domingo, 14 de janeiro de 2018

Lyon fica no empate contra time da zona do rebaixamento e vê chance da vice-liderança escapar

Filipe Frossard Papini
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Angers visitou o Groupama Stadium para jogar defensivamente, arrumou um gol logo cedo e acabou conseguindo o que queria: arrancar algum ponto




Com o fim de 2017 e 2018 chegando, o Lyon já avançou na Copa da França – após virada sofrida diante do Nancy – mas agora voltava aos gramados, desta vez, pela Ligue 1, onde entrou em campo na 3ª colocação, mas podendo ultrapassar o Monaco, que acabou empatando no sábado, dando uma brecha ao OL para poder assumir a vice-liderança isolada. Caso perdesse, o Lyon embolava tudo novamente e, agora, com o Marseille também na mesma somatória de pontos. Por outro lado, o time do Angers só tinha um único objetivo: vencer para sair da zona de rebaixamento. E uma vitória já era o suficiente.

Em campo, para bater o Angers, o Lyon foi com força máxima. Bruno Génésio tinha dois desfalques que voltavam de lesão: Bertrand Traoré e Mariano Díaz. O primeiro, já em condições, faz sua volta pelo time B, por enquanto, já o segundo ainda passa por fase de recondicionamento físico. Em campo, Génésio apostou nos brasileiros hoje. Rafael, Marcelo e Marçal começavam em campo. Além deles, Maolida ganhava mais uma chance entre os titulares, substituindo, claro, Mariano – ausência já citada. A torcida, no entanto, lamentava a ausência de Ndombélé, que começava no banco. Veja como ficou escalado:




Stéphane Moulin também tinha poucos desfalques para o jogo de hoje, um para ser mais preciso: o centroavante Goran Karanovic. Mas isso não era um problema para o treinador, que tinha inúmeras opções ofensivas para o duelo de hoje. Opções estas, que eram o ponto forte do time alvinegro – que hoje vestia verde -, que não vem bem na competição mas, ainda assim, tinha um forte elenco e que poderia incomodar, principalmente no ataque, reunindo nomes como Toko Ekambi e Tait, que começavam jogando, além de Enzo Crivelli, Guillaume e Ketkeophomphone, que iniciavam no banco. Veja abaixo como ficou montado o time de Moulin:




Não é segredo para ninguém que o Lyon começaria pressionando bastante o Angers, amassando sua defesa e fazendo impor seu estilo de jogo, contra um outro que se propõe a defender. E foi isso que aconteceu nos primeiros minutos. Génésio só não esperava um time de Moulin completamente bem postado. Era uma defesa muito bem montada e que impunha muitas dificuldades ao Lyon, que já sentia falta de Mariano Díaz.

Tudo indicava, portanto, que seria um ataque contra defesa. Mas toda defesa também tem contra-ataque. E o OL não contava com isso logo cedo. Em um piscar de olhos, o Angers já estava dentro da área adversária e Fulgini acabou sendo derrubado por Jérémy Morel. Pênalti claríssimo e perfeitamente bem cobrado pelo artilheiro Toko Ekambi, que deslocou Lopes e abriu o placar sem problemas. 1 a 0!

Antes dos 30’ de jogo, e depois de Toko Ekambi assustar de novo a defesa do OL em contra-golpe, os donos da casa conseguiram boas oportunidades. A primeira foi com Memphis Depay pelo lado esquerdo. O holandês fintou o defensor, chegou até a linha de fundo e Marçal não conseguiu antecipar o goleiro para finalizar. No minuto seguinte, Memphis cruzou bola de escanteio na cabeça do brasileiro Marcelo, que conseguiu finalizar, mas por cima. O goleiro Butelle já estva vendido no lance.

Com uma marcação implacável, o Angers não dava muitas opções ao adversário. O Lyon tentou por boa parte pelo centro, mas ali estava bastante povoado e dificultava muito as incursões. A ideia começou a vir pelos lados e, mesmo ainda não sendo tão perigoso, as melhores oportunidades eram criadas a partir dessa estratégia... Mas os laterais apoiando pouco e com Fekir e Memphis se desdobrando para abrir espaços, era uma briga quase em vão.

Outra situação que complicava o Lyon era a troca de passes para achar um buraco no sistema defensivo adversário. Quando a bola ficava rodando no centro, por várias vezes, algum defensor errava um passe de pouco metros e, além de complicar a jogada com a posse de bola, também acaba possibilitando o ataque adversário, geralmente puxado por Tait ou Toko Ekambi e que, quase sempre, também dava muito trabalho.

Ainda antes do intervalo, o Lyon se desesperou e já não conseguia trabalhar a posse de bola com calma, como fazia no início do jogo. A estratégia era ter o domínio, abrir para quem estivesse dos lados do campo e, quase que imediatamente, um levantamento para a área – que ninguém acaba chegando. Em suma, as jogadas eram desperdiçadas em uma ideia que soava mais como desespero do que algo estrategicamente pensado.

Na volta para o segundo tempo, tudo aquilo que o Lyon não conseguiu no primeiro tempo, resolveu rapidamente na volta. Parece que a conversa no vestiário foi boa, uma vez que Fekir conseguiu empatar o jogo com dois minutos do retorno da etapa final. A jogada começou nos pés de Rafael, que cruzou na área e achou Cornet. Ele fintou o zagueiro, cortou pra dentro da área e Fekir apareceu para roubar sua bola e já finalizando no canto de Butelle. 1 a 1!

Poucos minutos depois, o Angers tentou responder. E mais uma vez na típica jogada de contra-golpe que funcionou até bem, de certo modo, no primeiro tempo. Toko Ekambi, novamente, teria a oportunidade de colocar seu time na frente mas, apesar de belíssima assistência que cortou todo o gramado, mas na hora de finalizar, o centroavante afinou para o goleiro do OL, se assustou, e finalizou de forma rasteira, pra fora.

Aos 17’ da etapa final, a primeira troca no jogo. O laociano Billy Ketkeophomphone entrou no lugar de Pierrick Capelle, justamente tentando visar essa questão das rápidas jogadas no contra-ataque, que ainda era o que restava ao time visitante. Mas foi o Lyon quem assustou novamente. Em cruzamento vindo da direita, a bola passou por todo mundo e chegou pra Memphis Depay que, de cabeça, finalizou para Romain Thomas tirar em cima da linha.

Depois desse lance, os dois times trocaram. No Angers, saiu Fulgini para a entrada de Enzo Crivelli, voltando de lesão. No OL, foram duas trocas ao mesmo tempo, saindo Memphis Depay e Myziane Maolida para as entradas de Tanguy Ndombélé e Amine Gouiri. Certamente, o OL colocando opções mais viáveis ofensivamente em busca da vitória em casa, que – como já foi citado – era importantíssima.

Faltando cerca de dez minutos para o término da partida, Stéphane Moulin mexeu pela última vez, colocando Enzo Crivelli no lugar de Angelo Fulgini. Nenhuma das trocas do Angers fez efeito, mas a coisa complicou depois que Flavien Tait, bom meio-campista do time alvinegro acabou sendo expulso depois de ver o segundo cartão amarelo. O Lyon tinha cerca de seis minutos para tentar uma virada com um a mais em campo.

No fim da partida, Ndombélé e Gouiri justificaram suas entradas. Com atuações bem verticais, buscando o gol a todo instante, os dois acabaram sendo os que mais criaram no finzinho, com Ndombélé tendo uma chance de fora da área desperdiçada em bom chute de canhota e Gouiri recebendo na área e finalizando a queima roupa no goleiro. Mas tudo isso não foi o suficiente para o Lyon terminar com a vitória. O empate foi o resultado final!

O Lyon agora mantém suas atenções para o Campeoanto Francês. Seu próximo adversário será o Guingamp, no Stade du Roudourou, às 16h do horário de verão brasileiro do próximo dia 17, quarta-feira. O jogo é válido pela 21ª rodada da Ligue 1. Até lá!

FOTOS: olweb.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


OS GOLS DA PARTIDA:

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