Filipe Frossard Papini
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O time da Riviera Francesa poderia assumir a vice-liderança da Ligue 1, mas o OL não deixou, venceu bem e forçou o adversário a dar somente um chute ao gol. Fulminante!
O Lyon estava novamente em campo com torcida muito presente. O Groupama Stadium foi palco do encontro entre OL e Nice pela 24ª rodada do Campeonato Francês e promessa de muita qualidade técnica de lado a lado, principalmente dos visitantes, mais regulares na atual temporada, disputando a vice-liderança ponto a ponto com o Marseille e chefiado pelo homem: Christophe Galtier, o atual campeão francês. De um lado um Lyon tentando encostar no G4 e o do outro, o OGCN só pensando no topo.
Para essa partida, o OL apareceu com mudanças consideráveis. A formação mudou: o 4-2-3-1 estava de volta. E mesmo tendo nomes como Da Silva, Diomandé, Aouar e Kadewere, todos eles começavam no banco de reservas. Quem também voltava e, já no time titular, era o atacante Toko Ekambi, retornando da CAN. Faivre e Ndombele também ganhavam vaga no time principal, bem como Thiago Silva, que foi zagueiro. De ausências, o OL tinha os machucados Denayer e Cherki, além de Reine-Adélaïde, pegando condição física no time B. Boateng sequer foi relacionado por uma decisão técnica. Assim ficou o OL:
O Nice, diferentemente do seu adversário no dia, apareceu com poucas novidades em relação ao time que já vinha atuando. Galtier tinha somente duas ausências, uma em cada lateral. Tanto Amavi quanto Atal estavam de fora. Lotomba – que retornou de Covid para esse jogo, junto com Benítez, Dolberg e Danilo - era a opção nas prévias pelo lado direito, mas foi Daniliuc quem ficou com a vaga. Na esquerda, Bard já praticamente assumiu a posição, então nem era novidade. Quem também voltava hoje era Boudaoui, que cumpriu suspensão na rodada anterior, mas iniciava no banco. Veja a formação do Nice:
Logo no comecinho, o Lyon já mostrava ao que vinha. Lukeba disputou a bola com Kluivert dentro da área do Nice, ainda aos três minutos, e o árbitro marcou pênalti de forma imediata. Dembélé foi para a bola e Benítez defendeu dando rebote. Paquetá apareceu e completou para o gol. Mas o juiz pegou irregularidade, tanto de Benítez, quanto de Paquetá. Na nova cobrança, Dembélé não perdoou e concluiu em gol aos 7’: 1 a 0!
Engana-se quem imaginava que o Nice iria tentar retomar o controle do jogo depois de sofrer o gol no comecinho. Muito pelo contrário. O OL continuou tendo a posse de bola e insistia em seguir atacando. Tinha mais posse, mas acabava dando alguns espaços para o time visitante principalmente sair em contra-golpe acionando o ótimo Delort. Até boa parte do primeiro tempo, essa foi a tônica do jogo.
Aos 23’, o Lyon criou uma ótima oportunidade com Faivre. Ele conseguiu abrir o jogo com Dubois na direita que viu Dembélé se posicionando entre os zagueiros ao fechar no ataque. Mas o cruzamento foi interceptado pela defesa. E essas jogadas pelas laterais, centralizando o último passe parecia ser um caminho interessante. O segundo gol do Lyon parecia muito mais maduro do que um possível empate.
O Lyon apareceria de novo, aos 29’. E dessa vez foi pelo centro. Jogada com ótima visão de Lucas Paquetá, que conseguiu perceber o movimento de Toko Ekambi, que saiu lá da esquerda fazendo o facão pelo centro. Ele recebeu e em excelentes condições de finalizar. Assim o fez. Até mandou um bom chute, com muita força. Mas Walter Benítez conseguiu evitar aquele que seria o segundo gol do jogo.
A segunda melhor chance que o OL teve no primeiro tempo foi quando Thiago Mendes recebeu cruzamento de Faivre vindo de escanteio e conseguiu dar um toquinho na bola, de cabeça. A bola ia tomando o caminho do gol, quando Gouiri apareceu em cima da linha e, também de cabeça, conseguiu afastar o perigo pra longe. O OL não só era melhor, como também dava um nó tático em Galtier.
Definitivamente, o jogo ia para o intervalo com somente um time mandando no jogo. O Lyon, sem dúvidas, foi quem dominou os espaços, quem mais incomodou, quem mais criou e quem mais jogou. O Nice, surpreendentemente, iria sofrendo demais com as rédeas que Peter Bosz colocou em campo. A dupla de zaga com Lukeba e Thiago Mendes improvisado, sob o resguardo de Ndombele, foi impecável na primeira metade do jogo.
E se no primeiro tempo o Lyon marcou um gol rápido, bem no comecinho, no segundo tempo a fórmula se repetiu. Mas dessa vez não foi com pênalti. Saiu foi mesmo dos pés de Ndombele. O volante criou toda a jogada em tabela com Faivre – os dois novos contratados do OL. Até que o próprio Ndombele entrou dentro da área e viu Toko Ekambi se deslocando do outro lado. Ele fez o passe rasteiro e o camaronês não perdoou: 2 a 0!
O OL até teve uma outra oportunidade logo depois de fazer o segundo gol. De novo com um passe mágico de Ndombele para achar o atacante. Era Dembélé, que passava sozinho e dividiu bola com Benítez com um novo pênalti marcado. Seria uma chance clara de fazer o terceiro e matar o jogo, mas o impedimento milimétrico foi marcado com auxílio do VAR. Galtier mexeu imediatamente com Rosario e Brahimi nos lugares de Lemina e Gouiri.
Pouco tempo depois, Galtier mexeu mais duas vezes, agora tirando o lateral improvisado Daniulic e o volante Thuram para as entradas de Lotomba e Guessand. Pouco tempo depois foi a vez de Bosz colocar dois jogadores em campo: Kadewere e Aouar para as saídas dos dois autores dos gols, Toko Ekambi e Dembélé. Galtier também mexeu depois, queimando sua última troca, com Claude-Maurice para a saída de Kluivert.
Feito isso, o Nice conseguiu sua primeira finalização de perigo durante todo o jogo aos 31’ do segundo tempo. Foi um cruzamento vindo da direita, do lateral Lotomba. Na área, Guessand subiu mais que todo mundo e conseguiu uma boa cabeçada. Lá estava Lopes para conseguir evitar o perigo. O OL respondeu imediatamente com um passe excelente de Paquetá para Kadewere não conseguir finalizar antes da chegada de Benítez.
No finalzinho do jogo, onde o Lyon já tinha praticamente o resultado garantido, o time parou de atacar com aquele ímpeto de antes e chegou a dar tempo de bola para o Nice, que ainda assim não conseguiu fazer nada. E quando o OL recuperava a bola, tinha mais calma com ela e conseguia colocar o adversário “na roda”. Aos 40’, Aouar quase ampliou com um chute de fora da área que Benítez agarrou firme.
Já quase nos acréscimos, antes de colocar Henrique e Diomandé nos lugares de Emerson Palmieri e Ndombele, o Lyon teve mais uma grande oportunidade. Dessa vez, foi em contra-ataque. Eram dois contra um e Kadewere deixou para Paquetá resolver. O brasileiro bateu de primeira, meio que no impulso, ainda conseguiu finalizar bem e no cantinho, mas a bola foi muito bem defendida por Benítez. O OL vencia e convencia. Algo que não acontecia há muito tempo.
O Lyon agora aguarda durante uma semana para enfrentar o seu próximo compromisso, que será diante do Lens, no Stade Félix-Bollaert, às 13h deste dia 19. O jogo é válido por mais uma rodada do Campeonato Francês: a 25ª. Este será mais um confronto com um nível maior de dificuldade que o OL terá em sequência. Até lá!
FOTOS: ol.fr | ogcnice.com
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