domingo, 28 de janeiro de 2018

Com dois gols de pênalti, Bordeaux vence o apagado Lyon

Filipe Frossard Papini
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OL até começou bem a partida, mas a sequência de gols no primeiro tempo limou o ânimo do time, que não conseguiu se reerguer na segunda etapa




Após despachar o PSG na última rodada, o Lyon conseguiu bater o Monaco no meio de semana, sobrevivendo a uma sequência das mais interessantes. Mas o ritmo alucinante de grandes adversários não havia acabado. Neste domingo, o OL enfrentava o Bordeaux, no Matmut Atlantique, com o objetivo de vencer, já que o Paris já havia somado seus três pontos e, mais tarde, Monaco e Marseille se enfrentavam – uma partida que ajudaria bastante o OL, já que os dois times batalham ponto a ponto com ele mesmo e, um hipotético empate, seria de grande ajuda aos Gones. A ideia pro Lyon era vencer a qualquer custo. Já o Bordeaux, não tinha tanto esse compromisso, mas uma vitória poderia fazer o time subir quatro posições na tabela.

Jogando em casa, o time do recém-chegado Gustavo Poyet, tinha um bom número de desfalques, com peças importantes ausentes e três brasileiros começando entre os titulares. O técnico uruguaio não podia contar com Lewczuk, Verdon, Baysse, Plasil e Mendy. E tinha os brasileiros Pablo, Otávio e Malcom começando entre os 11. Além disso, o Bordeaux também tinha uma frente acompanhando o brasileiro formada por Laborde e o bom De Préville. Entrando em campo na 13ª colocação, definitivamente, o GdB tinha um time muito mais forte do que sua posição na tabela diz. Abaixo, veja a formação:




Bruno Génésio, por sua vez, tinha apenas um desfalque. O zagueiro reserva Mouctar Diakhaby, com problemas pessoas familiares, acabou sendo liberado pelo clube para não precisar viajar. Dessa forma, o time disponível para ir a campo era praticamente completo, o que permitia o treinador até poupar algumas poucas peças, como Bertrand Traoré e Memphis Depay, que começavam no banco. Outra peça que era pra estar no banco e acabou sendo cortada da relação era o volante Pape Cheikh Diop, que foi relacionado, mas acabou sendo preterido na última chamada. Veja como ficou armado o OL para o confronto:




No comecinho da partida, o que era esperado aconteceu: o Lyon conseguia dominar as ações no meio de campo, conseguia apertar o adversário em seu campo de defesa, mas aquele mesmo problema de não conseguir fazer nada além disso aparecia novamente. Aouar, apagado no começo, acabou não recebendo muitas bolas, o que acabava forçando pelo lado de Cornet. Enquanto isso, o Bordeaux era astuto, e acionava Malcom em todas as oportunidades. E o brasileiro parecia inspirado para fazer a diferença.

Aos 22’, o que parecia óbvio minutos antes, aconteceu. O Lyon foi com tudo pra cima, perdeu a bola no ataque e deu contra-ataque pro adversário. No meio, Tousart tentou parar o lance, mas Laborde se deu melhor e acionou Malcom, que puxou toda a marcação pra ele. O brasileiro soltou e achou Meïté na meia lua da entrada da área. Quando a marcação apareceu, ele só soltou para De Préville, que entrou sozinho pela esquerda e finalizou no ângulo. 1 a 0 para os donos da casa.

Cinco minutos após abrir o placar, o Bordeaux conseguiu ampliar o marcador. E desta vez, não houve falha direta da defesa do Lyon. Foi falha mesmo da arbitragem. Malcom recebeu dentro da área e, apertado por Morel, acabou se jogando de forma claríssima, mas o juiz François Letexier acabou caindo na onda do brasileiro, que cobrou o pênalti de canhota, deslocou Lopes para o outro lado e acabou decretando o 2 a 0!

Com a desvantagem no placar, o Lyon ficou tímido em campo. Perdeu suas forças e parecia curiosamente ter desistido do jogo. Mariano Díaz, Aouar e Ndombélé já não apareciam bem. Apenas Cornet e Fekir queriam jogo, e isso mexia claramente no ritmo da partida. Obviamente, o Bordeaux se aproveitava disso e conseguia impor uma marcação mais tranquila, deixando o próprio Lyon escorregar nos seus erros.

O Lyon, por sua vez, sabia também de um erro do adversário e se baseava nisso para tentar juntar os cacos e, quem sabe, buscar uma reação. A saída de bola do time da casa era muito fraca, para não dizer desastrosa. Sempre voltavam o jogo no goleiro Costil, que ou dava um chutão, ou tentava saindo jogando e acabava entregando na fogueira para algum defensor. O OL tentava apertar a saída do adversário e conseguia roubar algumas bolas... Mas nada além disso.

Antes do intervalo chegar, o jogo teve dois momentos de reviravolta. O primeiro foi através de um escanteio de Fekir. Ele colocou na cabeça do zagueiro brasileiro Marcelo, que subiu sozinho e fez: 2 a 1. Era a reação do Lyon? Era a oportunidade de voltar para o intervalo e se recuperar? Poderia... Mas o Bordeaux ainda fez mais um. Poundjé tentou buscar uma bola quase perdida na área. Cornet “segurou” para Lopes sair na bola. Ele acabou derrubando o jogador do Bordeaux e, agora, de forma correta, o pênalti foi marcado. Laborde cobrou no meio e fez: 3 a 1!

Na volta para o segundo tempo, Bruno Génésio acabou retornando com duas alterações logo de cara: Tousart e Rafael deixaram o campo para as entradas de Memphis Depay e Kenny Tete. O Lyon mudava sua formação inicial de 4-3-3 para um 4-1-4-1, com a apenas Ndombélé fazendo a marcação no meio de campo, com o apoio de Aouar, que mesmo assim, tinha uma função mais avançada. Ousada, porém a mudança era necessária e poderia ser o ânimo que faltava até o final do primeiro tempo.

Conseguindo impor seu jogo, mas sem criar finalizações, o Lyon apertava o Bordeaux, mas não saía disso. Era complicado desenvolver o jogo. Génésio mexeu de novo, portanto. Colocou Bertrand Traoré e tirou Maxwel Cornet – que fez um bom primeiro tempo – mas que ficou apagado na segunda etapa. Pouco depois, Gustavo Poyet também mexeu, tirando o atacante Laborde e colocando o volante Sankharé.

O Bordeaux de Gus Poyet tinha a vitória debaixo dos braços. Era saber se defender bem e atacar de forma certeira nas (poucas) oportunidades que apareceriam. E foi essa a receita que foi seguida. O Lyon só incomodava Costil em momentos de bolas paradas. Foi assim quando Memphis Depay cobrou uma falta, aos 27’ do segundo tempo, e o goleirão acabou buscando no ângulo em bela defesa.

Aos 30’ do segundo tempo, o Lyon viu uma boa oportunidade para crescer no jogo. Em jogada incisiva, Fekir tentava penetrar na área, já tinha passado por Pablo, mas acabou sendo derrubado por Otávio. O volante brasileiro viu o segundo amarelo e foi expulso. Na cobrança de falta, Traoré cobrou na barreira, mas no rebote, Memphis Depay acabou pegando de primeira e, novamente, forçou ótima intervenção de Costil.

Depois da expulsão, Gus Poyet mexeu pela segunda vez, colocando o zagueiro/lateral Pellenard no lugar do brasileiro Malcom. Era a recomposição que precisavam para manter o sistema de marcação que vinha funcionando. Mas foi o mesmo Bordeaux quem assustou de novo e quase marcou mais um. Em jogada de De Préville pela direita, ele de calcanhar achou Meïté entrando na área. Com um chute cruzado e quase sem ângulo, ele acabou finalizando na linha de fundo.

Nos últimos minutos de jogo, quando o Lyon já havia percebido que não davam mais e o Bordeaux percebeu que já estava mais do que satisfeito com o placar, o jogo só não caiu de qualidade, como também sofreu várias paralisações com faltas e atendimentos médicos. Definitivamente, não dava para fazer mais nada, nem mesmo com os acréscimos apontando cinco minutos. Youssouf entrou no lugar de De Préville na última troca, mas ali já estava certo: o Lyon perdeu a oportunidade de se isolar na vice-liderança!

Agora o Lyon concentra suas forças para enfrentar sabe quem? O mesmo Mônaco de quarta-feira passada. Agora, o confronto é pela Ligue 1 e não mais pela Copa da França. O jogo será no próximo domingo (4), às 18h. Partida válida pela 24ª rodada do Francês. Até lá!

FOTOS: France Football / olweb.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


GOLS DA PARTIDA:

De Préville (1-0):

Pênalti inexistente:

Malcom (2-0):

Marcelo (2-1):

Laborde (3-1):

Expulsão de Otávio:


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