depois de se encontrarem na Champions League, o Bordeuax recebeu o Lyon hoje, no estádio Chaban-Delmas. A partida válida pela 33ª rodada era decisiva para a briga na ponta da tabela, que envolve seis times.

Laurent Blanc, que agora só pensa na Ligue1, colocou seu time com força máxima. Sem as presenças de Carrasso, Sertic, Planus, Fernando Menegazzo e Cavenaghi, o técnico Girondino fez o arroz com feijão e colocou o time mais provável. Veja a formação:




Ao contrário de Blanc, o treinador do Lyon, Claude Puel inventou. Ele também tinha problemas de desfalques e decidiu improvisar. Sem Boumsong, Clerc, Bodmer, Gonalons e Makoun, ao invés de reestreiar o zagueiro Anderson, ele preferiu recuar Toulalan e incrivelmente jogar sem volantes. Poupado, o atacante Lisandro começou a partida no banco de reservas. Veja o Lyon inicial:




Ao começar a partida, era nítido o que já estava iminente. O Bordeaux dominava o meio campo. Gourcuff jogava muito aberto, mas ainda sim encontrava dificuldades. Com três meias velozes e dois de ligação, o Cissokho e Réveillère não subiam para apoiar o ataque, até porque não havia necessidade. Devido a isso, eles jogavam mais recuado, ajudando no combate do meio campo.

A segurança que Cris e Toulalan aplicavam na último redudo lyonês também intimidava. Ambos muito firmes e dificultavam a vida de Chamakh.

Jogando fora de casa, os Gones não atacaram muito no primeiro tempo. Uma chegada de Bastos e outra de Gomis foram o ápice do periogo do OL, mas nada que assustasse o goleiro Ramé.

Por não ser acostumado a jogar dessa maneira, o Lyon acabou encontrando dificuldades na marcação. Quem acabou pagando o pato e ficou como marcador, foi o sueco Källström. Cometia faltas bobas e parava o lance em oportunidades desnecessárias. Foi em uma falta boba que o Bordeaux abriu o placar. Aos 25’, em bola parada pela esquerda, Gourcuff cruzou para a área. Chamakh deslocou Cris e marcou de cabeça. A arbitragem não viu a infração e validou o gol.

O primeiro tempo não despertou muitas emoções no público presente no Chaban-Delmas, o gol foi o único lance de real interesse e emoção.

No entanto o segundo tempo já começou melhor. O Lyon voltou com mais determinação. Parece que o time levou uma sacodidad no intervalo. Puel retirou o apagado Govou e colocou o principal jogador do time na temporada: Lisandro Lopéz.

Com 10’ de segundo tempo, o brasileiro Ederson empatou. Em jogada individual, ele carregou a bola em velocidade até a intermediária e chutou com potência. 1 a 1.




Imediatamente após o gol, Laurent Blanc mexeu no time. Trocou Saivet por Jussiê, até mesmo para tentar mudar a postura do time em campo. A reação foi praticamente instantânea. O brasileiro achou Plasil, ainda no meio campo. O checo arriscou dali mesmo e acertou um belíssimo gol, no ângulo de Lloris, aos 17’ do segundo tempo. O segundo tempo já estava melhor que o primeiro.

Após o gol, mais duas substuições. O Bordeaux colocava Traoré no lugar de Gouffran, enquanto pelo Lyon saia Gomis para a entrada de Delgado.

Aos 26’, o Lyon iguala o marcador novamente. O até então apagado, Pjanic, em cobrança de falta, cruzou para área e lá estava o brasileiro Cris para marcar. Uma finalização certeira, fora do alcance do adiantado Ramé. Jogo disputado, 2 a 2, para desespero da torcida bordelhesa.

Faltando dez minutos para o término da partida, Puel queima sua última alteração. Sai o brasileiro Ederson, autor do primeiro gol do OL e entrou o jovem Grénier, prata da casa.

Com poucos minutos para o término, quando a partida era “lá e cá”, uma lamentável confusão tomou conta dos gramados. Toulalan fez falta em Chamakh, mas parou o lance para o jogador do Bordeaux receber atendimento. Na continuação do lance, Tremoulinas não devolveu a bola e deu sequência a um contragolpe veloz. Sem pensar duas vezes, Réveillère fez dura falta e recebeu cartão vermelho. Revoltado, o lateral do Bordeaux foi tirar satisfação e também foi pro vestiário mais cedo. A confusão se generalizou, dirigentes e reservas também entraram em campo. No meio disso tudo, o jogador Pjanic foi atingido com um soco por Jussiê. O brasileiro também recebeu cartão vermelho.

Sem três jogadores em campo e com a situação resolvida, como a partida já estava nos acréscimos, não houve tempo do Lyon se aproveitar da vantagem numérica. Fim de jogo e o empate foi encarado como um resultado ruim para ambos os times. Agora a situação se complica para os dois últimos campeões nacionais.

A próxima partida é histórica: O Lyon jogará pela semi-finais da Champions League, contra o Bayern de Munique, na Alemanhã. O duelo será na quarta-feira 21/04 – às 15h45.

OUTRAS FOTOS: olweb.fr


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