domingo, 1 de maio de 2022

Lyon se supera no Vélodrome e vence o Marseille no clássico com direito a show!

Filipe Frossard Papini
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Vitória de 3-0 demonstrou fragilidades marselhesas, principalmente no lado esquerdo da sua defesa, onde se originou os três gols do OL. Luta pela vaga na Conference League segue viva!




Faltando somente quatro rodadas para o fim da temporada francesa, o Lyon pegou pela frente um grande desafio: o Olympico, que nada mais é do que o clássico entre os Olympiques de Lyon contra o de Marseille. Um duelo que colocava não somente em jogo essa rivalidade entre os dois clubes, como também a situação de ambos na competição francesa. Enquanto o OM entrava em campo como vice-colocado – a melhor posição que poderiam alcançar, já que o PSG já foi dado como campeão – e queria se manter ali, o OL ainda brigava para sair ali da meia tabela e tentar uma vaguinha em competições internacionais, mesmo no apagar das luzes. Mas para cada o objetivo distinto, somente um caminho: a vitória!

O técnico Jorge Sampaoli, como já é de costume, girou seu time e entrou com uma escalação que não aparecia em nenhuma das prévias. Escolheu um 4-3-3 e, dentre as “novidades” se é que podemos chamar assim, o goleiro López, o lateral esquerdo Kolasinac, além de Gueye no meio, Ünder e Milik mais a frente. No banco, havia nomes como Mandanda, Luan Peres, Guendouzi, Harit e Bakambu. De desfalques, o técnico argentino só tinha o lateral Balerdi e o meia Konrad De La Fuente. Veja como ficou:




O Lyon também veio com novidades. No papel um 4-3-3 que variava para um 4-2-3-1. Lopes voltava ao gol depois de quatro jogos ausente. Na linha de defesa, mesmo com o retorno de Dubois, era Gusto quem ficava pela direita. Emerson Palmieri também retornava ao lado esquerdo. No meio campo, outro preterido foi Ndombele, que mesmo também de volta, ficava no banco. Bosz decidiu ir com Thiago Mendes e Aouar. Mas a grande novidade foi no ataque, com Bradley Barcola estreando como titular. O novato deixou Tetê e Faivre no banco. De desfalques, o OL tinha Diomandé, Denayer, Caqueret e Cherki. Confira como ficou a formação:




No comecinho do jogo, os dois times mostravam vontade e colocavam a partida num tom equilibrado. Milik parecia ser o homem mais perigoso do ataque do time da casa, enquanto o Lyon tentava se ajeitar lá na frente, mas Barcola definitivamente era a peça que mais se movimentava ofensivamente. O OL chegou a criar duas boas chances, sem muito perigo, antes mesmo dos primeiros 20 minutos.

O primeiro bom momento do jogo de quase gol foi aos 27’ de jogo, quando Payet, com apenas um toque na bola, colocou Milik em ótimas condições, mas precisava correr. Na corrida, Lukeba chegou junto e na dividida, o centroavante do OM ainda conseguiu tocar nela e acertou a rede por cima do gol. Se o zagueiro do OL fosse um pouquinho mais lento, não teria complicado a vida do atacante adversário e o destino da bola poderia ser outro.


O OL parecia ser um time antenado em buscar contra-ataques nesse jogo. Talvez, não à toa, Peter Bosz tenha escolhido um lado direito tão veloz, com a dobradinha Gusto + Barcola. Mas faltava mais. O time era lento no meio de campo e a recomposição do OM era rápida e bastante eficiente. Por isso, o Lyon praticamente não conseguiu criar nenhuma abordagem de gol na primeira etapa.

Outro aspecto que era importante destacar nesse jogo era o confronto entre meias brasileiros. De um lado tínhamos Lucas Paquetá e do outro, Gérson. Dois ex-flamenguistas que são recorrentemente lembrados na Seleção Brasileira. No primeiro turno, Paquetá foi um dos melhores da França, já no segundo, Gérson vem se destacando mais. E nessa tônica, no jogo, o jogador do OM era também bem mais acionado e mais participativo no jogo.


Aos 42’ de jogo, o Marseille definitivamente teve a sua melhor chance na primeira etapa de abrir o placar. Uma chance, inclusive, que poucos desperdiçariam. A jogada foi do lado esquerdo com ele, Gérson. Conseguiu levar no fundo e fez o cruzamento rasteiro. A bola passou por todo mundo na área até chegar para Milik na segunda trave. O polonês chegou nela, mas errou o tiro. Uma chance realmente inacreditável. Lopes já estava vendido no lance.

O resumo do primeiro tempo foi um jogo de xadrez. Enquanto o Lyon tentou um jogo mais de velocidade, tentando pegar o time de Sampaoli no susto, não funcionou. Se por outro lado Sampaoli tentou ganhar o meio de campo na marcação, colocar volume ali e conseguir uma bola com Payet, Ünder ou Milik para abrir o placar, também não conseguiu – por detalhe. O 0-0 parcial, com poucas chances, engana muita gente, mas foi uma boa exibição para quem viu.


No segundo tempo, o ritmo do jogo parecia ser o mesmo. Se não fosse um lapso de qualidade de Malo Gusto pelo lado direito. Em um lance quase despretensioso entre Kolasinac e Barcola, o lateral direito recuperou a bola, saiu driblando dois até ser derrubado na entrada da área. Na falta, Emerson Palmieri cobrou, a bola desviou na barreira e sobrou para Dembélé disputar ela com o goleiro Pau López, no rebote, o zagueiro Lukeba colocou para dentro: 1-0!

Logo depois de sofrer o gol, Sampaoli mexeu na sua equipe e colocou Guendouzi e Dieng nos lugares de Kolasinac e Ünder. O time se transformava em um 3-5-2 e agora precisava ser mais ofensivo e diferente do que vinha apresentando até aqui. Mas o Lyon não deixava a peteca cair, teve uma segunda chance logo depois das mexidas, mas Barcola não sobe aproveitar a chance e mandou pela rede do lado de fora.


Já perto dos 25’ do 2º tempo, o Lyon também queimou suas primeiras alterações. Peter Bosz abriu mão de Boateng, seu zagueiro, para colocar Ndombele. Thiago Mendes foi pra zaga improvisado. Além dele, também trocou Barcola por Tetê na beirada direita do ataque. Isso aconteceu minutos depois do Marseille cobrar uma falta com magia, aos pés de Dimitri Payet, em que Lopes caiu muito bem para evitar o empate.

Quando Sampaoli mexeu de novo, colocando Harit no lugar do amarelado Gueye, o Lyon conseguiu chegar ao seu segundo gol. E de novo saiu dos pés de Malo Gusto. O lateral direito do Lyon saiu correndo pela direita e foi até o fundo para cruzar. Conseguiu a assistência a na área estava Dembélé sem qualquer marcação. Ele só teve o trabalho de cutucar de cabeça no primeiro pau e completar para o gol: 2-0!


Depois do segundo gol, Peter Bosz mexeu no Lyon pela terceira vez, colocando Romain Faivre no lugar de Houssem Aouar. Sampaoli queimou suas últimas mexidas com Bakambu e Rongier nos lugares de Milik e Gérson, isso já pertinho do fim do jogo. Claro que o Marseille iria pra cima com tudo que tinha. E o OL, como pouco se viu em toda a temporada, conseguia mostrar uma paciência e uma calma inacreditável com a bola aos pés, controlando bem o jogo.

Antes mesmo de Peter Bosz queimar suas mexidas todas com Henrique e Reine-Adélaïde nos lugares de Paquetá e Toko Ekambi, e logo depois do Marseille perder um gol na cara do gol com uma furada retumbante de Bakambu, o Lyon ainda conseguiu chegar ao terceiro gol. De novo pelo lado direito, agora com Paquetá acionando Tetê e o brasileiro indo até o fundo para cruzar e o mesmo Toko Ekambi, que seria substituído na sequência, receber no segundo pau e completar para as redes, para fechar o caixão e comprovar o amasso! 3-0 fora o show!


O Lyon joga de novo fora de casa no seu próximo compromisso. Como já não está em nenhuma outra competição, obviamente esse jogo será pela Ligue 1, válido pela 36ª rodada da competição, também conhecida como a antepenúltima rodada. O adversário será o lanterna Metz, no Stade Saint-Symphorien. A partida será às 08h da manhã do próximo domingo. Já coloca o despertador e vem com a gente! Até lá!

FOTOS: ol.fr | om.fr
CAMPINHOS: Amazon Prime Video


MELHORES MOMENTOS:
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