quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Em Glasgow, Lyon vence o Rangers sem sustos na estreia do Grupo A da Liga Europa

Filipe Frossard Papini
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A vitória por 2 a 0 contou com uma pintura de Karl Toko Ekambi, que abriu o placar em chute cruzado. O empate no outro jogo coloca o OL como líder da chave




O Lyon passou uma temporada inteira fora de uma competição internacional e, depois de trezes meses de ausência, lá estava o time novamente em uma disputa importante: a Liga Europa chegou para o clube e logo no seu primeiro compromisso, o bom e tradicionalíssimo time do Rangers, da Escócia. O time escocês não somente é o primeiro adversário do OL na competição, como também é o mais forte candidato. Portanto, os trabalhos se iniciavam com ares de decisão logo no comecinho.

Para esse jogo, o lendário Steven Gerrard, técnico do Rangers, tinha um desfalque muito importante. Ianis Hagi, filho da também lenda George Hagi, contraiu Covid-19 na última data Fifa e não estava com o grupo. Somado a ele, também não jogavam o zagueiro Helander, o volante Jack e o meia Ofoborh, todos por lesão ou retornando de tratamento. Os jovens McClelland e Kelly, da base, foram chamados para completar o banco. Veja abaixo!


O Lyon, que vem embalado por duas vitórias na Ligue 1, parece ter encontrado seu ritmo de jogo. Depois das chegadas de nomes como Shaqiri – que hoje iniciava no banco – e Boateng, que faria sua estreia como titular, o elenco ganhou confiança e vem fazendo boas exibições, capitaneadas por Bruno Guimarães, Paquetá e Dembélé. Mas Dembélé era desfalque hoje por lesão no treino. Slimani ganhou a vaga. Dubois, Thiago Mendes, Kadewere e Reine-Adélaïde eram os outros jogadores ausentes. Assim ficou escalado!


No comecinho do jogo, o Lyon começou o jogo de forma incrivelmente tensa e nervosa. Uma atuação curiosa a ponto de errar passes incrivelmente bobos e de curta e média distância. Certamente o ambiente de estádio cheio e no estrangeiro, somado ao fato de ser um time muito novo, deu uma pesada logo no começo da partida. A sorte dos Gones é que o Rangers não parecia ter qualquer intenção de se aproveitar disso.

O OL, mesmo sofrendo muito para impor seu jogo, era quem detinha a bola. E ter essa posse era complicado em algumas situações de saída de bola – não somente pelos passes errados – mas pela forma com o Rangers atuava sem ela. Era um encaixe muito bom no meio de campo que forçava o Lyon a procurar alternativas pelas laterais ou mesmo com bolas mais esticadas. E só assim começava achar espaços na primeira etapa.


Foi através de uma jogada buscando os lados que o Lyon conseguiu abrir o placar aos 23’ de jogo. Bruno Guimarães recuperou a bola no meio e acionou Karl Toko Ekambi pela esquerda. O camaronês, sem explodir em velocidade, dominou a bola e foi carregando-a em direção diagonal. E mesmo com muita distância, resolveu bater dali mesmo. O chute cruzado pegou curva e entrou no cantinho esquerdo do goleiro McGregor. Um belíssimo gol! 1-0!

O abatimento e a falta de qualidade ofensiva do Rangers e consolidou ativamente no primeiro chute a gol acontecer somente aos 28’ de bola rolando. Uma jogada individual de Aribo, que forçou Lopes a fazer boa defesa, mas que não levou um perigo no sentido literal. Sentia falta de Hagi mas não somente isso. Faltava nomes para realmente dar trabalho para a defesa do OL, que não me parecia bem entrosada hoje, inclusive.


Lundstram levaria perigo de novo ao gol do OL, mas dez minutos depois. Recebeu na entrada da área, cortou Caqueret e bateu cruzado, mas para a fora. A resposta do OL foi quase imediata. Paquetá tabelou com Aouar na direita. O francês foi até o fundo da área e depois cruzou para trás. Gusto foi quem apareceu fechando na área e finalizou bem, mas colocou a curva para o lado errado. E ela saiu caprichosamente para fora aos 38’ de jogo.

Já perto do fim do primeiro tempo, o Rangers quase não jogava mais em seu campo de ataque, mas as poucas vezes que chegava, já colocava algum perigo. Diferentemente de como vinha acontecendo no começo do jogo. O atacante Kent quase marcou em chute da entrada da área se não fosse defesaça de Lopes. E antes do apitar do intervalo, Gusto teve uma oportunidade de incursão em cruzamento e por pouco não achou Slimani fechando o passe.


Para a segunda etapa, o Lyon voltou bem mais organizado para o jogo e menos afoito, como demonstrava nos primeiros minutos da partida. Bosz realmente parece ter arrumado a casinha no vestiário e rapidamente o segundo gol apareceu. Uma jogada confusa, criada por Paquetá, mas que teve finalização de Aouar, Palmieri, Slimani, mas que no final das contas acabou sendo um gol contra de Tevernier, em um lance típico de pinball.

Logo em seguida, Gerrard mexia pela primeira vez, colocando Wright no lugar de Davies. Pouco depois, foi a vez de Kent deixar o campo, mas sentindo dores. Deu lugar a Roofe, que era cogitado para começar jogando. Bosz também mexeria duas vezes num curto espaço de tempo, colocando primeiro Diomandé no lugar de Boateng. E depois Shaqiri para dar saída ao autor do primeiro gol, Toko Ekambi.


Pouco depois, era Sakala quem entrava para a saída do amarelado Aribo. Nesse momento, o Rangers já parecia não somente abatido em campo, como sem qualquer recurso. Não acertou o gol de Lopes sequer uma vez durante a etapa final e chegou a dar muito campo para o OL durante muitas oportunidades. O jogo se desenhava para uma superioridade bem grande de um time para o outro.

O Lyon tem um importante compromisso no domingo, diante do PSG e, no finalzinho da partida já claramente tirava um pouco o pé. A própria saída de Boateng foi um indicativo disso, já que ele não estava 100% pro jogo. O placar de 2 a 0 nunca é seguro para fazer esse tipo de decisão, já que um gol do adversário poderia colocar fogo no jogo. Mas o Rangers não parecia ter fôlego (e nem talento) para isso.


O ato de desespero dos escoceses foi de tentar levantar bola na área, mas também não funcionava. Denayer fez uma excelente partida e acabou ganhando todas por cima também. Nem mesmo o Ibrox Stadium lotado era capaz de incentivar o time. Durante boa parte do jogo, o que se via era um torcedor que, normalmente é inflamado – apenas assistindo o jogo como se fosse um teatro. Totalmente rendido.

Enquanto Brondby e Sparta Praga terminavam o jogo empatado, o Lyon só administrava sem qualquer dificuldade a partida em Glasgow. Bosz poderia inclusive trocar mais jogadores e poupar ainda mais o time no finalzinho, mas ele parecia inquieto e até insatisfeito com o placar magro. No final das contas, foi uma exibição longe de ser brilhante, mas boa o suficiente para fazer o básico: vencer sem sustos.


Agora o Lyon reúne todas as forças possíveis para enfrentar ninguém mais, ninguém menos, que o Paris Saint-Germain. Jogo válido pela 6ª rodada do Campeonato Francês. A partida será em Paris, no Parc des Princes e, obviamente, será um dos grandes desafios para o OL na temporada, já que o trio Messi, Neymar e Mbappé já estreou e pode jogar juntos novamente.

FOTOS: Getty Images | ol.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


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