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OL saiu atrás no marcador após falha bizarra do zagueiro Andersen e, no segundo tempo, conseguiu melhorar muito seu futebol para fazer a virada e três pontos importantes
Depois de vencer bem seus dois jogos pelas copas, tanto a da Liga quanto a da França, o Lyon agora voltava suas atenções na competição em que mais precisa reagir: a Ligue 1. Entrando em campo hoje na 12ª colocação, enfrentava um concorrente direto para escalar a tabela, o Bordeaux, que estava com a mesma quantidade de pontos e em 13º lugar. A missão dos dois times era a mesma: só a vitória interessava. E o motivo para isso é bem simples, somente três pontos separam justamente o 13º do 5º colocado na classificação, e vencer nessa 20ª rodada, poderia mudar tudo.Armado no 3-4-3 e com inúmeras variações com e sem a bola, o treinador Paulo Sousa preferiu não começar jogando com o jogador que foi notícia durante toda a semana para os girondinos. O meia Rémi Oudin, que acabou de deixar o Reims para assinar com o Bordeaux, começava a partida no banco de reservas. Com o desfalque apenas de François Kamano, o Bordeaux vinha praticamente com força máxima, incluindo o zagueiro brasileiro Pablo, o volante Otávio e Jimmy Briand, velho conhecido da torcida do OL e que estava preparado para cometer a lei do ex. Veja como ficou:
Enfrentando um adversário tão sedento pela vitória quanto, e jogando fora de casa, o Lyon não se intimidou. Rudi Garcia entrou em campo em um 4-3-3 clássico, podendo variar para o 4-2-3-1. A principal mudança em relação ao jogo anterior era a volta de Fernando Marçal. O lateral brasileiro, poupado da partida de quarta, começava jogando. Quem também iniciava era Caqueret ao lado de Thiago Mendes. Especialmente hoje, Tousart – negociando com o Hertha Berlim – era banco. OL novamente sem alguns jogadores, casos cirúrgicos, como Koné, Dubois, Reine-Adélaïde e Memphis Depay. Veja a formação:
Matmut Atlantique em polvorosa. A torcida, definitivamente, fazia sua festa e empurrava a equipe do Bordeaux. Mas no começo do jogo, quem dominava as ações dentro de campo era o Lyon. O time conseguia ser ofensivo e a o mesmo tempo não passava sufocos defensivamente. Jogadas com relativo perigo foram criadas nos primeiros dez minutos de jogo, mas nada que tirasse o sossego do goleiro Costil.
O Lyon parecia sereno, calmo em campo, e não sucumbia diante da pressão exercida pela torcida adversária. Mas uma jogada individual colocou tudo a perder. Enquanto o OL trabalhava sua saída de bola, Joachim Andersen tentou recuar para Anthony Lopes e acabou entregando de graça para Jimmy Briand, que estava na espreita e não perdoou, colocando a bola para dentro aos 15’ de jogo. 1 a 0!
O gol acabou não evitando o modo de jogo do Lyon, que continuava com a mesma postura, mesmo tendo saído atrás no placar tão cedo. A única diferença, a partir dali, é que o nervosismo pelo erro defensivo custou a calma de todo o time. Não tinha mais segurança para tentar tocar a bola com tranquilidade e tentar construir o jogo desde a defesa até o ataque. Consequentemente, começaram a perder um pouco mais da posse de bola.
O Bordeaux, que tinha um time com uma consciência tática muito maior, sabia exatamente o que precisava fazer com o placar favorável. Conseguiam suportar a pressão do Lyon, que não atacava com veemência, diga-se, mas também conseguia impor um jogo onde não se expunha. Bastava segurar esse 1 a 0 de uma forma cautelosa, segura e sem cometer exageros. E isso Paulo Sousa fez com maestria na primeira etapa.
Ainda antes do primeiro tempo acabar, o Bordeaux mexeu pela primeira vez. O técnico tirou o volante Tchouaméni para colocar Rémi Oudin, a nova contratação bordelhesa para a temporada. Não se sabe se a alteração foi por ordem tática ou física, mas o jovem meio-campista deixou o campo correndo normalmente. Uma troca um tanto quanto diferente, já que dava mais poderio ofensivo ao time que precisava segurar o placar.
A resposta do Lyon veio quase que de imediato, em jogada pelo lado direito do campo. Traoré caminhou com ela e achou Dembélé na área. O centroavante fez o pivô e já ia dar a assistência para Aouar aparecer de traz fuzilando, mas a zaga cortou no momento certo. A bola ainda sobrou para Cornet do lado esquerdo, que apareceu com tempo de dominar, escolher o canto e chutar fraquinho pra fora.
Para o segundo tempo, o Lyon parecia ter voltado mais acuado um pouco e foi o Bordeaux quem deu o primeiro susto, em finalização de De Préville que acertou a trave de Lopes. Só que a pasmaceira do OL era só impressão e a resposta veio rápida e em um lance fortuito. Cornet recebeu na esquerda, cortou pro meio e decidiu bater da entrada da área. A bola tocou em Sabaly e acabou enganando Costil. Lyon empatava aos 5’ do segundo tempo: 1 a 1!
Somente três minutos depois de empatar, os Gones conseguiriam chegar ao seu segundo gol e virar a partida. O mesmo Cornet recebeu na esquerda, dessa vez em lance de contra-ataque. Ele segurou um pouco a bola e esperou a passagem de Dembélé, do outro lado do campo. O centroavante recebeu e só teve o trabalho de mandar um foguete pro gol de Costil: 2 a 1 para o OL de forma um tanto quanto surpreendente.
Imediatamente após sofrer a virada, Paulo Sousa mexeu, colocando o nigeriano Kalu no lugar de Sabaly, deixando o time ainda mais ofensivo. Rudi Garcia então promoveu sua primeira alteração, com Terrier no lugar de Traoré. Pouco tempo depois, Hwang foi a última troca do Bordeaux no jogo, para a saída do hoje apagado De Préville. Naquele momento do jogo, o GdB parecia perdido em campo, igual o OL estava quando sofreu o primeiro gol.
O Lyon ainda teria a oportunidade para fazer pelo menos mais uns três gols na sequência. O time da casa parecia vendido e o OL jogando excelentemente bem na segunda etapa. Teve defesa de Costil no cantinho, teve defesa com os pés, teve bola no travessão. Teve de tudo. O OL parecia esmagar o seu adversário como se estivesse jogando com um a mais. Ainda assim, o resultado com apenas um gol de vantagem era relativamente perigoso.
E o perigo, claro, rondou a área do Lyon a ponto de ter suas redes balançadas aos 39’ do segundo tempo. Em lance de bola parada, Pablo se deu melhor que Andersen no alto, conseguiu o desvio e colocou Koscielny na cara do gol, que marcaria o gol de empate. Mas o lance foi revisado pela arbitragem que entendeu que o zagueiro da casa estava em posição de impedimento. Naquele instante, o Bordeaux queria o seu ponto de todos os jeitos.
Já nos acréscimos, o Lyon fez sua segunda mexida, colocando Jason Denayer no lugar de Houssem Aouar e também herdando a faixa de capitão do meia. Enquanto o OL fazia de tudo para segurar o placar, com direito a fazer cera perto da bandeirinha de escanteio, Rudi Gacia ainda promovia a entrada de Lucas Tousart no último minuto dos descontos. Ele entrou no lugar de Maxence Caqueret, o melhor em campo hoje. E terminou assim, uma vitória boa, sofrida e em que o OL jogou muito bem.
O Lyon dá outra pausa no Campeonato Francês e retoma suas atenções para outra competição no momento. Volta para a Copa da França, agora nos 16 avos de final, onde vai enfrentar o Nantes, fora de casa, às 16h55 do horário de Brasília do próximo sábado (18). Partida única que vale vaga para as oitavas. Até lá!
CAMPINHOS: L'Equipe
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