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Apesar da volta do brasileiro, quem brilhou mesmo foi Mbappé, autor de dois gols
O confronto entre Lyon e PSG já é um clássico por si só. Não é preciso de contexto para quer esse duelo seja interessante. Mas hoje tinha o contexto também. Tudo se deve ao tropeço do Lille, então líder da Ligue 1, em jogo mais cedo. Perderam de 2 a 1 pro Nîmes e abriu o caminho para que o vencedor desse clássico se tornasse o líder do Campeonato Francês. Então, se o jogo nem precisava de tempero para ser um bom jogo, a coisa ficou ainda mais interessante a partir daí. E como já se trata da 30ª rodada, uma arrancada agora poderia fazer toda a diferença.
Para o jogo, o Lyon tinha um desfalque bem importante. Houssem Aouar sentiu uma fadiga muscular e acabou sendo desfalque para a partida. Ele praticamente é a mente pensante do meio de campo do time e, certamente, teria sua ausência sentida. Para substituí-lo, Rudi Garcia tinha algumas alternativas. Ou preencher o meio com o Bruno Guimarães ou Caqueret, avançando Paquetá, ou usando Cherki na posição. Preferiu entrar com Caqueret. E preferiu também começar com De Sciglio no lugar de Dubois. Veja como ficou:
No lado do PSG, os desfalques eram mais numerosos. Lettelier, terceiro goleiro, puxava a lista de ausentes, juntamente com Bernat, Kehrer, Sarabia e Icardi. Nomes importantes para o técnico Mauricio Pochettino formar seus onze iniciais. Mas o elenco numeroso e o plantel rico deixava a situação não tão grave assim, ainda mais que o treinador argentino tinha dois retornos bem importantes: Moise Kean, se recuperando do COVID-19 e Neymar, finalmente retornando de lesão, mas que começava no banco de reservas. Assim foi escalado o Paris:
Quando OL e PSG estão em campo, geralmente a posse de bola não é tão equilibrada assim e o time parisiense leva vantagem. Mas especialmente hoje, não foi assim. O Lyon conseguia equilibrar as ações, mas quase sofreu um gol logo aos cinco minutos de jogo. Jogada de muita velocidade de Mbappé pela esquerda, que fez o que podia pela beirada e cruzou rasteiro para Kean finalizar. Ótima intervenção de Lopes logo no início.
O OL tentou dar a resposta poucos minutos depois, com uma jogada de Memphis Depay pelo lado esquerdo com cruzamento pra área que não foi aproveitado por Toko Ekambi, mas quando se joga contra um PSG, não tem como errar. A punição veio logo em seguida, aos 15’. Jogada de Kean pela direita e cruzamento mal cortado pela zaga. Verratti tentou um sem pulo que Lopes salvou no reflexo. No segundo rebote, Mbappé não perdoou: 1 a 0!
Depois do gol, o Lyon sentiu a pancada e não conseguia mais fazer o seu futebol, aquele que aparecia nos primeiros momentos. Se recuava, deixava o PSG jogar e não somente isso. O time visitante não deixava os Gones atacarem e ainda chegava. Primeiro com Moise Kean em chute rasteiro de fora da área que facilitou a vida de Lopes. Depois com Di María, em lance individual onde poderia ter preferido o passe, mas arriscou pra fora.
A situação não melhorava para o OL e o PSG, experiente que é, sabe como controlar o jogo quando tem a vantagem a seu favor. Conseguia fazer com que o jogo fosse seu e isso ficou ainda mais evidente depois do segundo gol. Em dois lances seguidos de cruzamento, a defesa do Lyon não conseguiu tirar. Nesse segundo, Kimpembé colocou na área e Marquinhos disputou no alto. A bola sobrou nos pés de Danilo Pereira, sem marcação. Ele só empurrou: 2 a 0!
Basicamente, o primeiro tempo foi uma partida de um time só. O Lyon foi presa fácil do Paris Saint-Germain e não houve qualquer possibilidade de reação. Uma clara situação onde um time engoliu o outro. Defensivamente o PSG foi impecável. A estratégia de Pochettino de entrar com dois volantes de marcação e ainda colocar o Diallo como quase um terceiro zagueiro funcionou perfeitamente. O OL não conseguia jogar.
E do lado do Lyon? Poderia haver uma justificativa para o apagão? Talvez. Realmente Houssem Aouar faz muita falta no elenco dos Gones, mas não era possível somente depositar na ausência dele um resultado frustrante na primeira etapa. Para o time de Rudi Garcia, na real, faltou tudo. Ninguém jogou bem, exceto Memphis Depay, que parecia atuar sozinho enquanto o resto do elenco parecia totalmente perdido.
Na volta do segundo tempo, mais um banho de água fria. O Lyon não teve nem tempo de tentar mostrar uma reação. O PSG fez o terceiro com apenas dois minutos de bola rolando. Uma falta na quina da área em cima de Di María teve o próprio argentino na cobrança. Ele tentou fazer o cruzamento, mas foi aquela bola venenosa que passa por todo mundo e acaba entrando. 3 a 0, fora o show!
O placar elástico já tirava toda e qualquer animosidade do Lyon no jogo, mas o time tentou aos seis minutos do segundo tempo com Toko Ekambi. O camaronês recebeu de costas, conseguiu fazer o giro e bateu pro gol. Navas fez uma boa defesa. Na sequência do lance, o OL seguiu com a bola, mas perdeu. Rapidamente Verratti recuperou e já lançou Mbappé na quinta marcha. O francês não teve trabalho de avançar em velocidade e concluir para mais um gol: 4 a 0!
A reação do OL finalmente aconteceu aos 16’ da etapa final. E foi numa jogada de jogadores que entram em mexidas de Rudi Garcia. Ele trocou três de uma vez. Colocou Slimani, Bruno Guimarães e Dubois. Tirou Memphis Depay, Thiago Mendes e Kadewere. Com Cornet mais avançado e deixando a lateral, foi ele quem fez a tabela com Slimani conseguir balançar as redes. A troca de passes deixou o clarão para o argelino bater rasteiro de fora da área: 4 a 1!
Depois do gol, o próprio PSG colocou o pé no freio. O resultado já era o suficiente para os parisienses e não precisava mais forçar a intensidade do time. Em mais um lance de perigo de ataque do Paris, Mbappé quase fez o hat-trick, mas acabou fazendo careta de dor logo em seguida. Pochettino nem pensou duas vezes e lançou Neymar para o jogo, tirando o menino, autor de dois gols.
Faltando um pouco mais de dez minutos para o fim, o OL fechava suas últimas mexidas. Primeiro entrou Cherki no lugar de Toko Ekambi. Depois foi a vez da troca de zagueiros: Denayer por Diomandé. E o OL conseguiu chegar a mais um gol. Um passe mágico de Cherki no meio do campo achou Cornet atrás da defesa, mas em posição legal. O marfinense saiu cara a cara com Navas e conseguiu colocar no cantinho: 4 a 2!
O OL quase chegou ao terceiro gol se não fosse Kaylor Navas. O goleiro costa-riquenho brilhou demais em lance de bola aérea com finalização de Slimani. Depois do susto, Pochettino foi mexendo. Primeiro trocou Florenzi e Gueye por Dagba e Herrera. Logo depois, tirou Kean para colocar Draxler. Mas não houve tempo para mais nada. Vitória facílima do Paris dentro dos domínios do OL e liderança em novas mãos.
O próximo compromisso do Lyon agora será diante do Lens, outra pedreira nessa reta final de Ligue 1. O jogo será fora de casa, mas só ocorrerá no dia 3 de abril, com uma semana de pausa pela Data Fifa. A partida será num sábado, às 17h do horário de Brasília e será válida pela 31ª rodada. Até lá!
FOTOS: psg.fr | ol.fr
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