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Karl Toko Ekambi, que foi contratado no começo da semana, entrou ainda no primeiro tempo e deu contornos finais na vitória por 3 a 0 diante do Toulouse
O Lyon entrava em campo na manhã deste domingo com um elemento que há muito tempo não conseguia ter e que desde os tempos em que Sylvinho comandava o grupo, ele tentava obter: confiança! O time venceu todas as partidas que fez em 2020 e isso mostrava uma evolução não somente dentro de campo, como também psicológica. Vale lembrar que o OL vem com desfalques importantes há bons jogos e assim será até meados de abril e ainda assim o time vem esboçando reação. O confronto de hoje, acima de qualquer coisa, era diante dos lanternas. Um jogo, em tese, fácil. Mas seria mesmo?
Em campo, Rudi Garcia preparou o time no 4-3-3 e sem muitas novidades. O atacante recém contratado nesta janela de inverno, Karl Toko Ekambi, já estava disponível, mas começava o duelo no banco de reservas. Outra novidade no time era a ausência de Anthony Lopes. O goleiro sentiu dores no ombro durante a semana e ficou de fora para fazer alguns tratamentos. Por isso, Tatarusanu foi mantido como titular – uma vez que já havia jogado contra o Lille no meio de semana. Já no meio de campo, onde a disputa a partir desta janela será intensa, Caqueret ganhou mais uma chance para jogar. Veja só como ficou:
Com o Groupama Stadium relativamente vazio, o Lyon tentou impor pressão logo no começo do jogo. E conseguiu fazer isso. A grande diferença é que ao apertar o adversário nos primeiros minutos de jogo, o OL ainda encontrou dificuldades para finalizar. Conseguia fazer porcentagem na posse de bola, mas era ineficiente com ela aos pés. Muitos cruzamentos para ninguém e jogadas que nem chegavam às mãos do goleiro Kalinic.
Perto dos 20’ de jogo, uma situação diferente e preocupante no gramado. Martin Terrier caiu sozinho na intermediária do ataque e, imediatamente, os jogadores pediram a entrada dos médicos. Ele ficou recebendo tratamento por cerca de quatro minutos até ser retirado de maca e imobilizado. Por consequência, acabou tendo que ser substituído. Aos 25’ do primeiro tempo, Karl Toko Ekambi fazia sua estreia com a camisa do clube.
Imediatamente, o Lyon conseguiu abrir o placar. E não teve qualquer interferência de Toko Ekambi – portanto, o gol não saiu por causa da alteração, diga-se. A jogada começou no meio de campo, perto da linha central, mais pela direita. Aouar viu Cornet se deslocando e fez um passe cortando toda a linha horizontal do campo até achar o marfinense. Ele saiu em disparada, deu um corte seco no zagueiro e tocou debaixo das pernas de Kalinic. 1 a 0!
Com o gol apontado no placar, o Lyon parecia que iria apertar mais para conseguir aumentar a vantagem. O tradicional “abriu a porteira?” parecia ser a grande pergunta do momento. Principalmente porque no lance seguinte ao gol, o OL quase dobrou o placar em jogada individual de Dembélé. Ele conseguiu entrar na área do Toulouse e realizar a finalização. Mas o chute foi bem amparado por Kalinic.
A torcida empolgou, começou a cantar mais alto e incentivava o time. Mas o gol parecia ter acontecido ao acaso mesmo. Em pouco tempo, o OL voltava a ser o mesmo time do começo do jogo: com domínio amplo do jogo, tendo mais posse de bola, mas sem sabe converter isso em qualquer oportunidade. O TFC mantinha-se recuado e tentava aproveitar todas as bolas que caiam aos seus pés, mas faltava muita qualidade para transformar isso em perigo.
O primeiro tempo se encerrava com o OL sendo, sim, melhor em campo. Mas, por sorte, o adversário era o lanterna da Ligue 1. Era muito pouco diante de um time tão frágil e cheio de desfalques como este que o Toulouse colocava em campo nesta 21ª rodada. O jogador mais lúcido da partida até aquele momento era Maxwel Cornet, não somente pelo gol, mas por querer demonstrar e muita vontade.
Na segunda etapa, o cenário não mudou muito. O Lyon novamente seguia com o controle parcial do jogo, conseguia criar oportunidades, mas poucas delas com real chance de perigo. Enquanto isso, o Toulouse jogava por uma bola. Tentava ligar rápidos contra-ataques, mas era pouco eficiente nessa estratégia. De toda forma, uma vez ou outra ainda conseguiam chegar perto de Tatarusanu, um perigo que de alguma maneira rondava a vantagem do placar.
Além das deficiências técnicas que o jogo naturalmente apresentava, ele também começou a ganhar contornos físicos. Muitos embates corpo a corpo, muitas faltas dadas pela arbitragem e outras ignoradas. Esse tipo de jogo, com base no contato, não era bom para o Lyon. O time então decidiu fazer disso uma vantagem e começou a apostar na velocidade pelas beiradas. Ou seja: se o adversário fosse para matar a jogada na falta, certamente seria penalizado.
Sem contornos maiores, sem esboçar reação e ainda tomando pressão, o Toulouse decidiu fazer sua primeira alteração. Denis Zanko tirou de campo o centroavante Leya Iseka e colocou o grego Koulouris. A troca surtiu efeito imediato, mas ao contrário. O Lyon foi quem fez gol. O segundo na partida. Bela jogada de Marçal. Ele iria fazer um golaço com direito a chapéu. Mas a bola foi rebatida. No rebote, ele achou Dembélé que, este sim, concluiu ao gol sem muito trabalho: 2 a 0!
Depois do segundo gol, os dois times mexeram de novo. O Lyon apareceu com o jovem Rayan Cherki no lugar de Houssem Aouar, enquanto o Toulouse tirava Mathieu Dossevi para a entrada de Wesley Saïd. E, novamente depois de uma troca, o Toulouse sofreria mais um gol. Dessa vez, o marcador seria o estreante Toko Ekambi. Ele aproveitou uma jogada de Dembélé, que brigou, lutou e na base da raça recuperou uma bola já quase perdida. Essa bola ficou nos pés de Thiago Mendes que rapidamente achou Toko Ekambi. Ele só teve trabalho de chutar cruzado: 3 a 0!
Com o jogo já dominado e faltando pouco mais de dez minutos para o fim da partida, o OL queimou sua última alteração com Traoré no lugar de Cornet. Ali já era o momento em que o time segurava o jogo e o Toulouse já entendia que não tinha mais como fazer nada. Duelo protocolar e sem pressão de lado a lado, o que colocava temperos de “jogo aberto” no finzinho da partida.
Antes do fim, o Toulouse ainda queimou sua última mexida com Adli no lugar de Boisgard, mas não havia tempo para mais nada. O Lyon – mesmo com inúmeras dificuldades ao longo do jogo – foi melhor do início ao fim. O grande problema dos Gones na partida foi encontrar o caminho do gol. Quando isso aconteceu, o cenário se tranquilizou. Mas, certamente, era jogo que poderia ter um placar bem mais elástico se o time estivesse mais organizado.
Toda concentração agora de volta para a Copa da França. O Lyon já está na fase de oitavas de final da competição e agora tem páreo duro pela frente. Vai enfrentar o Nice, em partida única, fora de casa. O jogo está marcado para a próxima quinta-feira (30), às 17h do horário de Brasília. Até lá.
CAMPINHOS: L'Equipe
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